terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Halloween, por Rob Zombie




Pelo menos não foi um completo fiasco...

Há muito tempo atrás, postei aqui sobre o novo "Halloween", dirigido pelo ex-vocalista do White Zombie, o senhor Rob Zombie. Agora volto aqui para falar de minhas impressões sobre o filme. Posso adiantar que não foram muito boas, mas também nem tão ruins...

Sabendo de antecedência que com certeza absoluta não seria melhor que o clássico carpenteano, fui vê-lo e comprovar o que todos diziam ser um péssimo remake. Péssimo eu não achei, mas fraco, certamente.

A história começa contando a convivência que o garoto Myers tem ao lado da irmã mais velha - uma verdadeira prostituta em miniatura - , o padrasto - um imprestável e insignificante bebum-, sua mãe - uma dançarina de boates noturnas - e sua irmã mais nova. Depois de matar todo mundo - menos a irmã mais nova - Myers é internado num hospício e lá começa o tratamento com o Dr. Samuel Loomis, interpretado por ninguém mais ninguém menos que Malcom McDowell! Sim, aquele que fez o protagonista de "Laranja Mecânica", Alex. Agora me pergunto: como ele pôde fazer um filme assim? Resposta de um amigo meu: o cara tem suas contas a pagar. Só pode!

Voltando ao filme, o tratamento é feito até uma certa idade, quando Loomis desiste. Dias depois, numa farra proporcionada pelos funcionários, eles têm a audácia de abrir a cela onde Myers está e começarem a mexer com ele. Mike simplesmente mata os dois e foge. Aí a matança, que ele iniciou na infânia, continua...

O filme em si tem tantos pontos positivos como negativos. Quanto aos últimos, existem alguns que qualquer leigo percebe! Por exemplo, Zombie perde a mão nos assassinatos. É muita morte e, principalmente, MUITO sangue!! No clássico de Carpenter, quase não apareceu sangue, e é isso que mais gosto em filmes de terror: saber fazer bons filmes de terror sem apelar para o sangue. Nisso, Zombie foi inteiramente infeliz!

Outro ponto negativo foi, na minha opinião, o mal uso da trilha sonora. Em certos pontos do filme, ela foi usada e muito bem, mas em outros, em que ela tinha a obrigação de aparecer, não havia trilha sonora! Por um bom tempo eu fiquei sem escutá-la, e isso me irritou um pouco.

Numa parte do filme, viu-se um Mike Myers sentimental. Sim, sentimental!!! Não falarei qual parte é, mas quem não viu ainda, quando vir, saberá perfeitamente. E isso me aborreceu muito, pois Myers não tem sentimento algum; a única coisa que ele tem em sua mente é matar desmesuradamente e procurar sua irmã para matá-la também. Na versão Zombie, as coisas não se mostram bem assim...

Em algumas partes do filme, Zombie o descamba para o lado "terror para adolescente", onde o vilão sempre chega na hora em que dois jovens estão mandando ver. Quando vi aquilo, pensei: "Bem, estou vendo Halloween ou Jason???

Quanto aos ponto positivos, que não são muitos, reside no fato de que vi que Zombie tem sim talento para filmes de terror, mesmo perdendo a mão. Talvez não tenha tido sorte nesse remake, mas em outros filmes, ele possa ter se dado melhor. Gostei de algumas tomadas que ele fez, fora o fato de que algumas cenas conseguiram reviver um pouco da tensão do antigo clássico.

Zombie, em vários pontos, tenta imitar Carpenter. E não se sai completamente mal. Algumas coisas realmente remetem ao Carpentão, e poucas são mal sucedidas.

Quanto ao elenco, a garota que faz a irmã do Mike nunca superará Jamie Lee Curtis em seus gritos. A mãe de Mike mais novo - e mulher de Rob Zombie, não sei como - não fez uma atuação que chamasse a atenção. O que me chamou mesmo a atenção foi sua beleza; ô mulher bonita!!! Como uma mulher daquela se casa com Rob Zombie???

Malcom também não faz uma atuação boa, mas marca pela sua presença. Quando olhava para ele, me lembrava do clásssico de Kubrick e pensava o que ele estava fazendo naquele filme. Para bem ou para mal, ele, como qualquer ator, tem que ganhar dinheiro!

Vale a pena assistir "Halloween - O Início"? Penso que não. Para quem quer ver uma versão diferente da do Carpenter, até que soaria interessante, mas, se tiver outro filme para assistir, deixe esse para depois. Não perca tempo com duas horas de um remake que só soube mostrar assassinato atrás de assassinato, sangue atrás de sangue. Mesmo com os pontos positivos que apresentei, não vale a pena mesmo vê-lo.

Espero sinceramente que Zombie tenha feito filmes melhores. Espero e acredito que sim... Enquanto isso, assistam "Halloween - A Noite do Terror", de John Carpenter. Esse sim, um clássico do terror!!

Um comentário:

  1. Cara, assim como vc parece gostar do Carpenter, eu vim parar aqui por causa do Zombie. Talvez vc tenha feito suas críticas sem nunca ter assistido um filme dele, pois garanto que a maioria das suas críticas poderiam soar como elogios pros fãs do cara. (incluindo a mulher gata dele em todos os seus filmes, clipes, e etc) Vai dar uma olhada em House of 1000 corpses e The Devil's Rejects (fora seus clipes e os clipes do Ozzy que ele produziu) que vc vai entender que o lado TOSCO da coisa sempre foi a intenção de Zombie. Quem assiste a esse filme, muito provavelmente, busca EXATAMENTE o toque Rob Zombie.

    ResponderExcluir