terça-feira, 30 de março de 2010

Renato Russo


Renato Manfredini Júnior, mais conhecido como Renato Russo, se fosse vivo, teria feito 50 anos de idade no último sábado. Os que o conhecem, sabem que ele morreu em decorrência da Aids. Depois de anos convivendo com tal doença, com o forte coquetel que usava, com a deteriorização de seu corpo e sua voz por causa dela, um dia, ele simplesmente desistiu! Se trancou no quarto, parou de tomar os remédios e morreu.

Nascido no Rio de Janeiro, se muda para Brasília aos 13 anos. Aos 15, os médicos descobrem que era portador de epifisiólise, uma doença óssea. Com isso, teve que fazer uma cirurgia para a implantação de três pinos em sua bacia, o que deixou-o quase imobilizado por seis meses.

Sua primeira banda foi a chamada Aborto Elétrico, composta por ele, vocal e guitarra, Fê Lemos na bateria, Flávio Lemos no baixo, e André Pretorius na outra guitarra. Durou de 78 a 82. Depois disso, Renato se tornou o Trovador Solitário, fazendo shows mais intimistas. Pouco tempo depois, junto com Marcelo Bonfá e Dado Vila-Lobos, forma a Legião Urbana, uma das maiores bandas de rock de todos os tempos do Brasil. Percebe-se sua musicalidade diferente desde o primeiro Cd, em que mistura o punk rock com um ritmo mais lento. Depois de "Dois", segundo álbum da banda, tudo que eles lançavam era sucesso. As letras de Renato iam fundo no coração das pessoas. Era impossível não ficar tocado por suas composições, junto de sua estrondante voz. Músicas de revolta e músicas de amor, tanto umas quanto outras, faziam com que os fãs se indentificassem com o autor delas.

Renato se tornou um ícone, um ídolo. Um bissexual que gostava de Sepultura à música italiana. Um músico, um artista, um poeta. Esse é Renato Russo! Dizem que os ídolos não morrem. E para mim, como para muitas pessoas, Renato Manfredini Júnior não morreu.

segunda-feira, 29 de março de 2010

O Renascimento do Gigante!


Freguês uma vez, freguês sempre! Não adianta, pois a sina continua: o Fluminense continua freguês do Vasco! Pode o Gigante da Colina estar muito mal das pernas, o time joga, ganha! Não tem como!

Justiça seja feita, o Time da Colina jogou muito bem ontem! Os jogadores tinham uma postura totalmente diferente da dos últimos jogos. Marcando em cima, dando o sangue, correndo como uns doidos, ou seja, como um time de futebol deve ser, o Vasco da Gama foi outro time ontem! O jogo foi tão único, tão diferente, que o desacreditado Dodô entrou, e alguns minutos depois arrancou para fazer o segundo gol, após passe magistral de Carlos Alberto.

O Fluminense jogou de igual para igual com o Vasco no primeiro tempo, mas no segundo, o Gigante mostrou porque ostenta tal apelido e foi pra cima com tudo. O gol era questão de detalhe, e acabou saindo num escanteio, gol de Thiago Martinelli. O segundo de Dodô, numa arrancada; e o terceiro de Fagner, um chutasso indefensável para Rafael.

O jogo provou o que é lei no futebol: clássico é clássico! Não importa se um dos grandes está de mal a pior, quando se tem um clássico, a coisa muda. E com o Fluminense, tem sido bem proveitoso! O negócio é mais ou menos assim: o Vasco está em crise, chama o Fluminense pra jogar!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Vergonha!


Quase nunca falei de futebol aqui. Ultimamente, tenho passado por momentos em que gosto mais do time, e por outros em que tenho vontade de esquecer que torço para um time de coração, desde criança. Estou nesse momento: o de esquecer que gosto de futebol! Sim, quando torcemos para um time, devemos estar com ele na vida e na morte. Mas quando vemos um time igual ao Vasco da Gama, onde se vê 11 cabeças correndo atrás da bola qual um louco, isso, na minha opinião, não é um time de futebol! A derrota de ontem para o Americano, aquele time ridículo, que desde o início do campeonato estava agonizando nas últimas colocações - e ainda está - ganhar, dentro do estádio de São Januário, do Clube de Regatas Vasco da Gama foi o cúmulo! Os torcedores não merecem isso! Vão ao estádio, deixam de gastar seu dinheiro em outras coisas comprando um ingresso para ver o seu time perdendo pra outro que agonizou na lanterna quase o campeonato inteiro? E dentro de casa??!!


(O primeiro uniforme, da esquerda para a direita)


Agora, que a derrota foi merecida, isso foi! Além de jogar muito mal, desorganizado, sem planejamento nenhum, estreia com aquela camisa ridícula! Sim, R-I-D-Í-C-U-L-A! O que é aquilo? Como um amigo meu me disse, seria ela um manto de jesuíta? Onde está a faixa? Cadê a faixa??? A sagrada cruz de malta fica dentro da faixa! A faixa é transversal!!! Transversal!!!!!!! É difícil entender isso? Onde fica a tradição do time? Foi para o buraco... Bem feito! Como aconteceu com o Botafogo, que estreou aquela camisa cinza! e tomou seis do próprio Vasco, o time da colina mereceu a derrota! Pra aprender a jogar como homem e não inventar coisas absurdas como esse novo uniforme!

quarta-feira, 24 de março de 2010

O terror da guerra pelas lentes do mestre



"... todos estão preparados para comer as próprias tripas e pedir mais".

É nesse clima que o fantástico filme "Nascido para Matar", do magnífico Stanley Kubrick, é rodado. Não é objetivo do ilustre diretor mostrar herois e bandidos, ou melhor, exaltar os herois, como foi feito em "Rambo", filme que Kubrick não gostava por tal razão. Foi uma resposta do mestre a esse heroísmo, mostrando que a guerra é uma coisa horrenda, que mata tanto de um lado quanto do outro, e os que sobrevivem, se não ficam loucos, nunca conseguem tirar a guerra de suas mentes!

"Full Metal Jacket" fala sobre a Guerra do Vietnã. Ah, mais um filme que fala sobre tal guerra!!! Bem, não se trata de mais um filme, mas sim, DO filme sobre essa guerra. Dividido em duas partes, uma totalmente diferente da outra, mas com o mesmo objetivo: mostrar com a guerra enlouquece... e mata! A primeira parte mostra o treinamento dos recrutas, ainda nos EUA. Calcado em várias tiradas hilárias - cujo maior responsável é o Sargento Hartman, interpretado pelo ótimo R. Lee Ermey -, muitas pessoas julgam que esta é a parte que mais interessa, pois simplesmente arranca gargalhadas de qualquer um. Não é só arrancar gargalhadas o que tal parte demonstra. Além disso, mostra como se transforma inocentes rapazes em "monstros dispostos a digerirem as próprias tripas". E este é só o prenúncio do verdadeiro terror que é a guerra...

A segunda parte, na minha opinião mais marcante que a primeira, apresenta o recruta Hilário - ou Gaiato, na versão dublada - já no Vietnã. Lá, encontra Cowboy, amigo dos tempos de trinamento, e se junta à ele. No decorrer dessa parte, mostra-se finalmente o que se esperava de um filme de guerra: o combate, registrado magistralmente pela câmera de Kubrick, ora ágil, com seus travellings; ora lenta, com seus zoom ins e zoom outs. Kubrick, ao lado de Francis Ford Coppola com seu "Apocalypse Now", conseguiu fazer um filme de guerra altamente técnico, sabendo dosar muitíssimo bem a ação que se espera de tal gênero de filme, com momentos de suspense, sofrimento e, por incrível que pareça, diversão. É essa miscelânea de sentimentos que faz desse filme único!

Fica a pergunta: seria "Nascido para Matar" o melhor filme de guerra de todos os tempos? Na minha opinião, sim. E direi os motivos. Primeiro, por não ser apenas um filme de guerra, com tiros pra lá e pra cá, tendo herois e vilões para aclamar e xingar. Stanley Kubrick vai além; mostra que a guerra não é só isso, e sim, uma destruidora de mentes, enlouquecendo-as, desnorteando-as, deixando-as amedrontadas ao extremo. E o que é pior, matando pessoas que talvez nem saibam qual seja o real significado do porque lutar, a não ser o de defender a nação. Segundo, nenhum filme de tal gênero soube mostrar tão perfeitamente o terror da guerra. Terceiro, é o filme de guerra tecnicamente mais bem feito, superando até "Apocalypse Now". Além de ser o mais criativo, o mais emocionante e o mais engraçado. Sim, digo mais uma vez, Kubrick consegue misturar guerra com comédia! Quarto, possui atuações memoráveis, como as do Sargento Hartman - R. Lee Ermey - , recruta Gomar Pyle - otimamente e psicoticamente interpretado por Vincent D' Onofrio - e recruta Hilário - interpretado por Mattew Modine.

Sendo ou não fã confesso de Stanley Kubrick, qualquer um que assistir "Nascido para Matar" irá achá-lo talvez não o melhor filme de guerra de todos os tempos, mas pelo menos, tem a obrigação de reconhecer nele um filme tocante, cheio de ação e comédia. Conseguir captar o sentido do filme, é tudo o que peço. Conseguindo-se isso, entender-se-á porque tanto gosto de tal obra. E porque merece todas as glórias possíveis.


terça-feira, 23 de março de 2010

Ateus Famosos - Diretores


Os ateus são uma raça ruim para muitas pessoas; muitas mesmo!!! Se pudessem, certamente limpariam da face da Terra criaturas tão abomináveis, que absurdamente não acreditam no Deus misericordioso e benevolente que está no ceu! Sim, eu sou um ateu confesso e não tenho vergonha de assumir! Sendo assim, começarei a mostrar pessoas famosas, muitas delas atores, atrizes, diretores, escritores e uma série de personalidades que compartilham do chamado ateísmo. Muita gente eu nem desconfiava que era e realmente não esperava que fosse! Já outros eu sabia, como o doutor Dráuzio Varella e o notável filósofo marxista Karl Marx, dono da frase "A Religião é o ópio do povo". Não gosto dele, mas que é uma bela frase, com certeza é!

Bem, sem mais delongas, apresentarei aqui, para começar, alguns dos diretores que soube de seus ateísmo. A maioria é conhecidíssima, além de agluns deles serem um dos melhores diretores de todos os tempos. Bem, vamos à eles!



Pier Paolo Pasolini, autor de filmes como "O Evangelho Segundo São Mateus", "Teorema", "Édipo Rei". Em seu "Evangelho" construiu um Jesus diferente, revolucionário, mais humano que divino, que reage às hipocrisia e falsidade dos homens.





Allan Stewart Konigsberg, conhecido mundialmente como Woody Allen, é um dos melhores diretores de todos os tempos! Conhecido por suas ótimas e emocionantes comédias, ganhou o prêmio de Melhor Diretor e Melhor Filme por "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa". Foi indicado ainda mais cinco vezes! Não preciso falar muita coisa sobre ele! Seu talento já fala por si!


Steve Soderbergh, autor de filmes como "Traffic", "Erin Brockovich" e "Onze Homens e um Segredo". Ganhou o Oscar de Melhor Diretor por "Traffic".



Paul Verhoeven, diretor de filmes como "O Vingador do Futuro", "A Espiã", "Soldado de Laranja".


Jan Tómas Forman, mais conhecido como Milos Forman, dirigiu três das maiores obras-primas do cinema: "Um Estranho no Ninho", "Amadeus" e "Hair". Pelos dois primeiros filmes, arrematou 13 Oscars!



Luis Buñuel, um dos diretores mais controversos de todos os tempos. Sua obra é cercada por escândalo e imaginação, polêmico como ele gosta de ser. Dirigiu obras-primas como "Viridiana", "O Cão Andaluz", "O Discreto Charme da Burguesia".




John Marcellus Huston. Reconhecido como um dos grandes diretores americanos, dirigiu filmes antológicos como "O Tesouro de Sierra Madre", "A Relíquia Macabra" e "Uma Aventura na África", Foi indicado cinco vezes ao Oscar de Melhor Diretor, ganhando por "O Tesouro de Sierra Madre".


Ernst Ingmar Bergman, autor de filmes como "Fanny e Alexander", "Morangos Silvestres", "A Fonte da Donzela", "Persona". Ganhador de três Oscars por melhor filme estrangeiro, é reconhecido como o maior cineasta alemão, e um dos melhores de todos!

Federico Fellini, autor de "A Doce Vida", "Amarcord", "Oito e Meio". Ganhador de quatro Oscars por melhor filme estrangeiro. Reconhecido como um dos maiores mestres da sétima arte!


David Cronenberg, autor de filmes como "Gêmeos - Mórbida Semelhança", "A Mosca" , "Marcas da Violência". É conhecido por seus filmes fantásticos e psicóticos.

Darren Anorofsky, autor de filmes como "Requiém para um Sonho", "O Lutador", "Pi". Considerado um dos melhores diretores contemporâneos.


Charles Spencer Chaplin, autor de clássicos como "Tempos Modernos", "Luzes da Cidade", "O Grande Ditador". Reconhecido mundialmente por seus filmes engraçados, críticos e soberbamente talentosos.

Alfred Joseph Hitchcock, diretor de clássicos como "Psicose", "Um Corpo Que Cai", "Janela Indiscreta". Considerado por muitos o melhor diretor de todos os tempos! Ganhou o Oscar de melhor filme por "Rebecca - A Mulher Inesquecível", sendo indicado cinco vezes ao Oscar de Melhor Diretor.




Esses são os diretores ateus que encontrei. Entre eles, estão verdadeiros gênios, alguns ótimos e outros bons. O que importa é frisar que sim, os ateus existem e aos bilhões, e que boa parte deles constroem coisas belíssimas, engraçadas e trágicas.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Do cinema para a realidade

Já pensou se algum dia você está vendo um filme com a Marilyn Monroe, e repentinamente, ela sai da tela para conversar com você? E melhor, depois se apaixona por você? Acha isso impossível? Bem, Woody Allen não achou. Não que ele tenha colocado a deusa loira fora das telas para a vida real, mas mesmo assim, trouxe felicidade à vida de Cecília, personagem interpretada por Mia Farrow. Vivendo uma vida infeliz, num emprego ao qual não conseguia se adaptar, em meio à Grande Depressão, e com um marido vagabundo e que batia nela, Cecília se sentiu nas nuvens quando seu personagem favorito saiu das telas e veio diretamente falar com ela! Ufa, essa é a história de "A Rosa Púrpura do Cairo"!

Brincando com o imaginário, Allen constrói uma história fascinante, engraçada e triste. Fascinante pelo fato de um personagem sair de um filme e se "trasnportar" para a vida real; engraçada pelas várias situações hilariantes - como a não-continuação do filme pela ausência do ator e revolta dos pesonagens; o engraçado embate entre esses personagens e os telespectadores, aborrecidos que estavam pois pagaram um filme e não estavam vendo-o; as encrencas em que se metia o personagem "foragido" do filme, por causa de sua inocência, entre outras -; triste pois mostra a vida sofrida de Cecília, que encontra felicidade ao lado de alguém irreal.

Com o humor sempre presente em seus filmes, neste, Allen inclui também um pouco de drama, e claro, o fato impressionante da "fuga" do ator. Com isso, "The Purple Rose Of Cairo" torna-se um de seus melhores filmes, por unir a sutil direção de Allen, que mesmo não demonstrando um rio de virtuosismo, consegue apresentar a história perfeitamente, movendo sua câmera lentamente, com seus ótimos closes. Obviamente, sua genialidade, muitas vezes já demonstrada em outros filmes, está aqui presente em inventar uma história rica, genial, coisa de Woody Allen. Seu roteiro, mágico e criativo, recebeu uma indicação ao Oscar, mas acabou perdendo para "A Testemunha".

Na minha opinião, o que Allen quis mostrar em "A Rosa Púrpura do Cairo" foi o fato de que o cinema, em seus dramas, aventuras, comédias e terrores, faz com que o telespectador esqueça de seus problemas, pelo menos enquando dura o filme. O cinema tem tal magia: a de nos levar a um mundo imaginário, irreal, em que tudo dará certo (ou não). Um mundo onde não se tenha que se preocupar com os nossos incontáveis problemas do dia-a-dia. Se foi isso que o genial Allen quis passar, certamente o conseguiu e com a maestria de sempre!

Ah, e quanto à Marilyn Monroe, bem que poderia ser verdade, hein???

P.S. Acho que se isso acontecesse, eu teria um ataque cardíaco....

quinta-feira, 18 de março de 2010

As várias facetas dos Simpsons



"Os Simpsons", um dos desenhos que mais gosto, chama a atenção pelos vários temas que são retratados nele. Que não é um desenho normal, todos sabem! Várias coisas são nonsenses, e quanto mais nonsenses, melhor e mais engraçado! Junto a esse rio de coisas sem nexo, junta-se uma crítica muitas vezes sagaz. Críticas dirigidas à moral e sociedade americanas! Com isso, políticos, músicos e religião não escapam! Eles simplesmente zombam de todo mundo.

Como gosto muito de tal desenho, resolvi reproduzir aqui algumas fotos muito interessantes ligadas à eles. A maioria é vinculada ao cinema, e por isso, me chamou tanto a atenção. Pois vamos à elas!





(Sátira da capa do álbum Nevermind, da fantástica banda norte-americana Nirvana)



(A Clockwork Orange, Hitchcock, The Godfather Parte II; tudo na mesma imagem!!!)




(Simpsons entrando na onda emo)




(E mais uma sátira de Citizen Kane. Agora, Charles Foster Kane se torna Burns!)



(Mais uma vez, sátira de The Godfather)





(Ramones, banda de punk rock americana. E o Hommer junto...)





(The Godfather, de Francis Ford Coppola; outra obra-prima do cinema. )


(Citizen Kane, obra-prima do genial Orson Welles e do cinema)



(Sgt. Peper's Lonely Hearts Club Band, Beatles novamente, que se tornou o "Yellom Album")


(Alien Vs Predador)




(The Shining, do mestre Stanley Kubrick)





(O Grito, sátira da famosa obra expressionista de Edvard Munch)


(Star Wars, que se tornou "Bart Wars")


(Família Addams)



(Matrix)




(Abbey Road - Beatles)

terça-feira, 16 de março de 2010

Bergman e seus questionamentos


Já havia visto dois filmes de Ingmar Bergman - "Fanny & Alexander" e "Da Vida das Marionetes" - e não havia entendido ambos. Talvez eu fosse muito novo para tal tipo de filmes; talvez eu não houvesse começado pelo filme certo de tal diretor. No entanto, tempos depois, resolvi arriscar e ver outra obra sua. E posso dizer com todas as letras que não me arrependi!

Tal obra atende pelo nome de
"O Sétimo Selo", de 1956. Conta a história de um cruzado, de nome Antonius Block, interpretado pelo ótimo Max Von Sidow. Ao voltar de mais uma cruzada, e com dúvidas sonbre a existência de Deus, Antonius é convidado por ninguém mais ninguém menos que a Morte - Sim, a MORTE!!! - para uma partida de xadrez. Se Antonius perder, perde a vida; se ganhar, ganha mais um tempo para viver. E é enrolando a morte que Antonius vai ganhando tempo para realizar um propósito: ajudar alguém no que puder fazer. Tem sua oportunidade quando encontra um casal e seu filhinho de uma companhia de teatro, aparentemente felizes. É com esse feliz encontro que nosso heroi tem a chance de fazer algo pelos dois.

Bergman, talvez ainda duvidoso da existência de Deus, retrata suas dúvidas pessoais nas indagações do personagem de Sidow. Percebe-se isso nos vári
os questionamentos que ele faz aos ceus, tentando encontrar alguma resposta para tais dúvidas. Com uma criação duramente religiosa - Hitchcock foi outro que também sofreu isso - , Bergman quis retratá-las em seus filmes como uma forma pessoal de revolta a tais dogmas. Talvez não tivesse certeza da existência desse ser supremo, mas penso que formou finalmente uma opinião, pois a partir de "Morangos Silvestres" esses questionamentos não são mais visíveis. Enfim, tinha-se tornado ateu!

O que interessa é: esses questionamentos atrapalham o andamento do filme? Na minha opinião não, pois servem até como um incremento à história. O que acontece é que eles são repetitivos, e isso sim cansa um pouco quem está vendo o filme. Mas nada muito relevante para que se possa reclamar.

Apoiadao numa óti
mas trilha sonora e fotografia, "Det Sjunde Inseglet" é uma obra-prima entre as muitas do grande Bergman. Ele, como seus closes e movimentos às vezes imperceptíveis, soube dirigir magistralmente um filme como poucos. Ingmar Bergman dirige filmes como poucos, essa é a verdade a ser dita! E com "O Sétimo Selo" não foi diferente! Espero que esta película abra as portas para que finalmente eu possa apreciar uma leva de filmes desse grande mestre da sétima arte!




(Ingmar Bergman)