quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Os 13 petados do mestre Stanley Kubrick - Parte 1


O mestre


Aqueles que me conhecem e gostam de cinema, sabem que meu diretor favorito é o senhor Stanley Kubrick, reconhecido mundialmente como um dos melhores diretores de todos os tempos - pra mim, o melhor. Não falarei dele, pelo menos por enquanto. Só quero deixar aqui registrado seus treze filmes, ou melhor, treze maravilhas que ele dirigiu enquanto esteve aqui na Terra.

Colocarei aqui seus filmes em ordem crescente de avaliação. Muitos concordarão, outros não. Mas cada um tem sua preferência, embora exista um consenso entre os fãs de que o melhor filme por ele feito seja "Laranja Mecânica" ou "2001: Uma Odisseia no Espaço". Eu acho o primeiro, mas outros podem achar o segundo, e outros mais acham que foi "O Iluminado", ou "Barry Lyndon" ou até "Dr. Fantástico". Opiniões à parte, o que interessa é que todos são filmes fantásticos, que infelizmente não foram reconhecidos devidamente em seu tempo. Bem, vamos aos filmes!!


13º Fear And Desire - 1953

Este é o único filme do Kubrick que ainda não vi. Como é raríssimo, fica quase impossível adiquiri-lo; só baixando. Mesmo que eu não tenha visto-o, acredito ser este o "menos melhor" filme do mestre. Não sei muito do filme, mas dizem ser bom, mesmo que seja o primeiro trabalho dele. Kubrick disse que era um trabalho de amador, e por isso, comprou a maior parte das cópias. Entretanto, muitos bootlegs circulam pela internet, além da distribuição ilegal de Dvd - R's.

"Fear And Desire" fala de um grupo de quatro militares sobreviventes de um acidente aéreo que ficam perdidos em território inimigo e buscam serem salvos e levados de volta para sua base. A história soa interessante, e se tratanto de Kubrick, o filme deve ser bom, mesmo que com um orçamento baixo.

Coloco- em último, pois mesmo sem vê-lo, acredito que não será melhor que as outras obras-primas.



12º O Grande Golpe ( The killing) - 1956

Dizem ser este o filme que fez com que a carreira de Kubrick começasse a deslanchar. A película fala de um assalto a um jóquei, idealizado por um ex-presidiário. Várias pessoas participam, e os dois milhões que seriam roubados, iriam ser divididos entre eles. Porém, a amante de um dos participantes atrapalha tudo e as coisas começam a dar errado.

Confesso que gostei, mas não "encontrei" muito o Kubrick neste filme. Talvez o problema seja comigo e não com o filme. Terei que revê-lo, mas enquanto isso não acontece, continuo com o mesma pensamento: o filme é muito bom, mas não encontrei a presença de Kubrick nele. Sim, o roteiro é ótimo, inovador, pois normalmente eles são lineares, e o deste é não-linear. Acho que esse fator é o de maior destaque do filme, pois a narração não se fixa num ponto apenas, passando por um acontecimento e outro, até, finalmente, chegar ao final, que pelo visto, é hilário e impressionante ao mesmo tempo.



11º A Morte Passou Por Perto (The Killer's Kiss) - 1955

Muitos me acharão louco por colocar este à frente de "O Grande Golpe". Acontece que neste sim eu pude perceber a presença do mestre Kubrick, não que no outro eu não tenha visto, mas em "The Killer's Kiss" ela foi mais "forte".

O filme fala de um boxeador que defende uma moça que é atacada por seu patrão e amante. Com isso, começa um relacionamento entre os dois. O amante, enciumado, manda que matem o tal boxeador. Só que um erro acontece e se dá início a uma perseguição sem trégua ao lutador.

Com um roteiro excelente, história envolvente, além de um final angustiante e fantástico, Kubrick demostrou que tinha muito talento. Prova, com isso, ser um dos pouquíssimos diretores que fazem filmes bons desde seus primeiros filmes.



10º De Olhos Bem Fechados (Eyes Wide Shut) - 1999

Este foi o último filme que vi dele. Foi lançado depois de uma "pausa" de doze anos sem filmes do Kubrick. Todos esperavam avidamente por seu novo filme. A crítica não gostou muito. Eu vi o filme dublado, além de já perdido o começo, e a melhor cena: Nicole Kidman nua! Sim, eu perdi isso. Culpa da programação, que coloca um horário e mostra o filme em outro.

A história fala de um médico - interpretado por Tom Cruise - que, interessado pelo relato de um amigo pianista seu, que lhe conta sobre um de seus serviços: tocar de olhos vendados numa casa suspeita, vai parar nela para conhecê-la. Não sabe ele o grande erro que cometeu em ir sem ser convidado.

Enquanto isso, sua mulher - Nicole Kidman - tem um sonho erótico numa noite. Seu marido fica com ciúmes desse sonho, pensando se era realmente um sonho ou tinha acontecido na vida real.

O filme é uma adaptação do romance "Die Traumnovelle" (Um Breve Romance de Sonho), de Arthur Schnitzler, o qual já li e gostei muito. A obra é meio que enigmática e seu fim, pelo menos eu acheiisso, ficou "no ar", como se esperasse que algo mais acontecesse. O filme também acaba assim, inesperadamente.

Tirando o fato de que o foi muito extenso, e apresentou certas cosias que, caso Kubrick não tivesse morrido, poderia ter cortado, é muito bom. Não sei o que a crítica viu de tão ruim, mas eu encontrei o Kubrick de sempre, com sua câmera abusada, a técnica de sempre, além de uma trilha sonora perturbadora! Irei revê-lo, agora legendado, para ver se consigo "captar" mais alguma coisa...


9º Lolita (Lolita) - 1962


Já tinha lido o livro e ficou a curiosidade imensa de ver o filme. Sabendo que era do mestre Kubrick então, aí que fiquei curioso mesmo!

Como muita gente sabe, a história fala de um pedófilo, Humbert Humbert, que se hospeda em certa casa que mora uma garota muito bonita chamada Lolita - e no filme ela é bonita mesmo! Ele, claro, se apaixona por ela e faz tudo para tê-la perto - até casar com a mãe dela.

Um livro que deu muita polêmica no tempo em que foi lançado, não foi diferente com o filme, que também sofreu críticas, por retratar o relacionamento entre uma adolescente e um homem de meia-idade. Esquecendo isso, ele é ótimo, e na minha opinião, uma das melhores adapatações que alguém já fez de um livro. Kubrick retratou perfeitamente a relação tumultuada entre o "casal", a forma doentia como Humbert Humbert amava Lolita, como a prendia dos outros, tirava sua liberdade, fazendo isso por causa de seu amor doentio.

Com certeza, um clássico do cinema, o qual fizeram um remake infeliz em 1997. Porém, nada apaga a beleza desse petardo kubrickiniano.



To be continued...

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