Renato Manfredini Júnior, mais conhecido como Renato Russo, se fosse vivo, teria feito 50 anos de idade no último sábado. Os que o conhecem, sabem que ele morreu em decorrência da Aids. Depois de anos convivendo com tal doença, com o forte coquetel que usava, com a deteriorização de seu corpo e sua voz por causa dela, um dia, ele simplesmente desistiu! Se trancou no quarto, parou de tomar os remédios e morreu.
Nascido no Rio de Janeiro, se muda para Brasília aos 13 anos. Aos 15, os médicos descobrem que era portador de epifisiólise, uma doença óssea. Com isso, teve que fazer uma cirurgia para a implantação de três pinos em sua bacia, o que deixou-o quase imobilizado por seis meses.
Sua primeira banda foi a chamada Aborto Elétrico, composta por ele, vocal e guitarra, Fê Lemos na bateria, Flávio Lemos no baixo, e André Pretorius na outra guitarra. Durou de 78 a 82. Depois disso, Renato se tornou o Trovador Solitário, fazendo shows mais intimistas. Pouco tempo depois, junto com Marcelo Bonfá e Dado Vila-Lobos, forma a Legião Urbana, uma das maiores bandas de rock de todos os tempos do Brasil. Percebe-se sua musicalidade diferente desde o primeiro Cd, em que mistura o punk rock com um ritmo mais lento. Depois de "Dois", segundo álbum da banda, tudo que eles lançavam era sucesso. As letras de Renato iam fundo no coração das pessoas. Era impossível não ficar tocado por suas composições, junto de sua estrondante voz. Músicas de revolta e músicas de amor, tanto umas quanto outras, faziam com que os fãs se indentificassem com o autor delas.
Renato se tornou um ícone, um ídolo. Um bissexual que gostava de Sepultura à música italiana. Um músico, um artista, um poeta. Esse é Renato Russo! Dizem que os ídolos não morrem. E para mim, como para muitas pessoas, Renato Manfredini Júnior não morreu.
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