quarta-feira, 23 de março de 2011

Os 50 Melhores Filmes Que já Assisti



Já que fiz uma lista com os "50 piores", nada mais justo do que fazer outra com os "50 Melhores". Se bem que, daqui um mês, certamente essa lista já estará mudada. Seja porque assisti a outros filmes que achei merecido aparecer nela, ou mesmo porque mude de ideia quanto a outros filmes.

Por enquanto, a lista é essa:

1º Cidadão Kane (1941) - Orson Welles
2º O Poderoso Chefão (1972) - Francis Ford Coppola
3º Laranja Mecânica (1971) - Stanley Kubrick 
4º Persona (1963) - Ingmar Bergman
5º Oito e Meio (1963) - Federico Fellini
6º 2001:Uma Odisseia no Espaço (1968) - Stanley Kubrick
7º Taxi Driver (1976) - Martin Scorsese
8º Um Corpo Que Cai (1958) - Alfred Hitchcock
9º Psicose (1960) - Alfred Hitchcock
10º ... E O Vento Levou (1939) - Victor Fleming
11º Gritos e Sussurros (1972) - Ingmar Bergman
12º Crepúsculo dos Deuses (1950) - Billy Wilder
13º Amarcord (1974) - Federico Fellini
14º Fanny & Alexander (1982) - Ingmar Bergman
15º Touro Indomável (1980) - Martin Scorsese
16º O Poderoso Chefão 2 (1974) - Francis Ford Coppola
17º Aurora (1927) - F.W. Murnau
18º A Lista de Schindler (1993) - Steven Spielberg
19º Um Estranho no Ninho (1975) - Milos Forman
20º Intriga Internacional (1959) - Alfred Hitchcock
21º Janela Indiscreta (1954) - Alfred Hitchcock
22º Em Busca do Ouro (1925) - Charles Chaplin
23º Tempos Modernos (1936) - Charles Chaplin
24º Chinatown (1974) - Roman Polanski
25º As Vinhas da Ira (1940) - John Ford
26º Morangos Silvestres (1957) - Ingmar Bergman
27º A General (1927) - Buster Keaton
28º Rashomon (1950) - Akira Kurosawa
29º Ladrões de Bicicleta (1948) - Vittorio de Sica
30º Viridiana (1961) - Luis Buñuel
31º A Idade do Ouro (1930) - Luis Buñuel
32º Nascido para Matar (1987) - Stanley Kubrick
33º Apocalypse Now (1979) - Francis Ford Coppola
34º A Grande Ilusão (1937) - Jean Renoir
35º A Marca da Maldade (1958) - Orson Welles
36º Cantando na Chuva (1952) - Gene Kelly
37º A Felicidade Não Se Compra (1946) - Frank Capra
38º Três Homens Em Conflito (1966) - Sergio Leone
39º O Mágico de Oz (1939) - Victor Fleming
40º Pacto de Sangue (1944) - Billy Wilder
41º Rastros de Ódio (1956) - John Ford
42º O Grande Ditador (1940) - Charles Chaplin
43º Dersu Uzala (1975) - Akira Kurosawa
44º Os Caçadores da Arca Perdida (1981) - Steven Spielberg
45º Barry Lyndon (1975) - Stanley Kubrick
46º Anatomia de Um Crime (1959) - Otto Preminger
47º Quanto mais Quente Melhor (1959) - Billy Wilder
48º Amadeus (1984) - Milos Forman
49º Noites de Cabíria (1957) - Federico Fellini
50ºDepois do Vendaval (1952) - John Ford

Quanto à repetição de diretores - Hitchcock e Kubrick - nos dez primeiros, caso eu mudasse isso, a ordem seria dessa forma:

1º O Poderoso Chefão
2º Laranja Mecânica
3º Cidadão Kane
4º Persona
5º Oito e Meio
6º Taxi Driver
7º Um Corpo Que Cai
8º ... E O Vento Levou
9º Crepúsculo dos Deuses
10º Aurora




Entre o Sublime e o Absurdo

O cinema teve alguns cineastas que fizeram obras ditas "radicais". Nomes como Pasolini, Eisenstein, e mesmo o nosso querido Glauber Rocha, são alguns dos que colocaram questões políticas em suas películas. Uns, mais radicalmente, outros menos. Entretanto, ninguém foi mais corajoso e abusado do que o espanhol Luis Buñuel. Anarquista e ateu, seus filmes eram verdadeiras sátiras contra as instituições reacionárias, incluindo Igreja, nobreza e burguesia. Talvez, não haja melhor exemplo para isso do que "A Idade do Ouro", sua segunda obra e primeiro longa metragem.

Tal filme, realizado em 1930, e subsidiado pelo visconde de Noailles, conta a história de..... aí está: não há um enredo, propriamente dito. Não há uma história. O filme se parece mais com um livro de contos, e estes são passados em sequência. Buñuel disse que "a película trata de um amor jamais concretizado". (Fonte: Wikipédia) Pode ser, mas o sentido do filme não interessa. Quem tentar procurar sentido nos filmes do Buñuel, morrerá tentando.

"L'âge d'or" começa com um mini-documentário ambientado numa praia, onde os protagonistas são escorpiões. Anos depois, na mesma praia, há padres maiorquinos realizando um estranho culto. Em outro lugar, estão soldados estropiados, que caminham a duras penas para chegarem até esses padres. Desse ponto, o filme corta para a chegada de caravelas que vêm prestar homenagens a esses padres.

Não vou continuar a contar, pois não quero ser daqueles espíritos-de-porco que gostam de narrar o filme todo. Só por esse começo, dá para se perceber o quanto anárquico é sua estrutura de cenas. Uma passa para a outra, que, numa primeira olhada, não tem nada a ver com a primeira. Porém, se prestarmos atenção, acabaremos assimilando alguma ligação, mesmo que mínima, à cena anterior. É isso que torna o filme, a meu ver, genial. E mais, genial não só para a época, mas ainda para os tempos de hoje. O que Buñuel fez foi quebrar com os dogmas do cinema e construir uma obra única, atemporal e fantástica.

Em "A Idade do Ouro", "estavam patentes, de forma concentrada e intensíssima, todos os temas básicos que a sua obra posterior continuaria a refletir mais discretamente, mas com igual poder: o amor louco, o anticlericalismo, a rebeldia e inconformismo diante do estabelecido e do convencional, uma ânsia de transcendência, expressos em imagens oníricas e alucinantes, cheias de dureza, de corrosivo humor negro e de uma candura embriagante". (Fonte: Wikipedia) O filme deve ter chocado na época, e ainda pode chocar àqueles presos a dogmas. Pois Buñuel não respeita dogma nenhum; ele é curto, seco e grosso. Ninguém nunca fez - e com certeza não fará - uma obra tão poderosamente crítica e detonadora como "A Idade do Ouro". Numa possível definição, eu a daria dessa forma: uma miscelânea de quadros belamente surrealistas.





segunda-feira, 21 de março de 2011

O sadismo em suas últimas consequências



O nome do Marquês de Sade é ligado a tudo do mais baixo nível pelos conservadores e
bitolados. Para outros - como eu - ele se parece mais com um homemt mil anos-luz à frente de seu tempo - e do nosso também -, preocupado em derrubar toda e qualquer hipocrisia. "Saló ou Os 120 Dias de Sodoma" é uma de suas obras mais atacadas e proibidas em vários círculos literários. Foi esta obra que, audaciosamente, Pier Paolo Pasolini adaptou para o cinema.

Passado nos dois últimos anos da Segunda Guerra Mundial - 44-45 - , o filme conta a história de quatro burgueses fascistas, situados em Saló, que sequestram dezesseis jovens com o objetivo de aplicar neles as mais baixas e infames perversões sexuais e humilhantes - só para citar uma delas, todos os presentes, em uma das cenas, são obrigados a comerem nada mais nada menos do que fezes.

Pasollini, anticlerical e antifascista ferrenho, quis ligar a prática sádica levada ao extremo com o regime fascista, regime este que, autoritário como é, justifica os fins em si mesmo. Junto com o fascismo, a burguesia também caiu como luva no saco de pancadas.

Com belos enquadramentos, e uma direção clássica, Pasolini soube levar muito bem a película durante os 117 minutos de duração. Mesmo que seu filme possua várias partes com personagens completamente nus e insinuando cenas de sexo, o filme não excita em momento algum. Pelo contrário, ele causa repulsa, repugnância.

Certamente, "Saló" é um filme que foi um choque para a época, e ainda deva ser para quem pensa que irá assistir a um filme normal. Não o foi para mim, pois conhecia a obra e sabia mais ou menos o que iria passar. Nem entretanto senti repugnância das cenas. Em vez disso, dei boas risadas com essa dita repugnância e com as narrativas
hilárias das prostitutas. Nelas, eu percebia o humor essencialmente sarcástico de Sade. Também não vi terror nenhum durante todo o filme, como alguns apontam.

Liberado apenas atualmente nos EUA e Inglaterra - não vejo motivo pelo qual esconder esse filme -, "Os 120 Dias de Sodoma" não é para frescos. Ele é polêmico, nojento e engraçado. É uma obra radical, anárquica; um ode ao mau-gosto. Enxergado por outras lentes, é uma ácida crítica ao autoritarismo fascista, além de ser um belo filme para quem deseja assistir algo completamente fora dos padrões.


quinta-feira, 17 de março de 2011

As maiores injustiças do Oscar


1939 – Ganhou: Do mundo nada se leva

Merecia ganhar: A Grande Ilusão


1941 – Ganhou: Rebecca, A Mulher Inesquecível

Merecia ganhar: As Vinhas da Ira


1942 – Ganhou: Como era verde o meu vale

Merecia ganhar: Cidadão Kane


1945 – Ganhou: O Bom Pastor

Merecia ganhar: Pacto de Sangue


1953 – Ganhou: O Maior Espetáculo da Terra

Merecia ganhar: Matar ou Morrer ou Depois do Vendaval


1957 – Ganhou: A Volta ao Mundo em 80 Dias

Merecia ganhar: Assim Caminha a Humanidade


1965 – Ganhou: Minha Bela Dama

Merecia ganhar: Dr. Fantástico


1972 – Ganhou: Operação França

Merecia ganhar: Laranja Mecânica


1977 – Ganhou: Rcoky – Um Lutador

Merecia ganhar: obviamente, “Taxi Driver”. Mas também havia “Todos os homens do presidente” e “Rede de Intrigas”.


1980 – Ganhou: Kramer vs Kramer

Merecia ganhar: Apocalypse Now


1981: Ganhou: Gente como a Gente

Merecia ganhar: Touro Indomável


1991 - Ganhou: Dança com Lobos

Merecia Ganhar: Os Bons Companheiros


1995 – Ganhou: Forrest Gump

Merecia Ganhar: "Pulp Fiction", principalmente. Mas também havia "Um Sonho de Liberdade"


1999 – Ganhou: Shakespeare Apaixonado

Merecia Ganhar: "Além da Linha Vermelha"; ou mesmo "O Resgate do Soldado Ryan"


2003 – Ganhou: Chicago

Merecia ganhar: "O Pianista"; e ainda havia “As Horas”


2009 – Ganhou: Quem quer ser um milionário

Merecia Ganhar: O Curioso Caso de Benjamin Button


2011 – Ganhou: O Discurso do Rei

Merecia Ganhar: Cisne Negro


As injustiças algumas não são tão graves, mas têm umas que, pela madrugada, que cagada! A pior, sem um pingo de dúvida, foi em 77. Como "Rocky" ganha de "Taxi Driver", um dos dez melhores filmes de todos os tempos??? Não sei se a Academia se arrepende até hoje, mas ao menos deve reconhecer que foi uma tremenda duma cagada.

Outro dos piores absurdos foi em 80, quando o normal "Kramer vs Kramer" ganhou de "Apocalypse Now", um dos mais viscerais filmes da história do cinema. Em 81, outra cagada enorme. "Gente como a Gente" ganha do espetacular "Touro Indomável". Outra vez Scorsese. Em 90, ele novamente seria injustiçado. "Os Bons Companheiros" perde pro mais ou menos "Dança com Lobos". E pra completar, em 95, "Forrest Gump" ganha do excelente "Pulp Fiction".

Deixando as injustiças de lado, o melhor ano do Oscar, sem sombra de dúvida o de 1976. Nesse ano, para Melhor Filme, concorreram Um estranho no ninho, Barry Lyndon, Nashville, Um dia de cão e Tubarão, tendo ganho, merecidamente, Um Estranho no Ninho. Para diretor, concorreram Sidney Lumet; Stanley Kubrick; Robert Altman; Federico Fellini e Milos Formán, tendo ganho este último, o que achei errado. Não porque sou fã, mas Kubrick merecia, pois o que ele fez em "Barry Lyndon", poucos fizeram.

O começo de uma nova era no Heavy Metal


Iron Maiden, por muitos apontados como a melhor banda de heavy metal - e outros tantos, como a melhor de todas - surgiu em 1975, mas só lançou o seu primeiro álbum em 1980, intitulado "Iron Maiden". Era a época do New Way Of Britsh Heavy Metal e o Maiden foi um de seus expoentes. O heavy metal, começado por Sabbath e Zeppellin, agora havia ficado mais pesado.

Se bem que o álbum de estreia não é lá assim tão pesado. Mas é claro que tem seu peso. Faixas como "Prowler", "Transylvania", "Sanctuary" e a clássica "Iron Maiden" mostram isso. Mas o álbum também tem espaço para melodias mais trabalhadas, como "Phantom Of the Opera", "Remember Tomorrow" e a animadinha "Running Free". Com uma paletada punk - responsável pelo vocalista Paul D'ianno -, o Maiden dessa época era diferente do Maiden que viria depois. Estava mais sujo, mais pesado e com Harris refinando seu talento para composições. É um disco muito bom, de uma banda cheio de garra, com vontade de aparecer para nunca mais ser esquecida.

"Iron Maiden" é um ótimo começo para o gigantismo posterior do Maiden. Quando ouvi algumas das músicas desse álbum, anos atrás, estranhei muito. Hoje, elas me agradam bastante. É uma música que pulsa. Uma música que deveria ser trabalhada com cuidado. Um prenúncio para essa banda, que explodiria dois anos depois.


"Iron Maiden"

Banda: Iron Maiden

Gênero: Heavy Metal

Duração: 40:42 min

Gravadora: EMI

Músicas:

  1. "Prowler" – 3:52
  2. "Remember Tomorrow" (Di'anno, Harris) – 5:27
  3. "Running Free" (Di'Anno, Harris) – 3:14
  4. "Phantom of the Opera" – 7:05
  5. "Transylvania" – 4:06
  6. "Strange World" – 5:40
  7. "Sanctuary" (Murray, Di'Anno, Harris) – 3:12
  8. "Charlotte the Harlot" (Murray) – 4:10
  9. "Iron Maiden" – 3:31 Baixe aqui: Iron Maiden

quarta-feira, 9 de março de 2011

Filmes de Drama Para Se Ver Antes de Morrer - Década de 60


A Doce Vida (1960) - 167 min – P&B – Federico Fellini

A Aventura (1960) – 145 min – P&B – Michelangelo Antonioni

Jules e Jim (1961) – 100 min – P&B – François Truffaut

Viridiana (1961) – 90 min – P&B – Luis Buñuel – Talvez a obra-prima do mestre espanhol, o filme conta a história de Viridiana, uma freira que sai do convento para morar com o tio. Lá, este a galanteia, devido à aparência com sua finada amada. Arrependido, ele acaba se matando. Com o controle da casa, Viridiana, bondosa – até demais – como era, começa a chamar mendigos para dar-lhes de trabalho e de comer. Com seu toque de humor e o sempre presente surrealismo, Buñuel consegue construir uma forte crítica à cega bondade cristã.

Oito e Meio (1963) – 145 min – P&B – Federico Fellini – Obra-prima de Fellini e dos anos sessenta em geral, “Oito e Meio” é um dos filmes mais surrealistas da sua carreira. O filme já começa surreal, com Mastrioanni numa fila de carros, e de repente, ele aparece, pairando no céu, sob uma praia, amarrado numa corda presa ao carro. Com muita técnica e virtuosidade, ajudado por uma das melhores trilhas sonoras compostas pelo mestre Nino Rota, Fellini construiu um filme recheado de cenas engraçadas e surreais. Declaradamente autobiográfico, ele reflete a vida de um cineasta em crise de criatividade. Além da presença marcante de Mastrioanni, o filme conta ainda com a belíssima Claudia Cardinale, que neste filme, está mais bela como nunca. Mas o verdadeiro astro desse filme, e o responsável por torná-lo tão mágico, certamente, é o mestre italiano Federico Fellini. Poucos filmes conseguem superar a grandiosidade desta obra-prima.

O Leopardo (1963) - 205 min – Cor – Luchino Visconti

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) - 110 min – P&B – Glauber Rocha

Persona (1966) - 85 min – P&B – Ingmar Bergman – Um dos poucos filmes que conseguem me tirar do normal, ou seja, que conseguem mexer - e muito! - comigo. O filme é de uma tensão tremenda. Desde o começo, sentimos algo seco na boca, que eu nem mesmo sei explicar. A história entre duas mulheres – uma calada e outra que gosta de falar - , seus problemas, suas tristezas; não sei porque, parece me torturar. Nesta, que na minha opinião, é a obra-prima do sueco, Bergman consegue a perfeição. Num filme em que a maioria das cenas se passa num lugar fechado, com apenas duas pessoas, tem-se de ter muita habilidade. E isso não faltou nem um pouco à ele. Aliás, o sueco estava muito inspirado. Criou cenas inesperadas, misturando realidade e fantasia como ninguém. Uma bela demonstração de que, para Bergman, a criatividade não tem limites.


Sem Destino -
128 min – Cor – Dennis Hooper


Fotos, em sequência: "Persona", "Viridiana", "Oito e Meio" e "Deus e o Diabo na Terra do Sol".

segunda-feira, 7 de março de 2011

Hard'n Heavy de qualidade


Quem não conhece o Skid Row, certamente deve ter ouvido ao menos uma vez músicas como I Remember You e 18 And Life. Essa é outras daquelas bandas - como Scorpions, Van Halen e Whitesnake - que apenas se conhece as baladas. Entretanto, o Skid Row tem um lado mais pesado, bem pro lado do heavy metal. É em "Slave to The Grind", segundo álbum da banda, que se vê isso. E ficou muito bom. As quatro primeiras músicas - "Monkey Business", "Slave to The Grind", "The Threat" e Quicksando Jesus" - são excelentes. Outros destaques são as também excelentes "In a Darkned Room" e a balada "Wasted Time".

"Slave to The Grind" é um ótimo álbum de hard/heavy. Não é uma oitava maravilha, mas dentro do que os Anos 90 produziram, este é um álbum de destaque.

Eis as músicas:

  1. Monkey Business" – 4:17
  2. "Slave to the Grind" - 3:31
  3. "The Threat" – 3:47
  4. "Quicksand Jesus" – 5:21
  5. "Psycho Love" (Bolan) – 3:58
  6. "Get the Fuck Out" (Sabo) – 2:42
  7. "Livin' on a Chain Gang" – 3:56
  8. "Creepshow" – 3:56
  9. "In a Darkened Room" – 4:57
  10. "Riot Act" – 2:40
  11. "Mudkicker" – 3:50
  12. "Wasted Time" – 5:46 Baixe o álbum aqui: Slave to The Grind

quarta-feira, 2 de março de 2011

Filmes de Drama Para Se Ver Antes de Morrer - Década de 50


    Rashomon (1950) - 88 min – P &B – Akira Kurosawa – Primeiro filme que assisti do Kurosawa e já me encantei. O filme conta a história de um assassinato visto de quatro pontos de vista diferentes. Aí se encontra o trunfo do filme: o fato de não haver uma só verdade, e sim, várias verdades. Além disso, o filme é belíssimo, com uma fotografia e enquadramento perfeitos. E pensar que os japoneses criticavam Kurosawa por acharem sua obra “vendida"...

    A Malvada (1950) – 138- min – P &B – Joseph L. Mankiewicz – Considerado uma das obras-primas do cinema, “A Malvada” apresenta pela primeira vez a deusa Marilyn Monroe, além da performance memorável de Bette Davis.

    Crepúsculo dos Deuses (1950) - 110 min – P &B – Billy Wilder – Na minha opinião, a maior obra-prima do mestre Wilder. O filme retrata a vida de Norma Desmond, uma antiga atriz de filmes mudos que não aceita que seu tempo já passou e que agora reina a era dos filmes falados. Crente de que fará um novo filme, ela chama um roteirista desempregado a escrever um novo roteiro para ela. É nessa atmosfera tensa que o filme se desenvolve. É este o filme em que está a famosa frase “Eu sou grande. Os filmes que ficaram pequenos”, dita por Norma. Usando habilidosamente de um roteiro não-linear, Wilder conduz seu filme de forma brilhante, construindo, assim, um dos melhores e mais inesquecíveis filmes da história do cinema.

    Era Uma Vez em Tóquio (1953) - 153 min – P &B – Yasujiro Ozu

    Contos da Lua Vaga (1953) - 94 min – P &B – Kenji Mizoguchi

    Sindicato de Ladrões (1954) - 108 min – P &B – Elia Kazan – Elia Kazan, um dos mais mal-falados diretores de Hollywood – o qual Orson Welles acusou de ter entregue os amigos socialistas em troca de manter a piscina de sua mansão – dirigiu esta obra-prima do cinema, estrelada pelo astro Marlom Brando, um dos primeiros atores a usar o chamado “Método Stanislavski”.

    A Estrada da Vida (1954) – 94 min – P &B – Federico Fellini

    Os Sete Samurais (1954) - 155 min – P &B – Akira Kurosawa – Obra-prima de Kurosawa, este, que é um dos melhores filmes de todos os tempos, conta a história de um pobre vilarejo de fazendeiros, que à mercê de bandidos que retornam todos os anos para estuprar, matar e roubar, resolvem contratar um grupo de samurais para revidar a agressão. Inspirado nos faroestes de outro mestre – John Ford – Kurosawa construiu um filme magnífico, brilhante e encantador.

    O Mensageiro do Diabo (1955) - 93 min – P &B – Charles Laughton – Único filme dirigido por Charles Laughton, “O Mensageiro do Diabo” é uma obra-prima, com uma história fascinante e uma direção perfeita. Sem esquecer, é claro, da “odiosa” atuação de Robert Mitchum.

    Juventude Transviada (1955) - 111 min – P &B – Nicholas Ray – Este é um dos filmes que mais ouvi falar quando era pequeno. James Dean, em seu papel mais lembrado, interpreta um jovem delinquente, o conhecido “rebelde sem causa”, que apronta por aprontar. Ou, talvez, para mostrar aos pais que não se é mais criança. Filme memorável, com cenas e atuações inesquecíveis.

    Doze Homens e Uma Sentença (1957) - 96 min – P &B – Sidney Lumet – Foi com uma admirável habilidade que Lumet conduziu este filme, rodado quase todo dentro de uma sala com doze homens. O roteiro, excelente, conta a história da decisão de um júri sobre a acusação ou não de um rapaz pela morte de seu pai. Quando se vota, apenas um é contra a acusação, o jurado n.º 8 – interpretado por Henry Fonda. Baseado na hipótese de que não tem certeza de que o reu seja culpado, ele tenta convencer a todos que não é a vida de um mosquito que está em jogo, mas a de uma pessoa, e que por isso, deve-se conversar para que se possa chegar ao veredito de forma ao menos razoável . O calor e o ambiente fechado ajudam e muito a criar um clima claustrofóbico, dando ao filme uma atmosfera tensa. Definitivamente, um filme memorável.

    Morangos Silvestres (1957) - 91 min – P &B – Ingmar Bergman – Filme que influenciou fortemente Woody Allen em “Crimes e Pecados”, “Morangos Silvestres”, certamente é um dos filmes menos "pesados" do diretor sueco. Estrelado por Victor Sjostrom, dito por Bergman como seu “mestre”, o filme conta a história de um idoso amargo, que numa viagem junto de sua nora, relembra momentos tristes e felizes de sua vida. Dirigido no mesmo ano que “O Sétimo Selo”, tal filme consegue ser melhor que este último, além de mais profundo, por não tem a dúvida religiosa tão pungentemente presente nele. Parece que em “Morangos Silvestres”, um filme mais maduro, Bergman tivesse exorcizado suas dúvidas quanto à Deus e, felizmente, houvesse deixado-o em paz.

    A Marca da Maldade (1958) - 95 min – P &B – Orson Welles – Mostrando que, mesmo sem dinheiro, poderia fazer um filme bom, Welles dirige mais uma obra-prima, estrelada por Janet Leigh – que futuramente faria o inesquecível papel em “Psicose” - , Charlton Heston e, claro, sua própria persona magnética. Com um roteiro de ouro, tomadas ousadas e virtuosas, Welles consegue construir um filme excelente – dito por muitas ainda melhor que “Cidadão Kane” - , demonstrando que sua genialidade era maior do que se imaginava.

    Um Corpo Que Cai (1958) - 128 min – Cor – Alfred Hitchcock – Sem exageros, certamente este filme é um dos dez melhores de todos os tempos. Seja por sua excelente trilha sonora composta pelo mestre Bernard Herrmann, seja pela magistral atuação de James Stewart, ou mesmo pela virtuosa e arrojadíssima direção de Hitchcock, este filme é um dos mais importantes da história do cinema. Misturando suspense e drama num thriller emocionante, ele consegue ser ainda melhor que “Psicose”, ditos por muitos como a obra-prima de Hitchcock. É ele o dono de uma das cenas mais memoráveis do cinema – o zoom-in/zoom-out que representava a vertigem do personagem de Stewart . Não só a cena, mas o roteiro, a direção e trilha sonora são perfeitas. Certamente, um filme muito à frente de sua época.

    Imagens, por ordem: "Um Corpo que cai", "Rashomon", "Crepúsculo dos Deuses", "Sindicato de Ladrões", "Os Sete Samurais", "Morangos Silvestres" e "A Marca da Maldade".