
"O Lobo da Estepe" fala de Harry Haller, um intelectual que se hospeda em vários hoteis que tenham o "cheiro da burgesia", que ele tanto odeia, mas do qual não pode se desprender. Vive só, inteiramente só. Anda por vários lugares, lê vários livros, escuta Mozart, Bach, Handel, e mesmo assim não encontra satisfação em nada que faz. A vontade de pegar na navalha, cortar seu pescoço e tirar sua vida aumenta a cada dia, mas lhe falta a coragem. Enquanto não corta sua existência maldita e vazia, ele continua a viver sua vida ingrata.
Esse sofrimento perdura até o momento em que vê um anúncio que o leva a

"O Lobo da Estepe" é um livro profundo. Profundo e denso. É preciso muita atenção e força de vontade para se acompanhar o relato de Haller. Alguém que fala tão mal de si, e vive tão só, demonstra gostar tanto da sua solidão; isso chega a irritar qualquer um. Mas em suas palavras, nas descrições que faz de si mesmo, acabamos encontrando uma parte de cada um de nós. Eu pelo menos me reconheci um pouco na figura de Haller.
A falta de diálogos no começo do livro me deixou um pouco precoupado, mas me sur

Definitivamente, "O Lobo da Estepe" é um livro mágico, encantador. Para aqueles que gostam de música clássica, vão adorar pelo fato das muitas citações feitas à artistas ligados ao ramo. Entretanto, gostando-se ou não de música clássica, quem o lê deve reconhecer o potencial que tal livro possui.
Mesmo que esse tal "lobo da estepe" tenha sido uma invenção de um depressivo e hipocondríaco em busca de autocomiseração, a revolta que tem de si e do mundo faz com que a narrativa seja brilhante e atrativa, tornando-o, na minha opinião, um dos livros mais interessantes e mais surreias que já li. É complicado de se lê-lo, mas causa um prazer imensurável.
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