terça-feira, 30 de agosto de 2011

Quando os tempos eram outros, e os filmes também...

Eram filmes como esses que passavam no dito "horário nobre" da TV Globo:

Platoon
A Testemunha
Sexta feira 13 - Parte IV
A Rosa Púrpura do Cairo
Vestida para Matar
Janela Indiscreta
Cinzas no Paraíso
O selvagem da Motocicleta
Mad Max
Império do Sol
Klute, o passado Condena
Bonnie e clyde
A primeira Noite de um Homem
Sete Homens e Um Destino
New York, New York
Ben-Hur

Vejam na íntegra, para não dizerem que estou mentindo:







E mesmo em 96, quando eu já era nascido, ainda tinha filme bom:



Agora eu pergunto: onde esses filmes foram parar? Será que a toda poderosa Globo, só por causa da propagação da TV nos anos 90, acha que pobre não sabe ver filmes melhores? Só especulação...

Lembranças de "Os Simpsons"

A chamada de estreia de "Os Simpsons", em 1991.



E de quebra, Xuxa aparece rapidamente em um episódio:

Sábias palavras do saudoso Inri Cirsto


"Quando eu percebei que era Deus? Bem, eu estava rezando e de repente percebi que estava falando comigo mesmo".


Loucos como o senhor Inri Cristo meio que jogam por terra minha descrença em Jesus Cristo - o teoricamente "legítimo". E por que? Talvez Jesus Cristo, o legítimo, não passasse de um lunático que se dizia o "Filho de Deus" e que veio pregar sua palavra à Terra. Toques de audácia com uma pitada de pretensiosismo fizeram com que "o Filho de Deus" - se este mesmo existiu - conseguisse a fama que adquiriu.

Outra semelhança entre os dois Jesuses reside no fato de que ambos gostam da "coisa" - da coisa feminina, que fique claro. O antigo andava ao lado de uma ex-prostituta - nada contra as prostituas, muito pelo contrário! - , e pelo o que alguns falam, chegou a ter um filho com ela. Inri Cristo, nada bobo, vive numa casa cheia de mulheres bem fornidas de carne. Acaso? Mera coincidência?

Enfim, figuras como Inri Cristo mostram muito bem como pode aparecer um maluco do nada, que começa a pregar um monte de coisa estranha, se diz filho de Deus e enviado sagrado para salvar seu povo. Mesmo que, inutilmente, morrendo na cruz antes de lutar por alguma coisa.

Certamente vão dizer "ah, você está louco em comparar Jesus com Inri - ambos Cristo's". Que arranquem os cabelos - e as cabeças junto - mas estou comparando sim, e a comparação é muito válida. Quem sabe o Inri Cristo de hoje, ridicularizado pela maioria, não vire uma espécie de "new-jesus-christ" do futuro? A bem da verdade, nem um Jesus nem outro significam nada, absolutamente nada para mim. Ambos merecem o lugar que lhes é devido: o desprezo e esquecimento.

É o cotista um vilão?


Antes que pensem que condenarei os cotistas, podem parar por aí, pois também sou um. Sempre fui a favor das cotas, mesmo não achando que essa seja a forma correta de inclusão nas universidades. Que fique bem claro, entretanto, que sou a favor das cotas dos alunos provenientes da rede pública de ensino; as cotas para negros, acho-as eu ridículas, desprezíveis e racistas. Parênteses: antes que me chamem de racista, eu mesmo sou negro.

Sempre essa questão dá o que falar – permitam-me o clichê. A classe média, dita cuja por si mesma “sustentadora do país”, é contra. Afinal, quem mais poderia se sentir prejudicado com a entrada de pobres enxeridos, dos quais eles não têm culpa se estudaram em escola pública de péssima qualidade ou não?

Deixando a classe média de lado, pela qual não tenho o mínimo afeto e nem quero perder meu tempo, voltemos às cotas. Essa questão já dita polêmica me veio a mente quando, ao bisbilhotar aquela novela horrível das 9 – e qual novela não é horrível? - e ver uma coisa que me irritou bastante, desde a primeira vez que me deparei: um certo personagem, o qual não sei nem desejo saber o nome, é um aluno cotista de uma universidade. A mãe é pobre e mecânica. Por ser mecânica,usa roupas não muito adequados para mulheres, além de falar de forma simples. Por essa razão, seu filho estudante de Medicina, tem “vergonha” da mãe e não quer que ninguém saiba que ela o é.

Piorando a situação, o tal cotista está noivo de uma garota rica. Nem esta nem sua família sabem da existência da mãe do garoto. Este, não quer que saibam que sua mãe é a dita cuja que foi apresentada aqui. Com tal dilema, ele contrata uma “mãe de aluguel”, sofisticada, diferente de sua mãe bronca.

Enfim, o que quero com isso tudo? Primeiramente, para deixar bem claro, não assisto a novelas. Vezes ou outra acabo assistindo um pedaço pois moro com uma pessoa que é fã de novelas, e entre umas e outras, acabo vendo alguns pedaços. Coincidentemente, parei para assistir justamente nessa parte. E, na hora, achei de um absurdo tremendo aquilo. Primeiro, a figura do cotista, ou melhor, do pobre como um oportunista que quer subir na vida a todo custo e deseja, de qualquer maneira, renegar o seu passado pobre, inclusive sua mãe pobre – e “macha”. Agora, imaginem, milhões de pessoas assistem às novelas – infelizmente, é claro - ; que ideia essas mesmas terão dos cotistas? Sim, porque a maioria do pessoal que gosta de novela toma os seus personagens como exemplos e formam sua opinião a partir delas. Vendo aquele cotista do jeito que é, de forma inverossimilhantemente e, o pior de tudo, canalhamente, o que pensarão dos cotistas? Que todos não passam de oportunistas e almejadores de dinheiro e ascensão social?

Muitos podem não ver nada demais naquilo; a novela só apresenta a vida de um cotista, e não de vários. Mas a novela vive de estereótipos. Os que a assistem, repito, a tomam por exemplo. Aquele personagem não existe; é o cúmulo do ridículo e do pretensioso.

(O jovem cotista e sua mãe, a qual ele tem vergonha).

Em contrapartida, como sempre, a mãe machona e pobre é apresentada de forma mais simpática. Como a maioria do povo pobre acompanha essas novelas – infelizmente, mais uma vez -, o pobre não pode ficar mal apresentado. Ou seja, uma junção de estereótipos com uma ponta de ridículo permeia essa e todas as outras novelas. O Brasil só é bom nessa porcaria; e tem orgulho de bater no peito e dizer: nossas novelas são reconhecidas lá fora. Essas novelas não passam de um exemplo de como esse país não passa de um país atrasado, agarrado a estereótipos e visões retrógradas. Prestem atenção: a novela não ensina nada, ela não é exemplo de nada. Não percam seu tempo assistindo. Ao invés disso, vão ler um livro ou mesmo conversar com outra pessoa, coisas certamente muitíssimo mais interessantes.

E quanto a esse autor, autor porra nenhuma, que eu sou mais autor que ele; engula seus preconceitos – e os digira, seguindo o exemplo do nosso “saudoso” ex-presidente Collor - , para não dizer outra coisa.


P.S. Mas é claro que, no final, ou antes do final, o cotista vai perceber que tudo que está fazendo é errado. Ele estava cego de ambição. E vai pedir perdão à mãe e tudo vai acabar bem. Ou pior, a família rica vai descobrir que a mãe dele é pobre e que o mesmo tem vergonha dela. Já não bastasse tudo, as novelas são previsíveis. Previsíveis demais!

domingo, 28 de agosto de 2011

Fantasmas e Espíritos não Existem. Não tenha mais medo!

Ateus Famosos e Suas Frases



"Um homem que está livre da religião tem uma oportunidade melhor de viver uma vida mais normal e completa"
. Sigmund Freud

"Deus é meu personagem de ficção predileto". Mattew Groening, criador da série "Os Simpsons".

"Queria que Deus estivesse vivo para ver isto". Homer Simpson

"Não é só Deus que não existe. Tente chamar os bombeiros nos finais de semana". Woody Allen

"A palavra Deus é para mim nada mais do que a expressão e produto da fraqueza humana. A bíblia é uma coleção de lendas primitivas". Albert Einstein

"Está provado: quem espera nunca alcança". Chico Buarque

"Render-se à ignorância e chamá-la de Deus sempre foi algo prematuro e continua sendo hoje". Isaac Asimov

"Eu estou-me sempre a enganar. Como Deus". Pablo Picasso

"Condeno e desprezo essa divindade mítico por encorajar preconceito racial e comandar a degradação da mulher". James Randi

"As religiões, assim como as luzes, necessitam da escuridão para brilhar". Arthur Schopenhauer

"A ideia de Deus é, confesso, o único erro que não posso perdoar ao homem". Marquês de Sade


Ateus Famosos - Um "apanhado" geral

"Eu afirmo que somos ambos ateus. Eu só acredito em um deus a menos do que você. Quando você entender por que não acredita em todos os outros deuses possíveis, entenderá porque não acredito no seu". Stephen Roberts

Ateus Famosos



Atores e Atrizes

Muitos atores e atrizes eu já tinha conhecimento de suas posições não-religiosas. Outros, acabei descobrindo e tive o prazer de perceber que gosto da grande maioria. Ao contrário da fama que os ateus possuem, tais artistas provam que tais não são os monstros que parecem. Astros como Marlon Brando e Katherine Hepburn, várias vezes apontados como os Melhores Atores de Todos os Tempos são exemplos máximos, que incluem outros no

mes igualmente importantes, como Charles Chaplin, o Carlitos que divertia - e diverte, por que não - a todos com suas mímicas engraçadíssimas.

Claro que os crentes me apontarão inúmeros artistas religiosos e que são talentosos. Isso não me interessa. O que importa, na minha opinião, é apontar personalidades que muitas vezes são adoradas pelas pessoas e mesmo assim são ateias. Talvez, se soubessem de sua posição anti-religiosa, não fossem tão adorados.... Mas o que interessa é que essas pessoas são, quase todas, exemplos de máximo talento e interpretação. Como quase todo ateu, é claro.


Andréa Beltrão, famosa atriz brasileira.


Angelina Jolie, atriz americana, trabalhou em filmes como "Garota, Interrompida", em que ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante "O P
rocurado", e "A Troca", em que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz.

Antonio Banderas, ator espanhol que fez vários papeis importantes em filmes como "Ata-me", "Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos", "A lei do Desejo", "Filadélfia" e "Femme Fatale".


Brad Pitt, ator americano. Fez ótimos papeis em filmes como "Seven- Os Sete Crimes Capitais", "Clube da Luta" e "Bastardos Inglórios".

Bruce Lee, ator americano de família chinesa. Fez vários filmes de artes marciais, cultuados pelo mundo inteiro.

Bruce Willis

Burt Lancaster

Camila Pitanga


Christopher Reeve, o famoso ator de "Superman".

Claudia Raia, atriz brasileira.

Daniel Radcliffe, ator britânico, mais famoso pelos trabalhos que fez na franquia "Harry Potter".

Danton Mello

Diane Keaton, atriz americana que fez vários trabalhos marcantes, tais como "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" - em que ganhou o Oscar de Melhor Atriz - , "Reds", "Manhattan" e "O Poderoso Chefão".

Emma Thompson

Gene Wilder

George Clooney

Guy Pearce



Hugh Laurie, ator americano, famoso pela série "House".


Jack Nicholson, ator ganhador de três Oscar, dois como Melhor Ator em "Um Estranho no Ninho" e "Melhor é Impossível" e um de Melhor Ator Coadjuvante por "Laços de Ternura".

Javier Bardem

Joaquin Phoenix

Jodie Foster, atriz ganhadora de dois Oscar de Melhor Atriz por "Acusados" e "O Silêncio dos Inocentes".

John Malkovich


Katherine Hepburn, atriz americana que mais ganhou Oscar na história: quatro, nos seguintes filmes: "Manhã de Glória", "Adivinhe quem vem para jantar", "O Leão no Inverno" e "Num Lago Dourado".

Keanu Reeves

Kevin Bacon

Lima Duarte

Marlon Brando, ator americano ganhador de dois Oscar de Melhor Ator em "Sindicato de Ladrões" e "O Poderoso Chefão".

Mateus Nachtergaele

Michael Caine

Omar Sharif

Paulo Autran

Robin Williams

Sean Penn




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ateus Famosos


Diretores

Pareço pretensioso ao fazer uma lista de ateus famosos? E além disso, dividi-la em partes? Bem, pode até ser pretensiosa, mas isso não me interessa. O que realmente importa para mim é provar que os ateus não são pessoas desprezíveis e desgraçadas como dizem. Ou, como aquele merda de pastor disse, que "a pessoa que vive sem Deus, ela é perigosa, ela mata, rouba"; ou, como disse um padre que um "ateu não é um ser humano completo; sem Deus, não há vida".

Dispensando esses comentários ridículos e detestáveis, quero por meio dessa lista demonstrar que os ateus, além de pessoas boas, honestas, e acima de tudo, inteligentes e criativas, não saem por aí matando, roubando ou jogando aviões em prédios apenas por terem outra religião. Muito pelo contrário, ateus são pessoas superiores a essas barbáries cometidas por cristãos e muçulmanos. Ateus são superiores a todo e qualquer crente, pois, a meu ver, a religião é um entrave a evolução humana. Melhor, uma fase, pela qual todos passam. Se o indivíduo é ainda religioso, sua mente não é totalmente evoluída. Como disse Freud, "a religião é como uma demência infantil".

Não entrando mais em questões como essas - que abordarei melhor em outros posts - vamos à lista.

Alejandro Amenábar - Famoso diretor espanhol, uma das revelações do cinema atual. Dirigiu, entre outros filmes, os mais conhecidos "Os Outros", com Nicole Kidman, e "Mar Adentro", com Javier Bardem.

Alfred Hitchcock - Esse aí dispensaria palavras. Mas, como nem todos o conhecem bem, Alfred Hitchcock foi o diretor do famoso clássico do terror/suspense "Psicose", além de "Os Pássaros", talvez seus filmes mais conhecidos. Entretanto, sua obra é vastíssima, tendo sido apontado por vários críticos como o Melhor Diretor de todos os tempos.

Arnaldo Jabor - Conhecido crítico e jornalista brasileiro, foi antes de tudo diretor de filmes, entre eles, "Eu Sei Que Vou Te Amar", e "Toda Nudez Será Castigada".

Charles Chaplin - Este é outro dos que dispensariam apresentações. Conhecido por meio mundo, Chaplin dirigiu filmes antológicos como "O Grande Ditador", "Luzes da Cidade", o conhecidíssimo "Tempos Modernos", e "Em Busca do Ouro". Chaplin disse certa vez que "não acreditava em Deus por simples bom senso. Em nenhum".

Darren Aronofsky - Outra das revelações do cinema atual, Darren costuma dirigir filmes duros, pesados e de muita criatividade. Entre eles, estão "Cisne Negro", "O Lutador" e "Réquiem para um Sonho".

David Cronenberg - Conhecido por dirigir em sua maioria filmes de terror, Cronenberg fez ótimas películas como "A Hora da Zona Morta", "A Mosca", "Senhores do Crime", "Filhos do Medo", entre outros.

Don Siegel - Dirigiu vários westerns, mas é reconhecido principalmente por seu excelente filme de terror/suspense "Vampiros de Almas", um dos clássicos do gênero. Também dirigiu Clint Eastwood em dois ótimos filmes "Dirty Harry" e "Fuga de Alcatraz".

Federico Fellini - Seu nome se tornou tão importante que virou expressão: felliniano caracteriza aquela pessoa que parece saída dos filmes de Fellini. Entre várias obras primas surreais, estão presentes "Oito e Meio", "Amarcord", "A Doce Vida", "Noites de Cabíria" e "A Estrada da Vida". Detalhe: Fellini foi excomungado por uma cena em "A Doce Vida". Até parece que ele estava ligando muito pra isso...

Ingmar Bergman - No começo de sua carreira, Bergman transportava para seus filmes a dúvida que possuía sobre a existência de Deus. Isso é bem visível no conhecido "O Sétimo Selo". Mas a partir de "Persona", ele já devia ter a certeza da não-existência do dito cujo e tê-lo deixado de lado. Obras primas se seguiram a esse filme, tais como "Gritos e Sussurros", "Sonata de Outono" e "Fanny e Alexander".

James Cameron - Mais conhecido por ter dirigido o megassucesso de bilheteria "Titanic", Cameron possui filmes melhores, tais como as duas primeiras partes de "O Exterminador do Futuro", o filme de ficção/terror "Aliens - O Resgate", além do super-conhecido "Avatar".

John Huston - Um mestre da sétima arte, Huston dirigiu clássicos inesquecíveis do cinema, tais como o noir "A Relíquia Macabra", a aventura "O Tesouro de Sierra Madre", e o drama "Os Vivos e os Mortos". Trabalhou com vários atores de talento, entre eles Humphrey Bogart, Marilyn Monroe e sua própria filha, Anjelica Huston.

Luis Buñuel - Um ferrenho crítico do cristianismo e seus desmandos, autor da célebre frase "Ateus graças a Deus", Buñuel dirigiu obras primas fantasticamente engraçadas, surreais e críticas. Entre elas, "A Idade do Ouro", "O Discreto Charme da Burguesia", "Viridiana" e "O Anjo Exterminador". E claro, sempre que podia, soltava uma piada - ou mesmo um escracho violento - dirigida à Deus.

Milos Formán - Diretor dos inesquecíveis "Amadeus" e "Um Estranho no Ninho", Formán ainda tem em seu currículo os ótimos "O Baile dos Bombeiros", "Os Amores de Uma Loira" - ambos da fase tcheca -, além de "Sombras de Goya" e "Na Época do Ragtime", e o musical anti-guerra "Hair".

Paul Verhoeven - Autor de filmes famosos, tais como "Robocop" e "O Vingador do Futuro", estes nos EUA. Entretanto, também fez excelentes filmes na fase holandesa, como "O Quarto Homem", "Soldado de Laranja" e "Louca Paixão", esses dois últimos com Rutger Hauer.
Peter Greenaway - Polêmico diretor do Reino Unido, capaz de chocar qualquer inglês desavisado, Greenaway parece não ter limites em seu cinema. Para que se prove isso, basta conferir "O Cozinheiro, O Ladrão, Sua Mulher e o Amante", um filme de terror/drama que satiriza e debocha a alta classe inglesa.

Pier Paolo Pasolini - Além de ateu, Pasolini era filiado ao Partido Comunista Italiano. Engajado, tratou de debochar e escrachar quem quer que fosse em seus filmes, seja a Igreja ou a sociedade burguesa. Mesmo assim, não hesitou em adaptar, de forma fantástica, o evangelista Mateus e criou o elogiado pelo Vaticano "O Evangelho Segundo São Mateus". Sua obra terminou com "Saló ou os 120 Dias de Sodoma", adaptação livre da obra de Sade, em que se vê o auge de sua crítica, ao colocar os torturadores como burgueses italianos. Logo após tal filme, Pasolini foi assassinado por um garoto de programa. Muitos levantam a hipótese de ter sido um crime político. Hipótese essa que acho bem provável.

Robert Altman - Dono de um humor ácido como poucos, Altman ficou marcado na história do cinema principalmente por dois clássicos: a comédia de humor negro "Mash" e o musical "Nashville".

Stanley Donen - Diretor do clássico e cultuado "Cantando na Chuva", Donen também dirigiu "Charada", com Cary Grant e "Um Dia em Nova York", outra parceria com Gene Kelly.

Steven Soderbergh - Diretor cultuado pelos mais jovens, é ele por trás das câmeras de filmes como "Traffic", "Onze Homens e um Segredo" e "Sexo, Mentiras e Videotape" - este, pessoalmente, eu odiei.

Theo Van Gogh - Nunca ouvi falar em seu nome, até que, procurando sobre alguma coisa, dei de cara com tal figura. Theo, ainda novo, fora "parado" pelas forças fundamentalistas muçulmanas: uma jovem uma jovem adepta do islamismo o matou enquanto ia para seu estúdio, na Holanda. O motivo? Theo havia feito um filme que falava sobre os modos de vida da sociedade islã. Por isso, fora jurado de morte, e um dia acabaram cumprindo a promessa.

Woody Allen - Um dos diretores americanos mais adorados - e odiados -, Woody Allen soube juntar suas influências, que iam de Bergman à Chaplin, e aplicá-las com maestria em suas obras, tais como "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", "Manhattan", "Rosa Púrpura do Cairo" e "Crimes e Pecados". Apesar de não se importar muito com Deus, Woody sempre coloca uma pontinha de deboche em seus filmes ligada à Ele.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Filmes de Drama Para Se Ver Antes de Morrer - Década de 00




Enfim, a década de 2000. Fraca, em relação às anteriores, mas ainda como boas surpresas. Algumas, excelentes!

Amor À Flor da Pele (2000) – 98 min – Cor – Wong Kar-Wai

Réquiem Para Um Sonho (2000) - 102 min – Cor – Darren Anorofsky – Um dos filmes mais tocantes da década, “Réquiem Para Um Sonho” fala da relação entre os indivíduos e as drogas. Todos são envolvidos por ela de uma forma doentia, sem pudor, de uma manneira da qual não podem se desvencilhar dela. Com uma atuação brilhante de Ellen Burstyn, o filme é uma bela obra da última década.

Amores Brutos (2000) - 153 min – Cor – Alejandro Iñarritu

O Pianista (2002) – 148 min – Cor – Roman Polanski – Apontado por muitos como o melhor filme da década, “O Pianista” conta a história de Wladyslav Spilman, um pianista judeu morador da Polônia na época em que estoura a Segunda Guerra Mundial. Com a invasão da Polônia por Hitler e sua posterior “anexação”, o nazismo impõe sua política de erradicação dos judeus. Cerrados em guetos, o filme foca na família desse pianista, mas também mostra o terror vivido por outros tantos judeus, sofredores de algo do qual não entendiam o porque de sofrer. Polanski, com um talento excepcional, dirige seu filme com competência, sem inventar ou dramatizar demais a película.

Cidade de Deus (2002) - 130 min – Cor – Fernando Meirelles – Considerado por muitos o melhor filme brasileiro de todos os tempos, “Cidade de Deus” foi o único filme nacional a concorrer a quatro prêmios Oscar. Perdeu todos, mas demonstrou que o Brasil, de vez em quando, também pode fazer filmes à altura dos americanos. Contando a história de Zé Pequeno, chefe do tráfico de uma favela carioca, desde menino até à maioridade, o filme possui uma beleza raras vezes vista em um filme nacional. “Cidade de Deus”, além de quase ganhar o primeiro Oscar para o Brasil, abriu as portas para uma extensa geração de filmes que usavam a favela como ambiente principal de suas histórias.

Fale com Ela (2002) - 112 min – Cor – Pedro Almodóvar - Na minha opinião, o Melhor Filme da Década, o qual o excelente Almodóvar conta a história de dois personagens, um casado com uma toureira, e outro que possui uma paixão silenciosa por uma garota. Ambos se encontram num hospital, quando suas duas paixões acabam sendo internadas em decorrências de acidentes. É nesse ambiente que se cria um forte laço de amizade, onde um perscruta a vida do outro e se descobrem grandes amigos. Isso, é claro, com a maestria habitual do diretor espanhol, um dos, senão o melhor cineasta da década de 2000.

A Queda! - As Últimas Horas de Hitler (2004) - 156 min – CorOliver Hirschbiegel

Onde Os Fracos Não Têm Vez (2007) - 122 min – Cor – Talvez desconhecedores da obra dos Irmãos Coen, alguns dizem ser este seu melhor filme. É, com certeza, um filme ótimo, com um excelente roteiro e atuações primorosas. Exageros à parte, “No Country For Old Man” fala de um homem que, sem querer, acaba tomando posse de uma fortuna. Entretanto, tal fortuna lhe trará más consequências. Na década de 2000, fazer um filme quase que mudo, só podia ser coisa dos Coen. E é com maestria que eles mantém o nível do início ao fim do filme, ganhador do Oscar de Melhor Filme, Direção e Roteiro Adaptado em 2008, além do de Melhor Ator Coadjuvante para Javier Bardem.

Sangue Negro (2007) - 158 min – Cor – Paul Thomas Anderson

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Filmes de Drama Para Se Ver Antes de Morrer - Década de 90



Os Bons Companheiros (1990) - 145 min – Cor – Martin Scorsese - Um dos melhores filmes de Scorsese, "Goodfellas" conta a história de um mafioso que sempre quis uma coisa na vida: ser mafioso. Ele mesmo conta sua história, quando desde a adolescência fazia pequenos "favores" aos mafiosos, e com isso, foi ganhando a confiança deles. Já adulto, ele entra para a turma de mafiosos e tem a companhia de dois amigos inseparáveis. E é calcado principalmente nas aventuras e desventuras desses três personagens que Scorsese destila toda a sua maestria, contando com atuações maravilhosas de Ray Liotta, Robert de Niro e Joe Pesci, este último tendo sido laureado com o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Um dos maiores clássicos dos Anos 90.

Lanternas Vermelhas (1991) - 125 min – Cor – Zhang Yimou

O Silêncio dos Inocentes (1991) - 118 min – Cor – Jonathan Demme – Neste que talvez seja o melhor filme da década, Anthony Hopkins e Jodie Foster, com a ajuda da direção competente de Demme, simplesmente levam o filme. Sem apelar para o lado sanguinário, Demme constrói uma obra-prima cheia de tensão e cria um dos personagens mais fortes da história do cinema: o serial killer Hannibal Lecter. Para se ter medo dele, é apenas preciso que se olhe para ele. Conversar com este homem, mesmo protegido por vidros à prova de bala, pode ser perigoso. Não é só com armas – ou dentes – que ele pode lhe atingir. Ele pode muito bem lhe torturar impiedosamente com sua mente poderosa. Um dos três filmes que ganharam os cinco Oscar mais importantes, “The Silence Of The Lambs” é um filme brilhante.

Adeus Minha Concubina (1993) - 171 min – Cor – Kaige Chen

O Piano (1993) - 121 min – Cor – Jane Campion

A Lista de Schindler (1993) - 197 min – P&B – Steven Spielberg – Na minha opinião, o melhor filme de Spielberg e forte candidato a melhor filme a década. Acostumado a dirigir excelentes filmes de entretenimento, vez ou outra Spielberg prova que também pode fazer filmes mais profundos. O filme, baseado no livro homônimo, conta a história de Oscar Schindler, um nazista que ajuda judeus a fugirem dos centros de concentração, contratando-os para suas fábricas. Mas o filme não só conta o heroísmo de um predestinado homem. Ele também mostra os horrores da guerra. Com uma belíssima fotografia e imagens tocantes, “Schindler’s List” é um dos filmes mais emocionantes da história do cinema.

Um Sonho de Liberdade (1994) - 142 min – Cor – Frank Darabont – Baseado em um dos quatro contos do excelente livro “As Quatro Estações”, de Stephen King, este filme tocante conta a história de Andy Dufresne, que acaba indo para a prisão por matar sua mulher, algo que sempre jurou nunca ter feito. Obstinado, ele nunca perde a vontade de fugir do presídio. Com atuações brilhantes de Tim Robbins e Morgan Freeman, o filme é uma bela demonstração de alguém que nunca desiste de seu objetivo, e que fará de tudo para consegui-lo, mesmo que tudo e todos tentem ir contra isso.

Cortina de Fumaça (1995) - 112 min – Cor – Wayne Wang, Paul Auster

Transpotting (1996) - 94 min – Cor – Danny Boyle

O Paciente Inglês (1996) - 160 min – Cor – Anthony Minghella

Central do Brasil (1998) - 113 min – Cor – Walter Salles – Um belo filme, com uma atuação espetacular de Fernanda Montenegro, primeira atriz brasileira indicada ao Oscar. A história de uma escritora de cartas, que certo dia resolve criar um menino que perde sua mãe num acidente, emocionou e continuará a emocionar toda vez que assisti-lo. Um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos.

Tudo Sobre Minha Mãe (1999) - 101 min – Cor – Pedro Almodóvar

Clube da Luta (1999) – 139 min – Cor – David Fincher – Um excelente filme, muitas vezes apontado pelos mais jovens como o melhor filme já visto. Exageros à parte, este filme é feito para um geração mais nova. Narrando sua própria história, o protagonista mostra como sua vida é vazia. Como não tem sono, é obrigado a passear pelos variados centros de ajuda, até que encontra Tyler Durden, que muda completamente sua vida. Com um roteiro fenomenal, que mexe até anarquismo, e com um final excepcional e inesperado, “Clube da Luta” é um filme cheio de tensão, ação e, acima de tudo, diversão.



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Heavy Metal Comédia



Preconceitos à parte, gosto muito do Massacration. Disse "preconceitos à parte" porque muita gente que gosta de rock odeia o Massacration, pois eles zoam os metaleiros. Mas eles próprios gostam de heavy metal! E melhor, fazem heavy metal! Digam o que quiserem, mas que eles são bons, isso é. E o seu álbum de estreia, "Gates of Metal Fried Chicken of Death" - algo como "Portões do Metal da Morte do Frango Frito", acho eu - já
prova isso.

A fórmula composições pesadas + letras engraçadas fez sucesso entre diferentes grupos de adoradores da música, já que até quem não é roqueiro acaba gostando da palhaçada da banda.


Destaques para"Metal is the Law" - cuja letra mostra as regras básicas de como se tornar um metaleiro - , "Metal Massacre Attack (Aruê Aruô)", "Metal Milkshake", "Cereal Metal", "Metal Glu-Glu - com a participação especial de Sergio Malandro - , e, é claro, a clássica "Metal Bucetation". Além dessas, há uma música chamada "The God Master", em que o saudoso e finado Costinha conta três piadas muito engraçadas - ; e a sinistra-estilo-Black-Sabbath "Away Doom", calcada numa base pesada junto às lamentações do famoso Away.

Para além de todos os preconceitos patéticos de certos metaleiros, este é um álbum criativo, em que há uma misturada sinistra de inglês com português que acaba dando certo. Os vocais agudíssimos do vocalista Bruno Sutter, o Detonator acertam-se muito bem com as guitarras pesadas de Fausto Fanti, o Blondie Hammet, e com a cozinha competente do baixista Marco Antônio, o Metal Avenger e o batera Nando Lima, o Straupelator.

Caricatos e bons de música, esse é o Massacration. E ponto final.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Recortes filmográficos


Filme: Patton: Rebelde ou Heroi?

Diretor: Franklin F. Schaffner

"Patton", talvez um dos dez melhores filmes de guerra, possui um dos personagens mais complexos da história do cinema: o general George S. Patton, interpretado de forma perfeita por George C. Scott; interpretação essa que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator em 1971. Rude e ao mesmo tempo engraçado, Patton destila sua língua desenfreada por todo o filme, conseguindo, ao mesmo tempo, que nos faça simpatizar e antipatizar. Eis algumas de suas melhores passagens:

"
O que o senhor acha do Marrocos, senhor Patton?
Uma mistura da Bíblia... com Hollywood.

Doutor, onde está o seu capacete?
Eu não uso quando trabalho.
Pois comece.
Eu não posso usar o estetoscópio usando o capacete.
Então faça dois buracos nele para usálo.

Isto é um quartel, não um bordel!

Essa carta veio de Alexander. Está dizendo para não tomar Palermo.
Mande-lhe uma mensagem: pergunte-lhe se quer que eu a devolva.

Não quero que os soldados me amem; quero que lutem por mim!

Oh!, lá vai ele; sangue e coragem!
Eh... nosso sangue e sua coragem.

Não fique sorrindo, Patton; eu não vou beijar você.
Que pena! Fiz a barba bem rente exatamente preparada para o seu beijo.

Aonde vai general?
Berlim. Eu quero matar pessoalmente aquele pintor de paredes.

Toda glória desvanece".


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Odisseia Moderna

"Ee Gh: és gagá"

Confesso que ainda estou um pouco mortificado e confuso após ter lido "Ulysses", do autor irlandês James Joyce. Há quase três meses, embarquei numa verdadeira aventura, e mais do que tudo, num grande desafio de ler esta obra. Sempre ouvi falar que era um dos livros mais complexos de toda a história da literatura. Bem, depois de ter lido, acho que quem disse isso estava correto.

"Ulysses", escrito entre 1914-21, conta a história de um dia - 17 de Junho de 1904, uma quinta-feira - da vida de Leopold Bloom, o Ulisses da Odisseia moderno. Só que este é um homem comum, mas muito atormentado por dentro. Joyce nos mostra suas estadas por vários lugares, desde o seu desjejum. Começando por ir a um enterro de seu amigo, ele vai passando por diferentes lugares, de bibliotecas a tavernas, passando por bordeis e hospitais. Que fique claro que não entreguei nada, pois tais lugares estão presentes no roteiro do livro.

Entre as oito da manhã e as duas da madrugada, nos é apresentado, de forma surreal e divertida, todos os conflitos do aparentemente normal. Leopold Bloom. Temos a oportunidade de ver
também um pouco da vida de Stephen Dedalus, um jovem estudioso com sérios problemas com os pais. Li em algum lugar que Bloom representaria um Joyce mais velho e responsável; já Dedalus, seria a versão mais nova de Joyce, em seus vinte anos, quando ainda era inconsequente e irresponsável.

Agora fica a pergunta: por que considero "Ulysses" uma das maiores, senão a maior obra-prima de todos os tempos da literatura? Primeiramente, a revolução que Joyce produziu com o seu livro no mundo da escrita. Seu texto, totalmente surreal e aparentemente sem um nexo principal, nunca tinha sido feito antes. Segundo, as várias e várias formas de linguagem que ele destila em seu livro, tais como: trocadilhos, neologismos e jogos de palavras. Terceiro, a quantidade de citações e referências históricas e literárias, tornando o livro sofisticado e ao mesmo tempo mais complicado ainda. Terceiro, a descrição de certos aspectos fisiológicos do ser humano, o que levou o livro a ser proibido em alguns países. Ele, com seu linguajar despojado e não economizando palavrões, antecipa D.H. Lawrence e seu "Lady Chatterley" em alguns anos. Quarto, e o que mais me fascinou, foi o seu extraordinário tato para o humor.
Em algumas partes, você simplesmente tem que gargalhar por um bom tempo. "Ulysses" foi o livro que mais me fez rir, com certeza.

Em meio a tantos adjetivos, alguns podem reclamar que a obra seja demasiada longa, truncada e complexa. Ainda mais a versão que li, traduzida por Houaiss, em 66. Tendo-se paciência, tempo e calma, a leitura deste livro torna-se agradabilíssima. E de quebra, tem-se a chance de se ler um dos livros mais revolucionários, mais engraçados e mais bem-escritos livros de todos os tempos. James Joyce e seu "Ulysses" foram um marco não só para o Modernismo em voga na época, mas para a história da literatura em geral. Fica parecendo que tudo o que era possível se fazer numa obra de arte, Joyce o conseguiu, quebrando todas as barreiras do possível para a literatura.

Os 50 Maiores Clássicos do Rock'n Roll

Baseando-se em algumas listas feitas, e em meu próprio gosto - pois tais listas quase que ignoram bandas de heavy metal - montei o que seriam os 50 Maiores Clássicos da História do Rock. Foi a tal lista que meu pequeno conhecimento chegou:

1) Stairway to Heaven - Led Zeppelin

2) Smoke on the Water - Deep Purple

3) Back in Black - Ac/Dc

4) Paranoid - Black Sabbath

5) Anarchy in the U.K. - Sex Pistols

6) (I Can't Get No) Satisfaction - The Rolling Stones

7) Smells Like Teen Spirit - Nirvana

8) Hey, Jude - The Beatles

9) Light my Fire - The Doors

10) Blowin' the Wind - Bob Dylan

11) Bohemian Rhapsody - Queen
12) Heartbreak Hotel - Elvis Presley
13) Hey, Joe - The Jimi Hendrix Experience
14) My Generation - The Who
15) Johnny B. Good - Chuck Berry
16) Another Brick in the Wall - Pink Floyd
17) In My Life - The Beatles
18) Iron Man - Black Sabbath
19) Layla - Eric Clapton
20) Have You Ever Seen The Rain - Creedence Clearwater Revival
21) Blitzkrieg Bop - Ramones
22) Hotel California - The Eagles
23) God Save the Queen - Sex Pistols
24) Black Dog - Led Zeppelin
25) Jailhouse Rock - Elvis Presley
26) London Calling - The Clash
27) Sympathy for the Devil - The Rolling Stones
28) The End - The Doors
29) Sunshine Of Your Love - Cream
30)A Day in Life - The Beatles
31) Like a Rolling Stone - Bob Dylan
32) Born to Run - Bruce Springsteen
33) Free Bird - Lynyrd Skynyrd
34) Eruption - Van Halen
35) Help! - The Beatles
36) War Pigs - Black Sabbath
37) One - Metallica
38) Purple Haze - The Jimi Hendrix Experience
39) Whole Lotta Love - Led Zeppelin
40) Confortably Numb - Pink Floyd
41) Sweet Child O' Mine - Guns'n Roses
42) The Number of the Beast - Iron Maiden
43) Sweet Home Alabama - Lynyrd Skynyrd
44)Enter Sandman - Metallica
45) Highway Star - Deep Purple
46) Tom Sawyer - Rush
47) Fortunate Son - Creedence Clearwater Revival
48) We are the Champions - Queen
49) No Fun - The Stooges
50) Wish You Were Here - Pink Floyd

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Maior Enganação da História do Cinema de Terror

Filmes de terror são os meus preferidos. Pode não parecer, mas é. São os filmes deste gênero, apesar de não serem os melhores, os que mais me animam. Não sou tão rigoroso na hora de avaliar um horror-movie. Do que precisa filme de terror para me agradar? Na minha opinião, principalmente, que se tenha uma história emocionante e instigante, que crie um clima de tensão desde o início até o final do filme. Se ele possuir isso, passou no teste. Se não, aí complica. “Criar um clima” foi algo que “A Hora do Pesadelo” não soube de jeito nenhum.

De jeito nenhum foi maneira de falar, pois em três momentos – em duas das mortes e na sequência final – o filme consegue te deixar tenso. Mas apenas três momentos num filme de 91 minutos é muito pouco. Todo filme que se preze deve deixar o espectador ansioso, angustiado, querendo saber o que vai acontecer depois. E nisso o filme falha terrivelmente: em vez de passar rápido como um foguete, ele demora, demora e demora, parecendo que nunca vai acabar.

“A Nightmare On Elm Street” conta a conhecidíssima história de Freddy Krueger, um pedófilo que, solto pelas autoridades, acaba sendo queimado vivo por alguns vizinhos do bairro, revoltado com a impunidade cometida. Estes não esperavam que o mesmo ressuscitasse dos mortos e passasse a habitar os sonhos de seus filhos adolescentes. Não bastando isso, ele tem o poder de assassinar as pessoas, pois o “mundo dos sonhos” havia se tornado o seu mundo. Já nessa prévia, vê -se uma ideia muito criativa. E é, vendo-se de longe. “A Nightmare On Elm Street” é daqueles filmes que tinham tudo pra ser bom, e acabam não sendo. Por vários motivos.Primeiro, o roteiro é fraco. Embora baseado em um bom argumento, é recheado de diálogos altamente descartáveis, que só servem para nos desprender da história, tornando o filme chato e sonolento. Segundo, os atores são muito ruins! É uma atuação pífia atrás da outra. Terceiro, o senhor- tão- comentado- diretor- de- filmes- de- terror Wes Craven, não soube, durante 90% do filme, criar um clima de filmes de terror, o que é essencial em uma película de tal gênero. Quarto, o Freddy aparece muito pouco, e quando o faz, é de uma forma tão tosca, que mais nos dá graça do que medo. Quando Craven pensa nos assustar, estamos rindo dele.

Assistir a “A Hora do Pesadelo” foi algo extremamente decepcionante, pois esperava que fosse o clássico de terror que todos tanto comentam. O que vi foi um filme forçado, que não assustou em hora nenhuma e só valeu umas poucas boas risadas. Nem se se usasse a desculpa de que fosse trash adiantaria, pois um filme de tal gênero é bem melhor do que esse filme fraco e sem graça. Kruger deveria aprender a matar com Michael Meyrs; Craven deveria aprender a dirigir com Carpenter ou mesmo Argento. Dessa forma, talvez ele tivesse se saído bem melhor.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Quando a moral não tem vez

Marquês de Sade. Para muitos, esse nome é símbolo de tudo o que há de corrupto, sujo e indecente numa pessoa. Para outros, como eu, um exemplo de um homem atemporal, infinitamente a frente de sua época, e por que não, ainda mesmo da época atual. Sua enorme incompreensão até os dias de hoje demonstra isso.

Mesmo muito conhecido, Sade é pouco lido. E muitíssimo menos lido é esse "A Filosofia na Alcova". Neste livro, encontrei o Sade na forma que esperava: um crítico imperdoável e mordaz de valores retrógrados como a religião, a nobreza, o moralismo e todo o pudor hipócrita e besta da sociedade.

Calcando-se em uma prosa atraente e fluida, composta apenas de diálogos, Sade nos mostra como três pervertidos natos tentam - e aos poucos conseguem - converter uma garota ingênua, na flor da idade, numa perfeita meretriz, ou seja, numa puta, destruindo todos os ensinamentos errados que havia recebido de sua mãe.

Através de seus personagens, o Marquês destila os seus pontos de vista, atacando todo o tipo de hipocrisia, seja ela religiosa, moral ou política. Mesmo que em algumas partes ele caia no "discursismo", o Marquês consegue chegar a seu objetivo: destruir todo o tipo de falso ou verdadeiro moralismo que possa existir.

Dedicado aos "voluptuosos de todas as idades e de todos os sexos", como Sade diz em seu prólogo, "A Filosofia na Alcova" posssui diálogos poderosos, o que mantém o livro hilário em sua maior parte. É com maestria que o Marquês consegue destilar todo o seu saudável deboche de forma sadia, e claro, menos pornograficamente impossível.