quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Filmes de Drama Para Se Ver Antes de Morrer - Década de 40

(Cidadão Kane, de Orson Welles)

Núpcias de Escândalo (1940) - 112 min – P &B – George Cukor

As Vinhas da Ira (1940) – 128 min – P &B – John Ford –

Esta é uma das melhores obras do mestre Ford. Cheio de realismo, ela conta a vida de uma família que é obrigada a sair de suas terras devido a dívidas, e a andar até outras terras onde ofereçam emprego para que possam se sustentar. Os personagens Tom Joad – interpretado por Henry Fonda – e sua mãe são inesquecíveis. Ford, um direitista ferrenho, mostra que pode muito bem dirigir um filme com conotações “esquerdistas”.

Cidadão Kane (1941) - 112 min – P &B – Orson WellesEste filme está presente em primeiro lugar em 9 listas entre 10 que forem pesquisadas como o melhor filme de todos os tempos. E não é à toa, pois, na minha opinião, se este não for o melhor, é um dos melhores com certeza. Orson Welles conseguiu algo em 1941 que simplesmente revolucionou a técnica de filmagem. O filme é totalmente atemporal. Uma pena que o filme de estreia de Welles tenha lhe proporcionado tantos problemas futuros, pelo fato de se inspirar na vida do magnata da comunicação William Hearst. Entretanto, esse magnata não conseguiu apagar essa obra-prima, e mesmo com todas as dificuldades, Welles continuou, a duras penas, a fazer seus filmes.

O Falcão Maltês (1941) – 101 min – P &B – John Huston

Casablanca (1942) - 102 min – P &B – Michael Curtiz – Apontado muitas vezes como o melhor filme de romance de todos os tempos, “Casablanca” é cultuado tanto por jovens quanto por idosos. É um filme que envelheceu bem, mantendo seu poder de emocionar as pessoas.

Pacto de Sangue (1944) - 107 min – P &B – Billy Wilder – Uma das grandes obras-primas do mestre Wilder, o filme conta a história de um homem, que desde o começo da história, confessa ter cometido um crime. Algo arrojado para a época, mas que mostra o tamanho da virtuosidade de Wilder. Se enganam aqueles que pensam que o filme, dessa forma, perde o interesse. A história o prende do começo até o fim, devido ao brilhante roteiro de Wilder em companhia de ninguém mais ninguém menos do que Raymond Chandler.

Farrapo Humano (1945) - 101 min – P &B – Billy Wilder – Outra obra-prima de Wilder, o filme conta a história de Dom Birnam, alguém que por nada no mundo consegue largar a “mardita manguaça”, ou seja, a bebida. Ele faz de tudo para conseguir um gole. Este é um dos filmes mais tristes que já assisti.

Desencanto (1946) - 86 min – P &B – David Lean

A Felicidade Não Se Compra (1946) - 130 min – P &B – Frank Capra Este belo filme, estrelado por um dos meus atores preferidos – James Stewart – é uma bela mensagem de que, não importa o que houver, devemos acreditar na importância de cada um. Também este filme contém uma das mais bonitas histórias do cinema. Feito no pós-guerra, penso que tinha por objetivo mostrar que ainda havia uma esperança no mundo.

Ladrões de Bicicleta (1948) - 93 min – P &B – Vittorio de Sica – A comovente história do rapaz desempregado que arruma um emprego,mas acaba tendo sua bicicleta roubada, possibilitando assim sua demissão, já que precisava dela para trabalhar, é uma das mais tristes já mostrada. Passa-se o filme todo naquela esperança de que seu sofrimento diminua e que, dessa forma, ele possa viver tranquilamente e criar seu filho em paz. Entretanto, o mundo não é bom, as pessoas não são boas, e as coisas são cada vez mais difíceis.. É um filme pessimista, mas muito belo e que eu gosto bastante.

O Tesouro de Sierra Madre (1948) - 126 min – P &B – John Huston

O Terceiro Homem (1949) - 104 min – P &B – Carol Reed


À direita, cena de "As Vinhas da Ira"; à esquerda, "Casablanca"; à direita, "A Felicidade Não Se Compra"; à esquerda, "Ladrões de Bicicleta"; e à direita, por último, "Farrapo Humano".

Filmes de Drama Para Se Ver Antes de Morrer - Década de 30


(E o Vento Levou, de Victor Fleming)

A Idade do Ouro (1930) - 60 min – P &B Mudo – Luis Buñuel


Luzes da Cidade (1931) - 87 min – P &B Mudo – Charles Chaplin - Esta bela obra do mestre Chaplin, que retrata a história entre o atrapalhado Carlitos e uma vendedora de flores cega, é um dos filmes mais fascinantes – e emocionantes - da história do cinema.

Scarface: A Vergonha de Uma Nação (1932) - 99 min – P &B – Howard Hawks

O Grande Motim (1935) - 132 min – P &B – Frank Lloyd

Tempos Modernos (1936) – 87 min - P &B Mudo – Charles Chaplin – Só mesmo Chaplin para misturar comédia com uma afiada crítica política à cada vez mais desenfreada mecanização da indústria. No que é, na minha opinião, um dos melhores filmes da década de 30, Chaplin conseguiu, mesmo que não se posicionasse entre construir um filme mudo ou falado, a perfeição.


A Grande Ilusão (1937) - 114 min – P &B – Jean Renoir – Este filme é considerado por muitos um dos melhores da história, devido à impressionante virtuosidade - e originalidade - com que é dirigido, deixando-o muito à frente de seu tempo.

A Mulher Faz o Homem (1939) - 125 min – P &B – Frank Capra

E O Vento Levou (1939) - 222 min – Cor – Victor Flemming, George Cukor –Este sim é certamente o melhor filme da década, e um dos melhores da história do cinema. Com uma das fotografias mais belas que já vi, uma história brilhante e cheia de reviravoltas, este filme merece todas as glórias que recebe.

A Regra do Jogo (1939) - 110 min – P &B – Jean Renoir


* À esquerda, cena de "A Grande Ilusão"; à direita, "Tempos Modernos"; à esquerda, novamente, "Scarface: A Vergonha de Uma Nação".

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Filmes de Drama Para Se Ver Antes de Morrer - Década de 20


(Aurora, de F.W. Murnau)

Década de 20

A Última Gargalhada (1924) - 77 min – P &B Mudo – F.W. Murnau – Excelente filme do mestre alemão que conta a triste história de um porteiro que perde o sentido de viver ao ser deslocado de sua posição p
or causa da idade. Este é um dos filmes mais tristes que assisti em minha vida.

O Fantasma da Ópera (1925) – 93 min – Cor/ Mudo – Carl Lemmie

O Encouraçado Potemkin (1925) - 75 min – P &B Mudo – Sergei Eisenstein – Esta é a famosa obra-prima do cineasta russo Eisenstein, que conta a história do episódio conhecido como o “Domingo Sangrento”, ocorrido em 1905, quando várias pessoas foram manifestar em fren
te à casa do czar, e acabaram sendo recebidas à base de balas, impiedosamente. O filme é considerado uma das o
bras-primas de todos os tempos do cinema.

Em Busca do Ouro (1925) - 72 min – P &B Mudo – Charles Chaplin

Aurora (1927) - 97 min – P &B Mudo – F.W. Murnau – Na minha opinião, este filme, que conta a história de um homem que tenta matar sua esposa por estar apaixonado por ou
tra mulher, é o melhor filme da década de 20, e um dos melhores de todos os tempos.

Napoleão (1927) - 222 min – P &B Mudo, com partes coloridas – Abel Gance

O Cão Andaluz (1928) – 16 min – P &B Mudo – Luis Buñuel – O primeiro filme do espanhol Buñuel acabou se tornando uma obra-prima do cinema, ao mostrar, com a ajuda de Salvador Dalí, uma mistura de imagens que mais se pareciam com recortes de diferentes sonhos.

A Paixão de Joana D’arc - 110 min – P &B Mudo – Carl Theodore Dreyer

As duas outras cenas são: à esquerda, "O Encouraçado Potemkin"; à direita, "O Cão Andaluz".

Filmes de Drama Para Se Ver Antes de Morrer - Década de 1910


(Intolerância, D.W. Griffith)

Enfim, chegamos ao drama! O melhor gênero de filmes; o que ganha mais prêmios; os que mais emocionam! Mesmo que meu estilo preferido seja o terror – o dram

a vem em segundo - , tenho que reconhecer que os filmes de drama são os melhores já feitos. Se você fizer uma lista dos dez melhores filmes, dez filmes de drama estarão presentes!

Por causa de tal importância, resolvi fazer uma lista especial para tal gênero. A cada década, colocarei os filmes que achei mais importantes. A escolha dos filmes de cada década não quer dizer que eles sejam os melhores, mas que são os mais importantes, na minha opinião. Não transcrevi a lista toda porque ela é enorme.


(O Nascimento de Uma Nação, D.W. Griffith)

Década de 1910

O Nascimento de Uma Nação (1915) – 190 min – P &B MudoD.W. Griffith – O mais famoso filme desse diretor americano, talvez um dos mais controversos, ele mostra a história da famosa organização racista americana conhecida como KKK. Dizem as más línguas que o filme se posiciona a favor da KKK. As boas línguas dizem que o diretor apegou-se não a se mostrar a favor ou contra, mas primou por passar a história tal como ela estava no livro. E já que o livro pendia para o lado da KKK, o filme também acabou pendendo para tal lado.

Intolerância (1916) 163 min – P &B Mudo- D.W. Griffith - Outro filme do diretor americano, só que menos comentado que o anterior. O filme narra quatro histórias diferentes, em diferentes períodos, que ilustram as lutas do amor através dos tempos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Filmes de Suspense Par Se Ver Antes de Morrer


Antes de chegar ao "todo-poderoso" dos gêneros do cinema, o drama, falarei sobre um outro "poderoso": o suspense. Gênero hoje não tão bem aproveitado - assim como a maioria dos outros -, ele se confunde muitas vezes com o terror. Muita gente, por exemplo, cita "Psicose" como um filme de suspense. Outros, como de terror. Eu mesmo tenho essa dúvida eterna, mas prefiro colocá-lo como filme de terror.

No suspense, a figura mais improtante, sem sombra de dúvidas, é o mestre Alfred Hitchcock. Conhecido como "O Mestre do Suspense", Hitchcock usou e abusou desse gênero, proporcionando ao mundo verdadeiras obras-primas.

Diretores posteriores, seguindo seus passos, também fizeram filmes muito bons. Mas claro, nada comparado ao que o mestre Hitch fez!

Os 39 Degraus - 1935
A Conversação - 1974
Festim Diabólico - 1948
Interlúdio - 1940
Janela Indiscreta - 1954

Laura - 1944
No Calor da Noite - 1967
No Silêncio do Lago - 1950

Pacto Sinistro - 1951

Rebecca, A Mulher Inesquecível - 1940

Seven - Os Sete Pecados Capitais - 1995
O Silêncio do Lago - 1988
O Sexto Sentido - 1999
Sob o Domínio do Medo - 1971

Z - 1969

Se se sentiu falta de "Um Corpo Que Cai", ele estará presente no gênero drama; "Intriga Internacional" já foi citado no gênero Ação; "O Iluminado" e "O Bebê de Rosemary" estão no gênero terror, junto de "Psicose". Já "Disque M Para Matar" não foi citado pelo livro, o mesmo com "Os Outros", filme que eu colocaria em qualquer lista de filmes de suspense.



"The Master Of Suspense"

Musicais Para Se Ver Antes de Morrer


O gênero musical não é muito minha área, devido ao pouco número de filmes que vi dessa espécie. Talvez por isso a lista tenha ficado pequena. Dos que vi, "Cantando na Chuva" é simplesmente excepcional! Também o é "O Mágico de Oz". E claro, sem falar em "Os Homens Preferem as Louras", com a deusa de todos os tempos, Marilyn Monroe!

Amor, Sublime Amor - 1931
Cabaret - 1972

Cantando na Chuva - 1952

Os Homens Preferem as Louras - 1953
O Mágico de Oz - 1939

Nashville - 1975

A Noviça Rebelde - 1965
O Picolino - 1935

Rua 42 - 1933
Sinfonia de Paris - 1951

Para aqueles que esperavam que eu colocasse "Moulin Rouge", meus pêsames, pois não vou muito com a cara desse filme e não acho que ele deva ser um representante à altura do gênero musical.

Animações Para Se Ver Antes de Morrer


Tenho que confessar que essa seleção de animações feita pelo livro "1001 filmes para ver antes de morrer" está muito fraca! Deixar de fora clássicos como "A Bela e a Fera", "Aladdin", "Alice no País das Maravilhas", "Bambi", "Cinderela", "A Bela Adormecida", "Procurando Nemo", entre outros, é no mínimo um disparate!

Mesmo assim, do que restou, a lista é até boa, mas a falta dos clássicos de que falei, na minha opinião, é lamentável!


Akira - 1988

Branca de Neve e Os Sete Anões - 1937
Dumbo - 1941

Fantasia - 1940
Pinóquio - 1940
A Princesa Mononoke - 1997
O Rei Leão - 1994

Toy Story - 1995

A Viagem de Chiriro - 2001


Dessa lista, só não assisti "Akira" e "A Princesa Mononoke". "Pinóquio", na minha opinião, talvez seja a melhor animação que já vi, junto de "Alice", "Branca de Neve", "Aladdin", "O Rei Leão" e "A Bela e a Fera". Como a lista está fraca demais, deve-se considerar também as animações que citei.


Ah, e para aqueles que consideram essas animações coisa de criança, estão muito enganados. Esses desenhos fizeram parte da minha infância, alguns até só pude ter a oportunidade de assistir depois de velho. Penso que esses desenhos pertencem a qualquer idade, dado a capacidade de emocionar e divertir. Além do fato adicional de terem sido desenhados a mão - e não em computadores, como hoje em dia - , o que, na minha opinião, é um ponto a mais para eles.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Coppola e a pirataria


Nós precisamos ser espertos nesses assuntos. É preciso lembrar que há míseros cem anos, e olhe lá, os artistas trabalham com dinheiro. Artistas nunca tiveram dinheiro. Artistas tinham um patrono, seja ele o líder do estado ou o duque de algum lugar, ou a igreja, ou o papa. Ou eles tinham outro emprego. Eu tenho outro emprego. Eu faço filmes. Ninguém me diz o que eu tenho que fazer. Mas eu faço meu dinheiro na indústria do vinho. É ter um outro emprego e acordar às cinco da manhã para escrever seu roteiro.
Essa ideia de que o Metallica ou qualquer outro cantor de rock tem de ser rico é algo que não necessariamente vai acontecer daqui para frente. Porque, como estamos entrando em uma nova era, talvez a arte seja gratuita. Talvez os estudantes estejam certos. Eles devem ter o direito de baixar músicas e filmes. Eu vou levar um tiro por dizer isso. Mas quem disse que a arte custa dinheiro? E, portanto, quem disse que os artistas têm que ganhar dinheiro?
Nos velhos tempos, há 200 anos, se você fosse um compositor, o único jeito de ganhar dinheiro era viajando com a orquestra e sendo o condutor, para assim ser pago como um músico. Não havia registros. Não existiam royalties de registros. Então eu diria: “tente desconectar a ideia de cinema com a ideia de ganhar a vida e dinheiro”. Porque há soluções ao redor disso.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sade está rindo em seu túmulo

Durante muitos anos, ao se anunciar o nome do livro "O Amante de Lady Chatterley", nos Anos 20, as pessoas fechavam suas caras. Era um livro amoral, pornográfico; não recomendado para pessoas de bem. Passou-se mais ou menos quarenta anos e o livro finalmente foi publicado. A duras penas, mas o foi. E, como era de se esperar, o sucesso foi imediato.

Esse grande livro de D.H. Lawrence não se vale apenas de sua escrita arrojado, com palavras nunca ditas antes em livros de literatura - tais como "gozo", "rabo", "penetração". Ele é mais do que isso. Ninguém nunca tratou o amor de forma tão íntima como Lawrence o fez em seu livro.

"O Amante de Lady Chatterley" conta a história, obviamente, de Lady Chatterley, uma jovem casada com um rapaz que se tornara paralisado da cintura para baixo por causa de ferimentos da guerra. Com isso, nunca mais pode ter relações sexuais com sua mulher ou com quem quer que fosse. Ardente de
desejo, ela o satisfaz com Michaelis, seu primeiro amante. Entretanto, insatisfeita com ele, ela se fecha completamente. Até que conhece Oliver Mellors, o guarda-caça de seu marido, e as coisas mudam drasticamente.

Lawrence mantém a força de sua narrativa desde a primeira página, em momento algum se tornando chata. Alguns diálogos são evasivos, mas o objetivo dele, a meu ver, era mostrar como a alta sociedade intelectual era hipócrita, perdendo-se em conversas que não dariam em nada.

A escrita de Lawrence parece às vezes bem feminina, ao revelar pensamentos tão íntimos de uma mulher. Além disso,
ele incrementa a relação entre os amantes com diálogos muitas vezes picantes e provocadores.

D.H. Lawrence, assim como o Ma
rquês de Sade, estava além de seu tempo. Ambos escreviam de forma arrojada e abusiva, dando os "nomes aos bois", sem medo de represálias. Mesmo que fossem condenados por décadas - e até hoje devam ser - seus livros são legítimas provas de que a literatura não é lugar para limitações. Uma obra prima não só pornográfica e sensual, mas, acima de tudo, uma obra prima da liberda
de. Da liberdade de criação!

A odisseia contra os filhos duma cadela

Para se escrever um livro sobre camponeses e não cair na panfletagem, todo cuidado é pouco. Cuidado este que John Steinbeck, autor do livro, teve durante todas as páginas de "As Vinhas da Ira". Em nenhum momento vê-se em seu fabuloso livro uma propaganda de partido ou coisa que o valha. O que interessa, apenas, é a história que é contada.

"As Vinhas da Ira" trata da "odisseia" de uma família de trabalhadores rurais, no auge da Depressão dos Anos 30, que é obrigada a deixar suas terras em decorrência de dívidas com os bancos. Em meio à alegria de ter um membro da família de volta - Tom Joad - que acabara de sair da prisão, não se tem tempo nem para se festejar a volta. Todos têm de se arrumar o mais depressa possível, antes que venha o trator e derrube casa, pertences e o que mais estiver em seu caminho.

Misturando deliciosamente bem comédia e drama num mesmo livro, Steinbeck constroi uma narrativa agradabilíssima, que não perde sua fluidez em nenhum momento. Cheio de situações cômicas e emocionantes, ele consegue de forma brilhante oscilar entre o riso e o choro. Seus diálogos, curtos, secos e muito criativos, misturados a suas adoráveis e maravilhosas descrições, dão ao livro uma áurea de perfeição, presente desde a primeira página.

Entre os personagens mais marcantes, estão Mãe, uma dona de casa forte, que nos piores momentos, acaba tomando o lugar de chefe da família; Tom Joad, outro personagem marcante e sua constante característica de sempre lutar contra as adversidades; e claro, como não se lembrar do inesquecível Casy, o pregador que se "demitiu" de seu cargo de pregador e acompanha tal família nessa odisseia pelo mundo do desconhecido e da esperança.

O livro ganhou uma maravilhosa adaptação para os cinemas pelas mãos do grande John Ford, que escolheu as partes essenciais desse extenso livro e o transformou numa obra-prima do cinema. Henry Fonda se sai excelente no papel de Tom Joad. O filme foi indicado a sete estatuetas do Oscar, ganhando duas, inclusive a de Melhor Diretor para Ford.

"As Vinhas da Ira" é um livro de tamanha grandeza que merece estar em uma lista de dez melhores livros de todos os tempos. Como pouquíssimos livros conseguem, ele emociona e alegra ao mesmo tempo, às vezes na mesma página, coisa rara de se ver. Quando o lemos, acabamos solidarizados com tal família. Não só com essa, mas com todas as que tiveram de deixar seus lares para trilhar por terras desconhecidas. Tamanho realismo empregado pelo autor nos faz imaginar estar em tais situações extremas as quais eles viveram. E nesses casos, o que realmente importa é o amor e a solidariedade entre todos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Filmes de Aventura Para Se Ver


Este gênero tem andado sumido pelo cinema. Vez ou outra ele aparece, mas com filmes fracos. Entretanto, este gênero já proporcionou filmes excelentes na história do cinema, desde o magnífico "Os Caçadores da Arca Perdida) até o modesto mas também excelente e comovente "Conta Comigo".

Eis a lista:

Aconteceu Naquela Noite (1934)
Aguirre, a Cólera dos Deuses (1972)
Amargo Pesadelo (1972)
Ben-Hur (1959)
Uma Aventura na África (1951)
Os Caçadores da Arca Perdida (1981)
Conta Comigo (1986)
E.T. - O Extraterrestre (1982)
O Expresso de Shangai (1932)
Fitzcarraldo (1982)
Na Natureza Selvagem (2007)
O Salário do Medo (1953)
O Senhor dos Aneis (2001, 02 e 03)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Filmes de Guerra Para Se Ver Antes de Morrer


Dando continuidade à série - que parece nunca ter fim - o gênero agora é guerra. E alguns filmes de guerra são memoráveis! Na minha opinião, os dois melhores são "Nascido para matar" e "Apocalypse Now". Ambos tratam da questão da Guerra do Vietnã de uma forma tão realista que merecem tal denominação. Outros memoráveis, além desses dois, são "Platoon", "A Grande Ilusão" e "Barry Lyndon" - que está mais para épico, mas resolvi colocar aqui. Vale uma menção também para "Vá e Veja", um filme chocante!

Eis a lista:

Além da Linha Vermelha (1998)
Apocalypse Now (1979)
Barco - Inferno em Alto-Mar (1981)
Barry Lyndon (1975)
Coronel Blimp - Vida e Morte (1943)
O Franco-Atirador (1978)
Glória Feita de Sangue (1957)
A Grande Ilusão (1937)
Os Gritos do Silêncio (1984)
Lawrence da Arábia (1962)
Nascido para Matar (1987)
Patton - Rebelde ou Heroi? (1970)
Platoon (1986)
A Ponte do Rio Kwai (1957)
O Resgate do Soldado Ryan (1998)
Sem Novidades no Front (1930)
Tempo de Glória (1989)
Vá e Veja (1985)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Filmes de Faroeste Para Se Ver Antes de Morrer


Este gênero foi o último que vim a gostar. Anos atrás, achava que filmes de faroeste eram chatos, sem diálogos. Foi com "Era Uma Vez no Oeste" que perdi esse preconceito. Outro filme que ajudou muito foi "Meu Ódio Sera Tua Herança". Pra completar, o faroeste que extirpou de vez esse preconceito foi "Três Homens em Conflito", meu faroeste spaghetti preferido.

Sem mais delongas, vamos a lista:
Butch Cassidy (1969)

El Topo (1970)

Era Uma Vez No Oeste (1968)

O Homem Que Matou o Facínora (1962)

Os Imperdoáveis (1992)
Matar ou Morrer (1952)
Meu Ódio Sera Tua Herança(1969)
No Tempo das Diligências (1939)

Onde Começa o Inferno (1959)

Paixão de Fortes (1946)

Rastros de Ódio (1956)

Três Homens em Conflito (1966)


Obviamente, Jonh Ford, o mestre dos faroestes, aparece com quatro filmes na lista. Eu ainda acrescentaria mais dois: "Por um punhado de dólares" e "Por uns dólares a mais", ambos de outro mestre, Sergio Leone.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Filmes de Ação Para Se Ver Ates de Morrer


Ação costuma ser meu estilo menos preferido. Falo dos filmes de ação atuais, que primam por serem umas grandes merdas. Quem assistiu "Velozes e Furiosos" sabe do que estou falando...

Os filmes de ação atuais se resumem a isso: homens bombados, mulheres gostosonas - não que eu reclame disso; de jeito nenhum - , tiros pra tudo que é lado, roteiro pobre, ação sem-graça. Entretanto, existiu um tempo em que os filmes de ação eram bons de se ver. Alguns filmes são simplesmente inesquecíveis. Eis alguns destes filmes que estão presentes na lista do livro "1001 filmes para se ver antes de morrer" dos melhores filmes de ação.


Assassinos por Natureza (1994)

As Aventuras de Robin Hood (1938)
Batman (1989)
Cães de Aluguel (1992)
Duro de Matar (1988)

Fogo Contra Fogo (1995)

O Inimigo Público (1931)

Os Intocáveis (1987)
Intriga Internacional (1959)

Kill Bill Vol. 1 (2003)

Los Angeles - A Cidade Proibida (1997)
Mad Max (1979)
O Matador (1989)
Operação França (1971)
Pulp Fiction (1994)
Shaft (1971)

Dos que estão aqui, "Intriga Internacional" é imbatível. Uma das obras-primas do Hitchcock. "Operação França" também é excelente. Este filme possui uma das cenas de perseguição mais inesquecíveis do cinema. Mas o filme do Hitchcock consegue ser imbativelmente o melhor filme de ação de todos os tempos.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Os 50 piores filmes que vi em minha vida

Costumo fazer listas de melhores atores, melhores atrizes, melhores filmes, e por aí vai. Tá na hora de fazer uma lista com os piores. Afinal, sempre deve haver um lugar para eles, né?

Eis a lista: (medonha, por sinal)

50º Crepúsculo
49º Encontros e Desencontros
48º 2012
47º A Liga Extraordinária
46º Encurralada
45º Instinto
44º Pequeno Dicionário Amoroso
43º Espangles
42º O Exorcismo de Emily Rose
41º Na Companhia do Medo
40º A Casa de Cera
39º A Casa de Vidro
38º Van Helsing - O Caçador de Monstros
37º Lara Croft: Tomb Raider
36º A Múmia
35º Alien vs. Predador
34º A Morte Pede Carona
33º O Corvo - A Cidade dos Anjos (1996)
32º As Branquelas
31º Olhos Famintos 2
30º Vovó... Zona
29º Batman Eternamente
28º A Creche do Papai
27º O Amor É Cego
26º O Filho de Chucky
25º Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado
24º As Panteras
23º Freddy X Jason
22º Recém-Casados
21º Tá Todo Mundo Louco! - Uma Corrida de Milhões
20º Hancock
19º Lua de Cristal
18º Velozes e Furiosos
17º Sexta-Feira 13 - Parte VI: Jason Vive
16º Bem-Vindo à Selva
15º A Filha do Chefe
14º Todo Mundo em Pânico - e suas posteriores franquias
13º Animal
12º A Casa Caiu
11º Jason X
10º Halloween - Ressurreição
9 º Ace Ventura
8 º O Escorpião Rei
7 º American Pie - Até a terceira parte
6º Histeria
5º Operação Babá
4º Halloween II - 2010
3º Jason Vai Para o Inferno - A Última Sexta-Feira
2º Uma Comédia Nada Romântica (empate técnico de "ruindade")
2º 12 Dias de Terror (empate técnico de "ruindade")
1º A Cadeira do Diabo

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Frei é preso em flagrante após sair com adolescente de motel no Mato Grosso


CUIABÁ - Um frei foi preso em flagrante e acusado de estupro de vulnerável em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, no começo da noite da segunda-feira. Frei Erivan Messias da Silva, 50 anos, foi detido por policiais quando saía de um motel com uma adolescente de 16 anos.

O frei Erivan Messias da Silva, pároco da Igreja Nossa Senhora da Guadalupe, de Cuiabá, e a adolescente, entraram com o carro da paróquia em um motel por volta das 14 horas. Quando saíram, por volta das 17 horas, a polícia efetou a prisão.

A delegada da delegacia de defesa da mulher, Juliana Palhares, ressalta que fez o flagrante após denúncia anônima.

- Houve denúncia de um comportamento estranho do frei em relação à menor. A denúncia não foi por assédio contra outras adolescentes ou mulheres da paróquia. A partir daí, a polícia monitorou e no mês de janeiro intensificamos as investigações até chegar à prisão dele. A menor era, praticamente, namorada dele - diz a delegada.

Juliana relata ainda que o frei conhecia e era próximo da família da vítima, o que agrava o crime. Segundo informações do site da Arquidiocese, o frei foi ordenado em 1989.

- A menor era órfã de pai e, por isto, entendo que ela não poderia oferecer resistência. Pela lei, existem três critérios para classificar estupro de vulnerável: a pessoa ser menor de 14 anos, ou ter debilidade mental ou física, ou se a vitima não pode oferecer resistência. A pena prevista para este crime é de 8 a 15 anos de reclusão.

A delegada afirma que a adolescente, por não ter pai, era vulnerável e não teria condições de resistir ao assédio do religioso, que exercia poder na paróquia e na comunidade e teria induzido a menina.

- O fato de ela ir ao motel não significa que não ofereceu resistência. A lei prega que devemos proteger a dignidade sexual da menor. Diante do contexto, vemos que ela foi induzida ao ato. É similar ao caso de um padrasto ter relação com a enteada, ou se um tio com a sobrinha. É um caso de sedução por um poder exercido.

Após a prisão, o frei foi levado para a delegacia, onde usou o direito de ficar calado durante o interrogatório. Ele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá para exames. A adolescente foi encaminhada para a delegacia onde prestou depoimento, acompanhada da mãe. Em seguida, ela passou por um exames no IML


*Bem, só espero que esse frei apodreça na cadeia, coisa que acho muito difícil, já que nunca vi um padre ou coisa religiosa parecida ser preso.