Diretores
Pareço pretensioso ao fazer uma lista de ateus famosos? E além disso, dividi-la em partes? Bem, pode até ser pretensiosa, mas isso não me interessa. O que realmente importa para mim é provar que os ateus não são pessoas desprezíveis e desgraçadas como dizem. Ou, como aquele merda de pastor disse, que "a pessoa que vive sem Deus, ela é perigosa, ela mata, rouba"; ou, como disse um padre que um "ateu não é um ser humano completo; sem Deus, não há vida".
Dispensando esses comentários ridículos e detestáveis, quero por meio dessa lista demonstrar que os ateus, além de pessoas boas, honestas, e acima de tudo, inteligentes e criativas, não saem por aí matando, roubando ou jogando aviões em prédios apenas por terem outra religião. Muito pelo contrário, ateus são pessoas superiores a essas barbáries cometidas por cristãos e muçulmanos. Ateus são superiores a todo e qualquer crente, pois, a meu ver, a religião é um entrave a evolução humana. Melhor, uma fase, pela qual todos passam. Se o indivíduo é ainda religioso, sua mente não é totalmente evoluída. Como disse Freud, "a religião é como uma demência infantil".
Não entrando mais em questões como essas - que abordarei melhor em outros posts - vamos à lista.
Alejandro Amenábar - Famoso diretor espanhol, uma das revelações do cinema atual. Dirigiu, entre outros filmes, os mais conhecidos "Os Outros", com Nicole Kidman, e "Mar Adentro", com Javier Bardem.
Alfred Hitchcock - Esse aí dispensaria palavras. Mas, como nem todos o conhecem bem, Alfred Hitchcock foi o diretor do famoso clássico do terror/suspense "Psicose", além de "Os Pássaros", talvez seus filmes mais conhecidos. Entretanto, sua obra é vastíssima, tendo sido apontado por vários críticos como o Melhor Diretor de todos os tempos.
Arnaldo Jabor - Conhecido crítico e jornalista brasileiro, foi antes de tudo diretor de filmes, entre eles, "Eu Sei Que Vou Te Amar", e "Toda Nudez Será Castigada".
Charles Chaplin - Este é outro dos que dispensariam apresentações. Conhecido por meio mundo, Chaplin dirigiu filmes antológicos como "O Grande Ditador", "Luzes da Cidade", o conhecidíssimo "Tempos Modernos", e "Em Busca do Ouro". Chaplin disse certa vez que "não acreditava em Deus por simples bom senso. Em nenhum".
Darren Aronofsky - Outra das revelações do cinema atual, Darren costuma dirigir filmes duros, pesados e de muita criatividade. Entre eles, estão "Cisne Negro", "O Lutador" e "Réquiem para um Sonho".
David Cronenberg - Conhecido por dirigir em sua maioria filmes de terror, Cronenberg fez ótimas películas como "A Hora da Zona Morta", "A Mosca", "Senhores do Crime", "Filhos do Medo", entre outros.
Don Siegel - Dirigiu vários westerns, mas é reconhecido principalmente por seu excelente filme de terror/suspense "Vampiros de Almas", um dos clássicos do gênero. Também dirigiu Clint Eastwood em dois ótimos filmes "Dirty Harry" e "Fuga de Alcatraz".
Federico Fellini - Seu nome se tornou tão importante que virou expressão: felliniano caracteriza aquela pessoa que parece saída dos filmes de Fellini. Entre várias obras primas surreais, estão presentes "Oito e Meio", "Amarcord", "A Doce Vida", "Noites de Cabíria" e "A Estrada da Vida". Detalhe: Fellini foi excomungado por uma cena em "A Doce Vida". Até parece que ele estava ligando muito pra isso...
Ingmar Bergman - No começo de sua carreira, Bergman transportava para seus filmes a dúvida que possuía sobre a existência de Deus. Isso é bem visível no conhecido "O Sétimo Selo". Mas a partir de "Persona", ele já devia ter a certeza da não-existência do dito cujo e tê-lo deixado de lado. Obras primas se seguiram a esse filme, tais como "Gritos e Sussurros", "Sonata de Outono" e "Fanny e Alexander".
James Cameron - Mais conhecido por ter dirigido o megassucesso de bilheteria "Titanic", Cameron possui filmes melhores, tais como as duas primeiras partes de "O Exterminador do Futuro", o filme de ficção/terror "Aliens - O Resgate", além do super-conhecido "Avatar".
John Huston - Um mestre da sétima arte, Huston dirigiu clássicos inesquecíveis do cinema, tais como o noir "A Relíquia Macabra", a aventura "O Tesouro de Sierra Madre", e o drama "Os Vivos e os Mortos". Trabalhou com vários atores de talento, entre eles Humphrey Bogart, Marilyn Monroe e sua própria filha, Anjelica Huston.
Luis Buñuel - Um ferrenho crítico do cristianismo e seus desmandos, autor da célebre frase "Ateus graças a Deus", Buñuel dirigiu obras primas fantasticamente engraçadas, surreais e críticas. Entre elas, "A Idade do Ouro", "O Discreto Charme da Burguesia", "Viridiana" e "O Anjo Exterminador". E claro, sempre que podia, soltava uma piada - ou mesmo um escracho violento - dirigida à Deus.
Milos Formán - Diretor dos inesquecíveis "Amadeus" e "Um Estranho no Ninho", Formán ainda tem em seu currículo os ótimos "O Baile dos Bombeiros", "Os Amores de Uma Loira" - ambos da fase tcheca -, além de "Sombras de Goya" e "Na Época do Ragtime", e o musical anti-guerra "Hair".
Paul Verhoeven - Autor de filmes famosos, tais como "Robocop" e "O Vingador do Futuro", estes nos EUA. Entretanto, também fez excelentes filmes na fase holandesa, como "O Quarto Homem", "Soldado de Laranja" e "Louca Paixão", esses dois últimos com Rutger Hauer.
Peter Greenaway - Polêmico diretor do Reino Unido, capaz de chocar qualquer inglês desavisado, Greenaway parece não ter limites em seu cinema. Para que se prove isso, basta conferir "O Cozinheiro, O Ladrão, Sua Mulher e o Amante", um filme de terror/drama que satiriza e debocha a alta classe inglesa.
Pier Paolo Pasolini - Além de ateu, Pasolini era filiado ao Partido Comunista Italiano. Engajado, tratou de debochar e escrachar quem quer que fosse em seus filmes, seja a Igreja ou a sociedade burguesa. Mesmo assim, não hesitou em adaptar, de forma fantástica, o evangelista Mateus e criou o elogiado pelo Vaticano "O Evangelho Segundo São Mateus". Sua obra terminou com "Saló ou os 120 Dias de Sodoma", adaptação livre da obra de Sade, em que se vê o auge de sua crítica, ao colocar os torturadores como burgueses italianos. Logo após tal filme, Pasolini foi assassinado por um garoto de programa. Muitos levantam a hipótese de ter sido um crime político. Hipótese essa que acho bem provável.
Robert Altman - Dono de um humor ácido como poucos, Altman ficou marcado na história do cinema principalmente por dois clássicos: a comédia de humor negro "Mash" e o musical "Nashville".
Stanley Donen - Diretor do clássico e cultuado "Cantando na Chuva", Donen também dirigiu "Charada", com Cary Grant e "Um Dia em Nova York", outra parceria com Gene Kelly.
Steven Soderbergh - Diretor cultuado pelos mais jovens, é ele por trás das câmeras de filmes como "Traffic", "Onze Homens e um Segredo" e "Sexo, Mentiras e Videotape" - este, pessoalmente, eu odiei.
Theo Van Gogh - Nunca ouvi falar em seu nome, até que, procurando sobre alguma coisa, dei de cara com tal figura. Theo, ainda novo, fora "parado" pelas forças fundamentalistas muçulmanas: uma jovem uma jovem adepta do islamismo o matou enquanto ia para seu estúdio, na Holanda. O motivo? Theo havia feito um filme que falava sobre os modos de vida da sociedade islã. Por isso, fora jurado de morte, e um dia acabaram cumprindo a promessa.
Woody Allen - Um dos diretores americanos mais adorados - e odiados -, Woody Allen soube juntar suas influências, que iam de Bergman à Chaplin, e aplicá-las com maestria em suas obras, tais como "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", "Manhattan", "Rosa Púrpura do Cairo" e "Crimes e Pecados". Apesar de não se importar muito com Deus, Woody sempre coloca uma pontinha de deboche em seus filmes ligada à Ele.
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