sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vampiros que brilham...


"Estariam querendo acabar comigo?"

O último post do ano, e advinha do que vou falar? De cinema! Melhor, de um pseudo-filme chamado "Crepúsculo" (Twilight). Eu nunca quis assistir esse filme, mas como passou na Globo e eu queria saber como criticá-lo melhor, resolvi assistir. E felizmente ele não me surpreendeu e acabou dentro das minhas expectativas.

É incrível como o filme é chato desde o início. Poucos filmes me irritaram e deram sono como este. A forma como a história se desenrola é lenta, e além disso, arrastada, nem um pouco atrativa. E que historinha mais sem graça! Uma mocinha nova na cidade que conhece um mocinho, gosta dele e descobre que é um vampiro. E é claro, ele também gosta dela!

O que me revoltou de verdade foi o fato de que como essa mulher manchou a imagem do vampiro! Agora, eles usam batom! Ao invés de queimarem ao sol, eles brilham; tornaram-se "purpurinados". Além disso, o que é pior, o vampiro protagonista tem remorso de matar humanos. Ele não quer ser mais um monstro. Isso é de chorar.... chorar de raiva! Essa tal de Stephenie Meyer destruiu todos os clichês sagrados que faziam do vampiro o que ele é: um sugador de sangue impiedoso.

Falando agora propriamente do filme, a diretora - Catherine Hardwicke - preconizou muito os diálogos, deixando que eles tomassem conta do filme. E que diálogos mais chatos, cheios de frasesinhas feitas para adolescentes cabeças-ocas - ou para adultos cabeças-ocas. Algumas partes dos diálogos chegam a dar raiva de tão ridículos! Sem falar na total falta de continuidade. Ela não tem a mínima noção de como dar fluidez a um filme, deixando-o mais parecido com um conjunto de recortes dentro de uma coisa teoricamente chamada de "filme". Outra constante no filme é a irritante movimentação da câmera. Parece que a mulher não sabe dar um close ou ao menos deixar a câmera parada por alguns segundos!!!

Existem "dogmas" que são inquebrantáveis, e são suas características que dão vida aos personagens e os tornam como tal. O que essa mulher - a Meyer - fez com o legado dos vampiros foi destruir a figura do vampiro, transformando-o mais numa boneca do que num vampiro de verdade.

Voltando ao filme, tenho a dizer que ele é fraco, muito fraco mesmo! Tinha que assisti-lo para saber criticar de forma melhor. Vi uma vez pra nunca mais assistir!

O que me preocupa é que muita gente leu ou viu essa porcaria e gostou bastante! Prova disso são essas continuações que se lançam por aí. Se o cinema ou a literatura estão indo numa vertente na qual só interessa vender, eu não sei. Só sei que enquanto existirem diretores novos como Tarantino, Thomas Anderson e os Irmãos Coen; velhos como Woody Allen e Scorsese, e tantos outros que não conheço e são bons, eu ainda acreditarei no cinema.


Para despoluir um pouco de tanta besteira, sugiro assistir:


"Drácula" (1931), de Tod Browning;

"A Dança dos Vampiros" (1967), de Roman Polanski;

"Drácula de Bram Stoker" (1992), de Francis Ford Coppola;

"Vampiros de John Carpenter" (1998), de John Carpenter;

"Nosferatu" (1922), de F.W. Murnau; e

"Nosferatu - O Vampiro da Noite" (1979), de Werner Herzog


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ATEA

A ATEA é uma organização de protesto contra o preconceito aos ateus. E nesse mês ela tentou implementar em capitais como Salvador e Porto Alegre frases contra esse preconceito. Entretanto, como o Brasil ainda está na Era Feudal, não teve permissão.

Na Ingalaterra e França, ônibus circularam com frases tais como: "Deus provavelmente não existe. Não se preocupe e curta a vida". Influenciando-se por essa campanha, tentou-se fazer uma versão brazuca da campanha, como frases como "Chaplin não acreditava em Deus; Hitler acreditava. Religião não define caráter". Só se esqueceu que se está no Brasil, país onde a religião está entranhada em nossas mentes de uma tal forma a qual ninguém consegue tirar. Como iriam permitir isso?

Entretanto, a atitude da ATEA foi louvável. Aos poucos, as pessoas têm que começar a se conscientizaram de que os ateus também merecem respeito, que nós temos o direito de não acreditar em deus ou jesus algum, assim como eles não acreditam nos outros tantos deuses.

Por fim, deixo uma foto a qual achei muito interessante: