sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Maior Enganação da História do Cinema de Terror

Filmes de terror são os meus preferidos. Pode não parecer, mas é. São os filmes deste gênero, apesar de não serem os melhores, os que mais me animam. Não sou tão rigoroso na hora de avaliar um horror-movie. Do que precisa filme de terror para me agradar? Na minha opinião, principalmente, que se tenha uma história emocionante e instigante, que crie um clima de tensão desde o início até o final do filme. Se ele possuir isso, passou no teste. Se não, aí complica. “Criar um clima” foi algo que “A Hora do Pesadelo” não soube de jeito nenhum.

De jeito nenhum foi maneira de falar, pois em três momentos – em duas das mortes e na sequência final – o filme consegue te deixar tenso. Mas apenas três momentos num filme de 91 minutos é muito pouco. Todo filme que se preze deve deixar o espectador ansioso, angustiado, querendo saber o que vai acontecer depois. E nisso o filme falha terrivelmente: em vez de passar rápido como um foguete, ele demora, demora e demora, parecendo que nunca vai acabar.

“A Nightmare On Elm Street” conta a conhecidíssima história de Freddy Krueger, um pedófilo que, solto pelas autoridades, acaba sendo queimado vivo por alguns vizinhos do bairro, revoltado com a impunidade cometida. Estes não esperavam que o mesmo ressuscitasse dos mortos e passasse a habitar os sonhos de seus filhos adolescentes. Não bastando isso, ele tem o poder de assassinar as pessoas, pois o “mundo dos sonhos” havia se tornado o seu mundo. Já nessa prévia, vê -se uma ideia muito criativa. E é, vendo-se de longe. “A Nightmare On Elm Street” é daqueles filmes que tinham tudo pra ser bom, e acabam não sendo. Por vários motivos.Primeiro, o roteiro é fraco. Embora baseado em um bom argumento, é recheado de diálogos altamente descartáveis, que só servem para nos desprender da história, tornando o filme chato e sonolento. Segundo, os atores são muito ruins! É uma atuação pífia atrás da outra. Terceiro, o senhor- tão- comentado- diretor- de- filmes- de- terror Wes Craven, não soube, durante 90% do filme, criar um clima de filmes de terror, o que é essencial em uma película de tal gênero. Quarto, o Freddy aparece muito pouco, e quando o faz, é de uma forma tão tosca, que mais nos dá graça do que medo. Quando Craven pensa nos assustar, estamos rindo dele.

Assistir a “A Hora do Pesadelo” foi algo extremamente decepcionante, pois esperava que fosse o clássico de terror que todos tanto comentam. O que vi foi um filme forçado, que não assustou em hora nenhuma e só valeu umas poucas boas risadas. Nem se se usasse a desculpa de que fosse trash adiantaria, pois um filme de tal gênero é bem melhor do que esse filme fraco e sem graça. Kruger deveria aprender a matar com Michael Meyrs; Craven deveria aprender a dirigir com Carpenter ou mesmo Argento. Dessa forma, talvez ele tivesse se saído bem melhor.

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