De jeito nenhum foi maneira de falar, pois em três momentos – em duas das mortes e na sequência final – o filme consegue te deixar tenso. Mas apenas três momentos num filme de 91 minutos é muito pouco. Todo filme que se preze deve deixar o espectador ansioso, angustiado, querendo saber o que vai acontecer depois. E nisso o filme falha terrivelmente: em vez de passar rápido como um foguete, ele demora, demora e demora, parecendo que nunca vai acabar.
“A Nightmare On Elm Street” conta a conhecidíssima história de Freddy Krueger, um pedófilo que, solto pelas autoridades, acaba sendo queimado vivo por alguns vizinhos do bairro, revoltado com a impunidade cometida. Estes não esperavam que o mesmo ressuscitasse dos mortos e passasse a habitar os sonhos de seus filhos adolescentes. Não bastando isso, ele tem o poder de assassinar as pessoas, pois o “mundo dos sonhos” havia se tornado o seu mundo. Já nessa prévia, vê -se uma ideia muito criativa. E é, vendo-se de longe. “A Nightmare On Elm Street” é daqueles filmes que tinham tudo pra ser bom, e acabam não sendo. Por vários motivos.Primeiro, o roteiro é fraco. Embora baseado em um bom argumento, é recheado de diálogos altamente descartáveis, que só servem para nos desprender da história, tornando o filme chato e sonolento. Segundo, os atores são muito ruins! É uma atuação pífia atrás da outra. Terceiro, o senhor- tão- comentado- diretor- de- filmes- de- terror Wes Craven, não soube, durante 90% do filme, criar um clima de filmes de terror, o que é essencial em uma película de tal gênero. Quarto, o Freddy aparece muito pouco, e quando o faz, é de uma forma tão tosca, que mais nos dá graça do que medo. Quando Craven pensa nos assustar, estamos rindo dele.
Assistir a “A Hora do Pesadelo” foi algo extremamente decepcionante, pois esperava que fosse o clássico de terror que todos tanto comentam. O que vi foi um filme forçado, que não assustou em hora nenhuma e só valeu umas poucas boas risadas. Nem se se usasse a desculpa de que fosse trash adiantaria, pois um filme de tal gênero é bem melhor do que esse filme fraco e sem graça. Kruger deveria aprender a matar com Michael Meyrs; Craven deveria aprender a dirigir com Carpenter ou mesmo Argento. Dessa forma, talvez ele tivesse se saído bem melhor.
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