sexta-feira, 30 de abril de 2010

30 anos sem Alfred Joseph Hitchcock


Ontem, dia 29 de Abril, fez-se trinta anos que o mestre Alfred Hitchcock nos deixou. Também ele nos deixou uma enorme contribuição ao mundo do cinema. Considerado por unanimidade como o "mestre do suspense", Hitch foi com certeza um dos maiores cineastas da história do cinema! Praticamente revolucionou o gênero do suspense, dando à ele uma nova cara, seguida por muitos até hoje - ou melhor, copiada, pois ser igual a Hitchcock é humanamente impossível.

Muitos dizem que ele era repetitivo, só fazendo filmes de suspense. Tirando algumas comédias que ele também dirigiu - como "O Terceiro Tiro" e "Um Casal do Barulho" - Hitchcock foi sim repetitivo: só fazia filmes de suspense. Sem esquecer, é claro, o toque de drama, com uma pitada de terror e seu constante humor negro e tiradas engraçadas genialmente pensadas! Essa era a fórmula que Hitchcock repetia. E a repetia otimamente!

Alfred Hitchcock, nascido em 1899, em Leyntonstone. Londres, desde pequeno teve uma educação católica rígida, chegando a estudar em um colégio jesuíta. Talvez essa rigidez tenha contribuído para seu posterior ateísmo, mas isso é outra conversa. Seu pai vendia frutas e verduras, e com a morte deste, largou o colégio e resolveu trabalhar como designer gráfico para publicidade, numa companhia de cabos elétricos. Isso com apenas 14 anos!

Logo depois, foi para a Paramount Pictures. Lá, trabalhou com a colocação de textos em filmes mudos. Com isso, foi pegando experiência, até que a mesma empresa deu-lhe a chance de ser diretor. O jovem Hitchcock, nos seus 26 anos, dirigiu "The Pleasure Garden". Daí para frente, com cada vez mais confiança, passou a dirigir mais e mais filmes, tais como "The Lodger", "Chantagem e Confissão", "O Homem Que Sabia Demais", "Os 39 Degraus", e "A Dama Oculta". Filmes que não foram os mais brilhantes de sua carreira, mas brilhantes assim mesmo para alguém novo como ele e com pouca experiência. Depois deste último filme, o filho do vendedor de frutas e verduras foi chamado para trabalhar em Hollywood.

Lá, estreou com "Rebecca", trabalhando com os astros Laurence Olivier e Joan Fontaine. Foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor, mas acabou perdendo para John Ford. Mas ganhou como Melhor Filme! Começa aqui a perseguição de Hitchcock ao Oscar, que ele injustamente nunca ganhou.

Depois de tal filme, lançou outros como "O Correspondente Estrangeiro", "Um Casal do Barulho" e "A Sombra de Uma Dúvida", um ótimo noir elogiado por todos. "Sabotador", "Quando Fala o Coração" e "Interlúdio" vieram depois, não decepcionando em nada. "Festim Diabólico", um de seus melhores filmes, com James Stewart, demonstrou o enorme talento de Hitch, que apenas se utilizou de um lugar fechado - uma sala - para construir uma obra-prima. Parece não um filme, mas uma peça de teatro.

"Pacto Sinistro" veio em 51 e muitos o consideram como um dos melhores filmes feitos por ele. Em 54, outro clássico hitchckoniano: "Disque M para Matar", estrelando a bela Grace Kelly. No mesmo ano, "Janela Indiscreta", outra vez com James Stewart, um dos maiores clássicos não só de Hitch, mas do cinema em geral. Utilizando-se de poucos recursos - apenas um cenário para os dois edifícios - Hitchcock mostra mais uma vez - como mostrou em "Festim Diabólico" - que se pode fazer um ótimo filme sem exageros, calcando-se mais na elaboração da história, de como ela atingirá o telespectador. E claro, com uma alta dose de suspense e mistério.

"Ladrão de Casaca", a refilmagem de "O Homem Que Sabia Demais" e "O Homem Errado" vieram, respectivamente, em 55, 56 e 57. "Um Corpo Que Cai", para muitos - e para mim - seu maior clássico, veio em 58, em mais um filme com James Stewart, que faz um detetive que se aposenta depois de adquirir vertigem. Nesse filme, Hitchcock simplesmente arrasou e deu uma aula de cinema. Para mim, um dos dez melhores filmes de todos os tempos!

No ano seguinte dirigiu "Intriga Internacional", que para outros, seria sua maior obra-prima. Pra mim, fica em segundo. A história de Roger Thornhill, confundido com um agente do governo por perigosos espiões, conquista desde o primeiro minuto. A cena de perseguição ao personagem de Cary Grant é incrível e absurdamente bem dirigda! Uma das melhores cenas de perseguição de todos os tempos.

Em 1960, vem o filme mais conhecido de sua carreira: "Psicose". Sim, não preciso dizer que possui a cena da mulher sendo morta a facadas. Sim, ela é talvez a cena mais conhecida do cinema mundial. Entretanto, o filme não é só isso. É muito mais! Na minha opinião, ninguém, em 50 anos que se passaram desde o lançamento do filme, fez algo melhor no gênero de terror/suspense do que "Psicose". Talvez Kubrick tenha chegado perto com "O Iluminado", mas não conseguiu superar. Entretanto, não é seu melhor filme, como muitos dizem.

Depois dos três maiores clássicos em três anos seguidos, vem outro petardo: "Os Pássaros", reconhecido como um dos melhores filmes de terror. Nesse filme, Hitchcock descobriu a linda Tippi Hedren, que trabalhou novamente com ele em "Marnie", filme do ano seguinte. Seguiram-se "Cortina Rasgada", "Topázio", "Frenesi" e "Trama Macabra", este em 1976. Hitchcock veio a falecer quatro anos mais tarde. Antes, ainda teve tempo de receber, das mãos da rainha Elizabeth II, a Ordem do Império Britânico, tornando-se Sir Alfred Joseph Hitchcock.
Ao longo de todos esses anos, trabalhou com atores consagradíssimos, como James Stewart, Cary Grant, Laurence Olivier, Joan Fontaine, Ingrid Bergman, Grace Kelly, Jessica Tandy, Sean Connery, Paul Newman, entre outros. Para ele, não importava trabalhar com quem quer que fosse, até porque, "atores eram como gado", para ele. O que lhe interessava eram seus filmes, o fazer dos filmes.

Reconhecido por muitos como o melhor diretor de todos os tempos, consegue agradar tanto o público mais exigente como o menos. Tal fato pouquíssimos conseguiram. Hitch talvez tenha sido o primeiro deles. Mesmo não tendo ganho nenhum Oscar - foi indicado a seis! -, esta duríssima injustiça não mancha sua brilhante carreira. Por sua gordíssima contribuição ao cinema - maior do que sua barriga - Sir Alfred Hitchcock merece todos os aplausos.



quarta-feira, 28 de abril de 2010

Frases...

"Se há algo certo nesta vida... se a história nos ensinou alguma coisa.. é que se pode matar qualquer um".

"Não quero acabar com todo mundo. Só com meus inimigos". (Michael Corleone)

"Meu pai me ensinou muitas coisas aqui, neste gabinete. Ensinou-me que mantivesse os amigos por perto, e os inimigos, mais ainda". (Michael Corleone)

"Aprendi a pensar como os outros pensam". (Michael Corleone)


"The Godfather - Part II"





(Michael Corleone, interpretado pelo fantástico Al Pacino)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um eterno clássico do cinema



"Afinal, amanhã é outro dia".


"...E o Vento Levou"! Finalmente assisti a tal clássico do cinema. Tinha vergonha em dizer que ainda não havia assistido essa obra-prima. Entretanto, o dia chegou! Como sempre, fiquei com uma ponta de receio por assistir um filme tão extenso - quase quatro horas! -, como sempre fico por filmes com grandes durações de tempo. Mas como todos elogiavam tal película, tinha certeza de que gostaria. E realmente não me enganei.

"...E o Vento Levou" ("... Gone With The Wind"), filme de 1939, fala de uma história de amor. Na verdade, histórias de amor. Do amor de Scarlett O'hara - interpretada pela belíssima Vivien Leigh - por Ashley Wilkes - interpretado por Leslie Howard - ; de Melanie Hamilton - interpretada pela também belíssima Olívia de Havilland - por Wilkes; e de Rhett Butler - o ótimo Clark Gable - por O'hara. Um ama o outro, que a ama mas que se casa com outra; outro que ama uma que não o ama. É nesse emaranhado de amores que o filme se desenrola. E tudo isso em meio à Guerra Civil Americana!!!

Em 233 minutos de filme, há lugar para tapas e beijos, lágrimas e sorrisos, amores e decepções. E milhares de reviravoltas! Uma história que começa burguesamente alegre e inocente, transforma-se num relato denso e triste. Além de ser uma história de superação!

Vivien Liegh faz uma atuação esplêndida, típica de uma imortal estrela como é! Soube fazer perfeitamente o papel de menina inocente e mulher travessa, além de personificar otimamente alguém que ri ou chora. Enfim, uma baita atriz! E o que dizer de Clark Gable? Representou um legítimo bom-vivant como poucos! Com várias facetas, soube variar entre o completo cinismo à mais completa angústia e perturbação. Em situações mesmo dramáticas, Gable destilava suas piadas e frases de efeito. Na minha opinião, a atuação mais notável entre todas. Mesmo assim, perdeu o Oscar para Robert Donat, de "Adeus Mr. Chips".

Quem rouba a cena é a Mammy, interpretada por Hattie McDaniel - ganhadora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, não podendo recebê-lo por ser negra. Soube muito bem contracenar com atores de primeira linha, além de ter feito uma perfeita empregada resmungona, mas com um grande coração. Méritos também para Olivia de Havilland, que não apenas emprestou sua beleza ao filme, como também fez uma ótima atuação, personificando o papel de uma perfeita santa! Só faltou a auréola...

Não só de boas atuações vive este clássico, mas também de incríveis fotografias - me impressionei bastante com a qualidade das imagens - , uma ótima direção - com variados closes, tomadas às vezes rápidas, às vezes mais lentas - e uma trilha sonora das mais inesquecíveis e importantes do cinema! Servindo-se também de um cenário belíssimo, o diretor Victor Fleming dirigiu cenas inesquecíveis!

"... E o Vento Levou" é sim um dos maiores clássicos do cinema. Não é apenas um romance barato, como muitos pensam, mas uma história triste, engraçada, que emociona e diverte. Desde a bela abertura à imagem final, um filme incrível! Mesmo depois de 61 anos, envelheceu muitíssimo bem, conquistando adimiradores até hoje. Como eu, que me tornei mais um!


...E o Vento Levou (... Gone With The Wind), 1939, Drama, EUA.

Direção: Victor Flemming. Com Clark Gable, Vivien Liegh, Olivia de Havilland, Leslie Howard e Hettie McDonald.

Ganhador do Oscar de Melhor Filme, Direção Atriz(Vivien Leigh), Atriz Coadjuvante(Hettie McDonald), Direção de Arte, Fotografia Colorida, Edição e Roteiro, além de um Oscar Honorário para Wiliam Cameron Menzies e um Oscar Técnico para Don Musgrave. Indicado também a Melhor Ator, Atriz Coadjuvante(Olivia de Havilland), Som, Trilha Sonora e Efeitos Especiais.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Frases

"Todos os animais andam à noite. Putas brancas e negras, doidos, bichas, traficantes, viciados. Um dia, uma chuva forte tirará as escórias da rua. Vou para todo lado. Levo gente pro Bronx, Brooklyn, Harlen... não importa. Não faz diferença pra mim". Travis Bickle, "Táxi Driver".

sexta-feira, 16 de abril de 2010

As 50 maiores lendas do cinema - Parte 1

Sim, mais uma lista! Dessa vez, das 50 maiores lendas do cinema, 25 masculinas e 25 femininas. Feita pela mesma AFI, acerta muita na escolha de nomes como Humphrey Bogart, Cary Grant, James Stewart, Marilyn Monroe, Bette Davis, Katherine Hepburn, e por aí vai... Enfim, sem mais conversas, vamos à lista, começando, é claro, pelas damas! E que damas!


As 25 maiores atrizes

1 - Katharine Hepburn

2 - Bette Davis

3 - Audrey Hepburn

4 - Ingrid Bergman

5 - Greta Garbo

6 - Marilyn Monroe (!!!!)

7 - Elizabeth Taylor

8 - Judy Garland

9 - Marlene Dietrich

10 - Joan Crawford

11 - Barbara Stanwyck

12 - Claudette Colbert

13 - Grace Kelly

14 - Ginger Rogers

15 - Mae West

16 - Vivien Leigh

17 - Lillian Gish

18 - Shirley Temple

20 - Rita Hayworth

21 - Lauren Bacall

22 - Jean Harlow

23 - Carole Lombard

24 - Mary Pickford

25 - Ava Gardner


To be continued.....

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Meus livros favoritos

Além de gostar muito de cinema, ler é um dos meus hobbies preferidos! Estou meio parado por enquanto, querendo só saber de assistir filmes, e dei uma parada na leitura. Entretanto, estou voltando aos poucos.

Na lista de agora, colocarei os 20 livros que mais gostei de ler em toda a minha vida. Outros poderão entrar, obviamente. Penso ter pelo menos mais uns cem anos de vida. Enquanto esses mais cem anos não chegam, e outros livros não entram em tal lista, no momento estes são meus favoritos.


Ei-los:

1 - Hamlet - William Shakespeare

2 - Otelo - William Shakespeare

3 - Dom Quixote de La Mancha - Miguel Cervantes

4 - A Divina Comédia - Dante Alighieri

5 - Os Miseráveis - Victor Hugo

6 - Cândido ou O Otimismo - Voltaire

7 - Crime e Castigo - Dostoievski

8 - O Estrangeiro - Albert Camus

9 - Laranja Mecânica - Anthony Burgess

10 - 1984 - George Orwell

11 - O Velho e O Mar - Ernest Hemingway

12 - O Corcunda de Notre-Dame - Victor Hugo


14 - A Revolução dos Bichos - George Orwell

15 - O Iluminado - Stephen King

16 - Assassinatos na Rua Morgue - Edgar Alan Poe

17 - O Evangelho Segundo Jesus Cristo - José Saramago

18 - A Metamorfose - Franz Kafka

19 - Nada de Novo no Front - Erich Maria Remarque

20 - O Mágico de Oz - Lyman Frank Baum


* Nos links, pode-se baixar os livros. Ou pelo menos tentar....

terça-feira, 13 de abril de 2010

A obra-prima dos Westerns

Seria um pouco preciptado dizer tais palavras que apareceram no título? Certamente, ainda mais para alguém que assistiu tão poucos filmes westerns. Entretanto, mesmo sem assistir a muitos, tenho a coragem de dizer que penso ser muito difícil algum filme do gênero ser melhor que "Três Homens Em Conflito". Se algum dia achar, com certeza retirarei a alcunha de tal filme.

"The Good, The Bad And The Ugly" conta a história, obviamente, de três homens. "The Good" - Blondie, interpretado pelo fantástico Clint Eastwood - é, como o nome já diz, o "bonzinho" da história; "The Bad" - Angel Eyes, interpretado por Lee Van Cleef - é o demônio em pessoa; e "The Ugly" - interpretado por Eli Wallach -, que no filme se chama Tuco Ramirez, é feio sim, e é ruim, mas não tanto quanto Angel Eyes, além de garantir boas risadas a quem assiste o filme. Todos os três, sem leis nem limites, estão ambos atrás de um único objetivo: achar 200 mil dólares! Os três farão de tudo: atravessar o sol ardente, encontrar um exército no meio do caminho, e claro, matar! Pois sem mortes, sem confrontos, não se faz um bom filme de faroeste!

E este não é só mais um bom filme de faroeste; mas um fantástico filme de faroeste! Desde o começo, com sua abertura magnífica, tendo por pano de fundo a magistral trilha sonora do mestre Ennio Morricone - de que falarei mais tarde -, o filme já me impressiona! Desde a primeira cena, com todo aquele suspense, toda uma aula de cinema, com o grande diretor Sergio Leone aproximando e às vezes afastando sua câmera, de modo virtuoso - isso em apenas alguns minutos - percebi que o filme seria inesquecível. Poucos filmes me impressionaram tanto em tão pouco tempo!

E a trilha sonora? Um oceano de virtuose e mágica fluem da mente do mestre Morricone! Em todos os momentos importantes do filme, sejam eles trágicos, cômicos, de luta; lá está a trilha sonora! Fantástica, magnífica; simplesmente uma das mais belas trilhas de todos os tempos! Dificilmente esquecerei tal trilha, que consegue, com seus variados arranjos, ora servido de violão e vozes - e aquele assobio inesquecível - , ora de um coral todo, consegue emocionar e impressionar por sua beleza e maestria. Só um mestre como o senhor Ennio Morricone para fazer tal trilha!

E o que dizer da atuação elegante e serena de Clint Eastwood? Me assusta a sua forma de atuar; alguém que possui a mesma fisionomia quando está salvando ou matando, que em seu rosto, não demonstra dor ou alegria. Esse é Clint Eastwood! Eli Wallach foi o responsável pela parte engraçada do filme, onde, junto com Eastwood, foi vítima das muitas situações cômicas que o maldoso Leone proporcionou à eles. Lee Van Cleef também não comprometeu, tendo representado muito bem a "maldade em pessoa".

Se pudesse resumir "Três Homens Em Conflito", o resumiria de tal forma: um mar de reviravoltas e criatividade, cheio de diversão, suspense, aventura, pistoleiros muito bons de gatilho, cenas cômicas, ótimas atuações, roteiro impecável, trilha sonora fantástica, e, claro, direção de primeira do grande Sergio Leone. Com amplo virtuosismo, mostrou com suas lentes a história desses três homens destemidos, em meio a uma Guerra Civil - sim, Leone ainda colocou tal guerra como um "incremento" ao filme - em luta pelo seu objetivo. Sem mais delongas, coisa de gênio. E ponto final.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Listas....

Gosto muito de ver listas de tudo que gosto, incluindo filmes, música e livros. Por meio delas, podemos ter alguma noção de que coisas ler, ouvir ou assistir! Algumas são absurdas, outras muito boas. A que vou colocar aqui - de cinema - , no geral, apesar de algumas incongruências, é muito boa! Incongruências essas como um "Casablanca" em terceiro lugar; um "O Mágico de Oz" na frente de "Psicose", "Táxi Driver" e "2001"; ou ainda mais, "Rocky" na frente de "Laranja Mecânica". Enfim, aqui vão os vinte melhores:









































O resto vê-se nesse link: http://www.webcine.com.br/cem.htm


A lista foi organizada pela AFI - American Film Institute, ou seja, o Instituto de Filmes Americanos. Por isso, só se viu filmes americanos na lista, pois, como se deve ter concluído, a intenção deles era avaliar apenas os melhores filmes americanos. De outra vez, colocarei uma lista mais completa...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Citações Interessantes

"O homem é de todos os animais o mais imperfeito, o mais mórbido, o mais perigosamente desviado dos seus instintos - ainda que, com tudo isto, seja também o mais interessante".

"Quando a primeira comunidade cristã teve a necessidade de um teólogo justiceito, aguerrido, intempestivo, maliciosamento sutil e colérico para enfrentar outros teólogos, criou seu Deus, conforme suas necessidades".

"Eis a fórmula: a fé salva, logo, ela é verdadeira. Pefeiro esta: a fé salva, logo, ela mente".

"Para o medíocre, a mediocridade é uma felicidade".

"A fé é querer ignorar aquilo que é verdade".

Friedrich Nietzsche, "O Anticristo".


"Não existe arte que possa decifrar o sentido da alma pela face".

"Para enganar o mundo, é preciso ser semelhante ao mundo".

"O amor que nos persegue é frequentemente um tormento para nós e, contudo, lhe agradecemos, pois é o amor".

"Quando não pelos nossos atos, nossos tremores nos transformam em traidores".

William Shakespeare, "Macbeth".


"Acabamos por nos habituar a tudo".

"Desde o momento em que se morre, é evidente que não importa quando e como".

Albert Camus, "O Estrangeiro".


"O mundo, para mim, é o mundo, apenas: um palco em que representamos, todos nós, um papel, sendo o meu triste".

William Shakespeare, "O Mercador de Veneza".

"O artista é criador de coisas belas".


"Não existe livro moral nem imoral. Os livros são bem escritos ou mal escritos. Eis tudo".

"Amar é exceder-se a si próprio".

"Definir é limitar"

Oscar Wilde, "O Retrato de Dorian Gray".


"Por trás da alegria e do riso, pode haver uma natureza vulgar, dura e insensível. Mas, por detrás do sofrimento, há sempre sofrimento. Ao contrário do prazer, a dor não tem máscaras".

Oscar Wilde, "De Profundis".


"Não há nada que seja fácil na vida".

"Não pense muito naquilo que não tem. Pense antes no que pode fazer com aquilo que tem".

Ernest Hemingway, "O Velho e o Mar".





Mistura de exagero e mau gosto


Quando um filme é bom, pode-se ter certeza que apresentarei mais qualidades que defeitos. Ok, alguns filmes como "Laranja Mecânica" não possuem defeito algum, mas filmes assim são exceções. Agora, quanto a "2012", é difícil achar não um defeito, - pois estes são vários - mas sim uma qualidade! Estou até agora procurando algo de bom neste filme...

"2012" conta a história do possível fim do mundo. Começando por aí, já se tem um conhecimento de que efeitos especiais é o que não faltarão! E como não faltam; até sobram!!! É efeito especial demais, um completo exagero.

Continuando a história sem graça, o tal "fim do mundo" é previsto com base num alto aquecimento do centro da Terra, que ocasionará vários efeitos, digamos, indesejáveis. Em meio a todo esse desastre, é contada a história de Jason Curtis - interpretado por John Cusack. Ele é separado de sua esposa, que levou junto os filhos. No dia da visita a seus filhos, em que os leva para um acampamento, fica sabendo, através de um maluco, que o mundo está prestes a acabar.

Uma coisa a citar sobre o tal Curtis: o cara é simplesmente um super-homem! Passou por várias "situações quase-morte" e se saiu sem um arranhão de todas! Belo substituto para Steven Seagal, hein?

Para não perder mais meu tempo, tenho a dizer que "2012" é calcado em metade efeitos especiais apelativos e metade diálogos "encheção de linguiça". Mostrou ser um filme fraco, chato, sem emoção, com uma direção sem talento, efeitos exagerados e pouco cinema! Mistura de exagero e mau gosto! Exagero de efeitos e mal gosto por ter gastado 200 milhões de dólares e ter feito um filme tão ruim! Stanley Kubrick já demonstrou há 41 anos, com seu "2001: Uma Odisseia No Espaço" como se faz um filme de ficção! Penso que o senhor Roland Emmerich - que adora fazer filmes "megalomaníacos" - precisa aprender e muito com o mestre.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Uma overdose de talento




"A solidão me seguiu a vida toda, em todo lugar. Em bares, carros, calçadas, lojas, em todo lugar. Não há como fugir. Sou o homem solitário de Deus". Travis Bickle


Ele é só. Não consegue dormir. Já fez parte do Corpo de Fuzileiros Navais. Agora, emprega-se como taxista em busca de algo para fazer. Algo que o entretenha. Que traga seu sono. Mesmo assim, o sono não vem. Com isso, é obrigado a assistir filmes pornôs. Esse é Travis Bickle, o anti-heroi de "Taxi Driver". O anti-heroi que se revolta com "as escórias da rua" e tenta fazer algo de bom, algo contra essa escória. Só se vendo o filme para saber se esse dúbio anti-heroi alcançará seu objetivo...

Martin Scorsese dirigiu em 76 um filme mágico, é o que se pode dizer. Como diretor talentosíssimo que é, soube construir um personagem como poucos! Com sua câmera às vezes rápida - em seus travellings abusados - e na maioria das vezes sutil - como em seus closes ou apresentações de lugares - , Scorsese possui uma delicadeza impressionante! Várias cenas são conduzidas com delicadeza incrível! Só alguém tão paciente - e diretor magnífico que é! - para fazer algo assim!

E a trilha sonora!? Foi a última do grande mestre Bernard Hermann. O que dizer de tal trilha? Perfeita! Acompanha praticamente todo o filme, oscilando entre um jazz calmo e sinfonias intensas. Adequada a cada precioso momento do filme, sejam estes calmos ou tensos. Tal trilha mostra que Hermann é com certeza um dos maiores mestres das trilhas cinematográficas! Poucas pessoas como ele conseguiram presentear o público com tanta graciosidade!

Quanto às atuações, deve-se mencionar primeiramente a fantástica e fabulosa performance de Robert de Niro. Com suas variadas facetas, oscilando entre o cínico, sarcástico, insano e perturbado, De Niro é um dos poucos que sabe representar tão bem e tão belamente um personagem, e ainda mais um tão complexo quanto Travis Bickle! Duvido muito que Peter Finch tenha feito algo tão sublime quanto De Niro para ter ganho o Oscar em 77!

Tem-se de relatar também o talento já visível da bela Jodie Foster, que no auge dos seus 14 anos, já demonstrava a graça e beleza que fariam dela, futuramente, a maravilhosa atriz que é. Méritos também para Harvey Keitel, que fez perfeitamente o papel de cafetão. Outra que merece menção é a também bela Cybill Sheperd. Eita loira bonita!! Que olhos! Que rosto!

"Taxi Driver", certamente um dos melhores filmes de todos os tempos, foi indicado a quatro Oscars: Melhor Filme, Ator - para De Niro - , Atriz Coadjuvante - para Foster - e Trilha Sonora. Agora me respondam: ganhou algum? Não, não ganhou ao menos um! Nem indicado ao Oscar de Melhor Diretor o filme foi, o que já é absurdo! E mais, o Oscar de Melhor Filme foi para ninguém mais ninguém menos do que "Rocky - Um Lutador". Difícil de acreditar? Sim, mas aconteceu! Uma das maiores injustiças cometidas pela Academia - a maior, junto com "Psicose" e "Laranja Mecânica" -, que, conservadora por natureza, prefere premiar filmes que exaltem o espírito americano através de um esportista, do que o outro, que é violento, que tem sangue, e acima de tudo, fantasticamente técnico e agressivo!

Injustiças à parte - que não podem deixar de serem citadas -, "Taxi Driver" é uma junção de direção perfeita de um diretor magnífico; performances memoráveis, como a do enigmático Tavis Bickle; roteiro fantástico, revolucionário e ousado; e a já citada encantadora trilha sonora. Tudo isso faz de "Taxi Driver" a obra-prima que é! Tal filme é o que merece ser: perfeito! Mais perfeito, impossível.



(O Gênio por trás da obra-prima)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Só me ajudou a trazer o sono...

Depois da obra-prima do terror chamada "O Exorcista", vários filmes começarama a tratar de tal tema. Bem, alguns puderam até terem sido bem-sucedidos, mas nenhuma chegou perto do clássico de 73. E quanto ao tal "O Exorcismo de Emily Rose", este não chegou nem à unha do dedo mínimo do pé!

"The Exorcism Of Emily Rose", baseado numa história real, fala sobre a história de Emily Rose, uma garota vinda do interior, que ao passar para a faculdade, começa a ter estranhas visões, e com isso, diz estar possuída. Com medo, volta para casa, e certa de que estava mesmo com demônios no corpo, chama o padre Richard Moore para o ritual do exorcismo. Acontece que tal ritual dá errado e Emily, depois de alguns dias, morre. O tal padre é chamado ao tribunal para ser julgado por negligência.

Calcado no julgamento, o filme aos poucos vai mostrando a história da possível "possessa". Agora me pergunto: onde está o terror do filme??? O que vi foram poucas cenas de um exorcismo mal feito, que não me convenceram nem deram medo algum! O tal julgamento também não convenceu nem um pouco, tendo sido muito mal explorado e tornado o filme pior e mais chato ainda! A única coisa que se salva no filme são os pouquíssimos momentos de suspense, que conseguiram prender um pouco a minha atenção. Fora isso, o filme é um emaranhado de clichês usados à exaustão; discussões religiosas entediantes; e um julgamento, que se melhor explorado, até que se sairia bem.

Não se vale a pena ver "O Exorcismo de Emily Rose". Vi pois não tinha nada, NADA mesmo para se ver. Tinha também a curiosidade de constatar o quão tal filme era ruim. Acho que fiquei satisfeito.

(Anneliese Michel, a "Emily Rose da vida real")