segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Pink Floyd e seus dois álbuns fantásticos - Parte 2


"Hey you; don't tell me there's no hope at all"

Essa é uma das frases que encerra uma das músicas do memorável álbum "The Wall", o segundo que me fez apaixonar por essa banda. Também primoroso como o primeiro, mas na minha opinião, não melhor que o esse. "The Wall" pode ser mágico e técnico, mas não possui tanta vibração e mágica como "Dark Side".

O álbum é conceitual, e como tal, fala de uma história. A desse fala de "um anti-herói (Pink) que é martelado e espancado pela sociedade desde os primeiros dias de sua vida: sufocado pela mãe, oprimido na escola, ele constrói um muro em sua consciência para isolá-lo da sociedade, e refugia-se num mundo de fantasia que criou para si. Durante uma alucinação provocada pela droga, Pink transforma-se num ditador fascista apenas para que sua consciência rebelde o ponha em tribunal, onde seu juiz interior lhe ordena que mande abaixo o seu próprio muro e se abra para o exterior". Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Wall

Não sabia desse conceito, e depois que o li, entendi-o perfeitamente. Algumas músicas eu compreendia o significado, mas ficavam meio no vazio, pois não conseguia entender certas coisas. Vendo agora a história, consigo visualizar tudo perfeitamente.

Vê-se, com o resumo, o teor político - mais uma vez - que o Floyd imprime em suas letras. Fala de alguém, que é oprimido na escola e se fecha para a socedade. Esta, desde cedo, não foi muito boa com ele. Por isso, se fecha e só depois de muito tempo, consegue se abrir. Quantas pessoas não sofrem a mesma coisa? Quantas vezes a sociedade condena alguém pelo seu jeito de ser?

Saindo da parte polêmica, e entrando no meio das músicas, o álbum começa com a magnífica "In The Flesh", partindo para "The Thin Ice". Logo depois, entra a primeira parte de "Another Brick In The Wall", apenas mostrando o clima de como as outras partes serão. No meio delas, vem "The Happiest Days Of Our Lives". Após essa, vem "Another Brick In The Wall - Part Two", que é uma das melhors músicas do Floyd. Não a melhor, como muitos acham - por ser, talvez, a mais conhecida. Além de sua bela letra, possui um ótimo instrumental, chegando ao ápice com o estonteante solo do mestre Gilmour.

Após esse clássico, partem para "Mother", uma música, que mesmo leve, gostei desde a primeira vez que ouvi. Outra que gosto muito também é a próxima, "Goodbye Blue Sky", que mesmo sendo pequena, me atraiu desde a primeira ouvida. As próximas são "Empty Spaces", "Young Lust" - uma de minhas favoritas - "One Of My Turns", "Don't Leave Me Now", a terceira parte de "Another Brick In The Wall" e "Goodbye Cruel World", que fecha a primeira parte do álbum.

A segunda parte já começa otimamente com "Hey You", uma das músicas que mais tenho escutado ultimamente. O dedilhado dela me impressiona, mesmo sendo simples. Ela é daquelas músicas que grudam na cabeça e não saem mais. Seguida por "Is There Anybody Out There", "Nobody Home" - calma e tranquilizante - , "Vera" e "Bring The Boys Back Home", chega finalmente a um dos máximos classicos do Pink Floyd: "Comfortably Numb", outra das músicas que me apaixonei de cara. Não consigo explicar que magia me deixou essa canção, mas simplesmente gosto muito dela, além de ser uma das maiores demonstrações de que David Gilmour é sim um dos melhores guitarristas de todos os tempos. O solo dessa música é simplesmente incrível. Posso não ser um guitarrista, mas alguém que conheça do assunto, deve concordar comigo que é este um dos melhores solos de todos os tempos. Mesmo não sendo rápido, passa uma sensação de prazer a quem está ouvindo.
Depois desse clássico absoluto, vem "The Show Must Go On", "In The Flesh" , "Run Like In Hell - que conhecia antes e já gostava - "Waiting For The Worms", "Stop" e a enigmática "The Trial", que, pelo que foi lido acima, deve falar do processo que o juiz interior do personagem faz. Ótima música, que achei estranha numa primeira escutada, mas que hoje é uma das minhas preferidas.

Esse fantástico álbum termina com "Outside The Wall", não da mesma maneira brilhante que "Eclipse", mas mesmo assim de forma perfeita.


"The Wall" é daqueles discos que qualquer músico que se preze deve ouvir e constatar sua beleza e graciosidade. É a mais perfeita demosntração de técnica e preciosidade musical. Não é pesado, porém, consegue ser sim um álbum de rock. E dos melhores!!!

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