quarta-feira, 9 de março de 2011

Filmes de Drama Para Se Ver Antes de Morrer - Década de 60


A Doce Vida (1960) - 167 min – P&B – Federico Fellini

A Aventura (1960) – 145 min – P&B – Michelangelo Antonioni

Jules e Jim (1961) – 100 min – P&B – François Truffaut

Viridiana (1961) – 90 min – P&B – Luis Buñuel – Talvez a obra-prima do mestre espanhol, o filme conta a história de Viridiana, uma freira que sai do convento para morar com o tio. Lá, este a galanteia, devido à aparência com sua finada amada. Arrependido, ele acaba se matando. Com o controle da casa, Viridiana, bondosa – até demais – como era, começa a chamar mendigos para dar-lhes de trabalho e de comer. Com seu toque de humor e o sempre presente surrealismo, Buñuel consegue construir uma forte crítica à cega bondade cristã.

Oito e Meio (1963) – 145 min – P&B – Federico Fellini – Obra-prima de Fellini e dos anos sessenta em geral, “Oito e Meio” é um dos filmes mais surrealistas da sua carreira. O filme já começa surreal, com Mastrioanni numa fila de carros, e de repente, ele aparece, pairando no céu, sob uma praia, amarrado numa corda presa ao carro. Com muita técnica e virtuosidade, ajudado por uma das melhores trilhas sonoras compostas pelo mestre Nino Rota, Fellini construiu um filme recheado de cenas engraçadas e surreais. Declaradamente autobiográfico, ele reflete a vida de um cineasta em crise de criatividade. Além da presença marcante de Mastrioanni, o filme conta ainda com a belíssima Claudia Cardinale, que neste filme, está mais bela como nunca. Mas o verdadeiro astro desse filme, e o responsável por torná-lo tão mágico, certamente, é o mestre italiano Federico Fellini. Poucos filmes conseguem superar a grandiosidade desta obra-prima.

O Leopardo (1963) - 205 min – Cor – Luchino Visconti

Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) - 110 min – P&B – Glauber Rocha

Persona (1966) - 85 min – P&B – Ingmar Bergman – Um dos poucos filmes que conseguem me tirar do normal, ou seja, que conseguem mexer - e muito! - comigo. O filme é de uma tensão tremenda. Desde o começo, sentimos algo seco na boca, que eu nem mesmo sei explicar. A história entre duas mulheres – uma calada e outra que gosta de falar - , seus problemas, suas tristezas; não sei porque, parece me torturar. Nesta, que na minha opinião, é a obra-prima do sueco, Bergman consegue a perfeição. Num filme em que a maioria das cenas se passa num lugar fechado, com apenas duas pessoas, tem-se de ter muita habilidade. E isso não faltou nem um pouco à ele. Aliás, o sueco estava muito inspirado. Criou cenas inesperadas, misturando realidade e fantasia como ninguém. Uma bela demonstração de que, para Bergman, a criatividade não tem limites.


Sem Destino -
128 min – Cor – Dennis Hooper


Fotos, em sequência: "Persona", "Viridiana", "Oito e Meio" e "Deus e o Diabo na Terra do Sol".

Um comentário:

  1. Muito interessante o blog !
    Deixo o meu aqui caso queira dar uma olhada, seguir...;

    www.bolgdoano.blogspot.com

    Muito Obrigada, desde já !

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