sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vampiros que brilham...


"Estariam querendo acabar comigo?"

O último post do ano, e advinha do que vou falar? De cinema! Melhor, de um pseudo-filme chamado "Crepúsculo" (Twilight). Eu nunca quis assistir esse filme, mas como passou na Globo e eu queria saber como criticá-lo melhor, resolvi assistir. E felizmente ele não me surpreendeu e acabou dentro das minhas expectativas.

É incrível como o filme é chato desde o início. Poucos filmes me irritaram e deram sono como este. A forma como a história se desenrola é lenta, e além disso, arrastada, nem um pouco atrativa. E que historinha mais sem graça! Uma mocinha nova na cidade que conhece um mocinho, gosta dele e descobre que é um vampiro. E é claro, ele também gosta dela!

O que me revoltou de verdade foi o fato de que como essa mulher manchou a imagem do vampiro! Agora, eles usam batom! Ao invés de queimarem ao sol, eles brilham; tornaram-se "purpurinados". Além disso, o que é pior, o vampiro protagonista tem remorso de matar humanos. Ele não quer ser mais um monstro. Isso é de chorar.... chorar de raiva! Essa tal de Stephenie Meyer destruiu todos os clichês sagrados que faziam do vampiro o que ele é: um sugador de sangue impiedoso.

Falando agora propriamente do filme, a diretora - Catherine Hardwicke - preconizou muito os diálogos, deixando que eles tomassem conta do filme. E que diálogos mais chatos, cheios de frasesinhas feitas para adolescentes cabeças-ocas - ou para adultos cabeças-ocas. Algumas partes dos diálogos chegam a dar raiva de tão ridículos! Sem falar na total falta de continuidade. Ela não tem a mínima noção de como dar fluidez a um filme, deixando-o mais parecido com um conjunto de recortes dentro de uma coisa teoricamente chamada de "filme". Outra constante no filme é a irritante movimentação da câmera. Parece que a mulher não sabe dar um close ou ao menos deixar a câmera parada por alguns segundos!!!

Existem "dogmas" que são inquebrantáveis, e são suas características que dão vida aos personagens e os tornam como tal. O que essa mulher - a Meyer - fez com o legado dos vampiros foi destruir a figura do vampiro, transformando-o mais numa boneca do que num vampiro de verdade.

Voltando ao filme, tenho a dizer que ele é fraco, muito fraco mesmo! Tinha que assisti-lo para saber criticar de forma melhor. Vi uma vez pra nunca mais assistir!

O que me preocupa é que muita gente leu ou viu essa porcaria e gostou bastante! Prova disso são essas continuações que se lançam por aí. Se o cinema ou a literatura estão indo numa vertente na qual só interessa vender, eu não sei. Só sei que enquanto existirem diretores novos como Tarantino, Thomas Anderson e os Irmãos Coen; velhos como Woody Allen e Scorsese, e tantos outros que não conheço e são bons, eu ainda acreditarei no cinema.


Para despoluir um pouco de tanta besteira, sugiro assistir:


"Drácula" (1931), de Tod Browning;

"A Dança dos Vampiros" (1967), de Roman Polanski;

"Drácula de Bram Stoker" (1992), de Francis Ford Coppola;

"Vampiros de John Carpenter" (1998), de John Carpenter;

"Nosferatu" (1922), de F.W. Murnau; e

"Nosferatu - O Vampiro da Noite" (1979), de Werner Herzog


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ATEA

A ATEA é uma organização de protesto contra o preconceito aos ateus. E nesse mês ela tentou implementar em capitais como Salvador e Porto Alegre frases contra esse preconceito. Entretanto, como o Brasil ainda está na Era Feudal, não teve permissão.

Na Ingalaterra e França, ônibus circularam com frases tais como: "Deus provavelmente não existe. Não se preocupe e curta a vida". Influenciando-se por essa campanha, tentou-se fazer uma versão brazuca da campanha, como frases como "Chaplin não acreditava em Deus; Hitler acreditava. Religião não define caráter". Só se esqueceu que se está no Brasil, país onde a religião está entranhada em nossas mentes de uma tal forma a qual ninguém consegue tirar. Como iriam permitir isso?

Entretanto, a atitude da ATEA foi louvável. Aos poucos, as pessoas têm que começar a se conscientizaram de que os ateus também merecem respeito, que nós temos o direito de não acreditar em deus ou jesus algum, assim como eles não acreditam nos outros tantos deuses.

Por fim, deixo uma foto a qual achei muito interessante:


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Henry David Thoreau

“Fui para a mata porque queria viver deliberadamente, enfrentar apenas os fatos essenciais da vida e ver se não poderia aprender o que ela tinha a ensinar, em vez de, vindo a morrer, descobrir que não tinha vivido. (…) Queria viver profundamente e sugar a vida até a medula, viver com tanto vigor e de forma tão espartana que eliminasse tudo o que não fosse vida (…)”

Assim Thoreau explica o motivo pelo qual ficou dois anos, dois meses e dois dias apartado da sociedade dos homens, suprindo as próprias necessidades, contemplando a natureza.

Fonte: http://www.lpm-editores.com.br/blog/?p=4115

Será que tenho coragem para tanto?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Esporte agradece


Estou um pouco atrasado ao falar em Fórmula 1, mas, como diz o clichê, antes tarde do que nunca. Outro clichê que todos estão cansados de falar é que "a justiça foi feita na F1". Esse é outro que tenho o prazer de roubar, pois por mais que tenha sido repetido, ele o deve ser mais ainda, para que se aprenda a se praticar esportes de forma digna. Sem trapaças ou jogos de equipe.

Não estou sorrindo à toa porque, claro, o meu piloto não foi campeão. Lewis Hamilton perdeu para si mesmo, essa é a verdade. Se nas duas corridas em que bateu ridicularmente, não o tivesse feito, teria conquistado os vinte pontos que perdeu e seria campeão. Entretanto, não posso ficar chorando pelo leite derramado - outro clichê. Ele perdeu e mereceu perder!

Todos têm falado que Mark Webber era o merecedor do título desse ano. Eu também torcia para que, entre ele, Vettel e Alonso, o australiano levasse o caneco. Todos também têm falado que ele foi mais constante e merecia mais que o Vettel ou o Alonso. Penso que um campeão de verdade tem que demonstrar que é campeão até o último segundo da última corrida. Não adianta fazer uma temporada ótima e chegar na última corrida e amarelar, como aconteceu com o Webber. Mesmo que a equipe toda preferisse o Vettel, a obrigação dele era mostrar quem era o verdadeiro campeão. Infelizmente, não conseguiu.


Parabéns à Sebastian Vettel, que apesar dos pesares, acabou levando o título, com a santa ajuda dos dois carros da McLaren e de Vitaly Petrov! Não se pode esquecer dele, é claro! Assim como Vettel no GP do Brasil de 2008, o qual o alemão hoje campeão quase tira o título de Hamilton, Petrov não tinha nada a ver com o título e apenas estava tentando se firmar na equipe. Por acaso era ele algum retardatário que obrigatoriamente tinha que dar passagem ao senhor Fernando Alonso??? Se ele não for burro o suficiente, deve entender que o que mudou todo o panorama da corrida foi o acidente decorrente do toque de Nico Rosberg em Schumacher. Com isso, Petrov e Rosberg decidiram por trocarem os pneus e permanecerem até o final com os mesmos pneus. Se há um culpado - coisa absurda por si só - esse é o Rosberg. Mas eu já esperava que Alonso fosse um mau perdedor.
Bom para o esporte, que saiu ganhando.

O absurdo envolvendo Alonso e Massa - que sem surpresa acabou em nada - não conseguiu manchar a Fórmula 1, que infelizmente, hoje, tem dado espaço para trapaças e manejos de resultados, o que é um absurdo. Todos reclamam que a F1 perdeu seu brilho de antes, e atitudes como essa só reforçam tal ideia. Se se quer ressucitar a F1, absurdos como esse têm a obrigação de serem punidos! Mas, como o chefão da FIA se chama Jean Todt, e se todos lembram dele, foi chefe de Ferrari na época de ouro, na qual Schumi ganhava tudo. Se antes a equipe de Maranello não era punida, quanto mais agora!


Confusões à parte, como não sou mau perdedor, tenho a obrigação de dar os parabéns à Sebastian Vettel, piloto o qual eu sempre apostei, desde uns dois anos atrás, que um dia ganharia o título. Ganhou esse ano, quando eu menos esperava e o dava como quase fora do páreo.
E sem esquecer que o garoto foi campeão sem nunca ter liderado o campeonato! Mais uma vez, parabéns!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Virgínia Woolf


Estas foram as palavras que estavam contidas no bilhete em que Virgínia Woolf anuncia seu suicídio ao marido:

"
Querido,

Tenho certeza de estar ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer. Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que é a você que eu devo toda minha felicidade. Você foi bom para mim, como ninguém poderia ter sido. Eu queria dizer isto - todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim mas o que ficará é a certeza da sua bondade, sem igual. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais. Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos. V".

E na Fórmula 1...


Quem ganhará o campeonato desse ano: Alonso, Webber ou Vettel? Isso porque já desconsiderei as chances de Lewis Hamilton. Mereceu perder, pois vinha sendo o melhor piloto da temporada, sem erro algum, até que erra em duas corridas seguidas de forma estúpida. Em tudo há limite! Vinha pilotando muito bem, quase que brigando com o carro, que não era bom em quase pista alguma. Depois, faz duas lambanças seguidas! Acabou merecendo. Sem as duas lambanças, ainda seria o líder e com alguma diferença sobre o segundo.

Agora, lhe resta amargar a perda do título.
Entre os três candidatos ao título, acertei dois deles na minha aposta. Agora me resta a pergunta: para quem torcer? Obviamente não torcerei para Alonso. Entre Vettel e Webber, prefiro o segundo. Merece, pois foi o que menos errou e teve a equipe toda contra ele desde o começo do campeonato. Nunca lhe deram a preferência que mereceu e remou corrida após corrida atrás de seus objetivos. Por isso, minha torcida fica com o australiano Mark Webber! E que vença o melhor!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O surrealismo de Buñuel em 16 minutos


"Ich bin immer noch atheist, gott sei dank", Luis Buñuel. *

Acabei de rever um clássico do cinema mundial. Muitos podem me considerar louco por dar a alcunha de clássico a um filme de apenas 16 minutos. Entretanto, poucos filmes expressaram em duas horas o que "O Cão Andaluz", do espanhol Luis Buñuel, conseguiu.


Não há roteiro, nem história, ou ao menos coesão ou coerência no filme. As sequências não fazem o menor sentido! Não há nexo, nem sentido nos 16 minutos em que a película roda na tela. Como gostar de um filme assim, se é que pode ser chamado de filme, por causa da duração?


Sim, eu o considero como filme, e ainda mais, como uma obra-prima do cinema. Um filme não precisa fazer sentido, não precisa contar uma história virtuosa ou coisa parecida. Se o intento de Buñuel era mostrar que o cinema poderia ser feito de uma forma, digamos, mais "anárquica" e nonsense, ele conseguiu.


"O Cão Andaluz" é uma mistura de sonhos, pensamentos, uma festa de absurdos e cenas sem sentido. É o começo de uma obra histórica e importantíssima na história do cinema. Buñuel, a partir desse filme, mostrou para o que viera. Viera para mostrar o absurdo. Viera para mostrar o anárquico. Viera para mostrar a blasfêmia contra Deus ou organização religiosa que o valha. Sim, sou fã confesso de Luis Buñuel e gostei bastante de todas as obras que vi dele até agora. Para ver

"O Cão Andaluz", deve-se ter em mente uma coisa antes de tudo: ele foi feito para não ser entendido, apenas assistido. Tendo-se aficcionado isso, só nos resta assistir. E viajar, junto com Buñuel e Dalí, pelos recantos do surrealismo.


* "Eu ainda sou ateu, graças a Deus".

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Estado Laico; existe, no Brasil?

Nunca gostei de falar de religião ou política no blog por serem os dois assuntos muito chatos. Por isso, sempre preferi falar de música, cinema e literatura. Mas, vez ou outra, a revolta é tanta, que tenho que tocar na maldita religião!

Hoje, assisti um vídeo que fala sobre a educação religiosa nas escolas públicas. Sim, existe isso ainda no Brasil. País feudal, fazer o que? O que os padres e bispos bundões esquecem, ao defenderem isso, é o simples e conhecidíssimo fato de que o Estado é LAICO! ESTADO LAICO! Vou colocar o significado: " é uma nação ou país que é oficialmente neutro em relação às questões religiosas , não apoiando nem opondo à nenhuma religião". Neutro, ou seja, não se diz adepto de nenhuma religião, e por isso, nas escolas públicas, não deve ser ensinada nenhuma religião! Não deveria, mas na verdade é! E esses mesmos bispos e padres bundões que a defendem, falam que o aluno tem o direito de expressar sua religião. Sim, tem, mas vá expressar na casa dele ou na igreja, que é lugar pra isso. Na escola, não!

Por que, ao invés disso, não ensinar Marx, que dizia que "a religião é o ópio do povo", ou ainda Nietzsche, que dizia ser "deus uma criação dos humanos, quando eles precisaram de algo, alguém, para justificar as coisas"? Seria muito mais proveitoso estudar isso ao invés de religião, um negócio chato e com um passado - e presente - muito negros. Por que não ensinar sobre Inquisição, Cruzadas e pessoas sendo queimadas vivas? Isso eu só fui aprender, e muito mal, no primeiro ano do ensino médio!!! Isso eles escondem, né?

Uma das melhores coisas que as ditaduras socialistas fizeram - talvez a melhor - foi simplesmente extirpar a religião da sociedade. Stálin fez isso na URSS, Mao na China, Pol Pot no Camboja e Enver Hoxha na Albânia.

Um dado que demonstra isso: "A Igreja Ortodoxa Russa possuía 54.000 paróquias durante a Primeira Guerra Mundial, que foi reduzida para 500 em 1940". Olha só que maravilha!!! E os padres que reclamaram, foram mandados pra Gulags, pro trabalho forçado. E mesmo depois do fim do regime socialista, apenas "17 a 22% da população é atualmente cristã". Na China, foi a mesma coisa. Li um dado em que dizia que 70% da população era ateia. Pra que deus? Não precisamos de um ser
superior para nos dizer como devemos ser. Um ser com superpoderes, que consegue dominar o mundo inteiro, sozinho!

Mas voltando ao assunto, como a nossa sociedade é das mais atrasadas do mundo, e ainda vivemos na era feudal, a religião está entranhada nas cabeças das pessoas. Mas, mesmo aqui, as coisas estão mudando. Muuuuuito lentamente, a passos de tartaruga, mas estão. Talvez esse atraso mental, provocado pela religião, aqui, explique o porque da Europa ser tão avançado, e nós, tão atrasados. Isso também
vale para os EUA.

No Camboja a coisa foi mais interessante: 48% dos cambojanos morreram por causa de sua religião. Com religião é assim, as vezes, só matando; não há jeito! Ou será que há outro jeito para aqueles religiosos que dizem fazer milagres nos infinitos canais de TV? Ou naqueles que são contra os preservativos? Há jeito para eles? Pol Pot encontrou o jeito. Stálin encontrou o jeito.

Stálin e Mao foram os dois maiores assassinos da história. Pena que a maior parte dos assassinados não foram religiosos.

É claro que a maioria dos religiosos não são fanáticos. Esses não tem problema. Mas essa minha raiva é contra os fanáticos, os que acreditam em cada frase escrita na bíblia. Esses sim, merecem morrer. Se existe fanatismo por religião, pode-se dizer que sou fanático pelo ateísmo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"Pulp Fiction"


Só vim pra dizer que finalmente assisti "Pulp Fiction"! Um filme violento por excelência. Mas não é só a violência que impera, mas também o humor negro, característica marcante nos filmes de Quentin Tarantino. Esse caiu fácil na minha lista de diretores favoritos. É um dos pouquíssimos da nova geração - nem tão nova assim - que ainda fazem filme com gosto, por amor ao cinema.

Ah, além disso tudo, devo dar à ele a "menção honrosa" de filme com o maior número de palavrões da história do cinema! No começo, principalmente, era um "fuck" atrás do outro!

É engraçado como que, depois de assistir esse filme, dá vontade de sair, procurar uma organização de traficantes e virar um matador igual aos dois. E claro, empunhando uma arma e dizendo "Fuck you, motherfucker"! pra todo mundo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Atualizando a lista de melhroes filmes

O Poderoso Chefão I ( "The Godfather I"1972, Francis Ford Coppola, EUA)
2º O Poderoso Chefão II ( "The Godfather II" 1974, Francis Ford Coppola, EUA)
3º Laranja Mecânica ( "A Clockwork Orange" 1971, Stanley Kubrick, Inglaterra)
4º Cidadão Kane ( "Citizen Kane" 1941, Orson Welles, EUA)
5º Persona ( "Persona", 1966, Ingmar Bergman, Suécia)
6 º Oito e Meio ( "Federico Fellini's 8 1/2" 1963, Federico Fellini, França/Itália)
2001: Uma Odisseia no Espaço ( "2001: A Space Odyssey" 1968, Stanley Kubrick, EUA/Inglaterra)
Touro Indomável ( "Raging Bull" 1980, Martin Scorsese, EUA)
9 º Taxi Driver ( "Taxi Driver" 1976, Martin Scorsese, EUA)
10º Um Corpo Que Cai ( "Vertigo" 1958, Alfred Hitchcock, EUA

"Persona" teve que entrar na lista! O melhor filme do Bergman que vi até agora. Profundo e tenso até a alma! Tem algumas das cenas mais inesquecíveis e loucas da história do cinema.

domingo, 26 de setembro de 2010

Mas que merda Hamilton fez?!


Gosto e torço pelo inglês Lewis Hamilton por ele ser o tipo de piloto que sempre apreciei: agressivo e talentoso, coisa pouco vista hoje em dia. Desde as primeiras corridas, vinha prestando atenção nele, e com o tempo, passei a torcer por ele e pela McLaren. Logo no primeiro campeonato que disputou, foi vice-campeão, tendo perdido o título na última corrida, por puro nervosismo e falta de experiência. No segundo ano, o título veio por um ponto, e ganho na última curva, da última corrida, no Brasil. O terceiro ano foi fraco, o qual não atingiu ao menos a quinta posição no campeonato. Esse ano, está na briga pelo bicampeonato. Entretanto, pela segunda vez, a falta de paciência fez com que ele saísse da corrida.

No Gp passado, logo na largada, quis achar espaço onde não havia e acabou recebendo um toque de Massa, que quebrou sua suspensão e o tirou da corrida. Agora, em Cingapura, onde a McLaren não veio forte, estava em quarto, com Webber, adversário direto na briga pelo título, à sua frente. Mais uma vez, forçou em cima do adversário, tentou ultrapassar quando não podia e acabou recebendo um toque que mais uma vez o tirou da corrida.

Contando os pontos que perdeu corrida passada e na de hoje, partindo da premissa de que terminaria em quarto na outra e em terceiro nessa, somam 27 pontos!!! Com esses resultados, estaria hoje na liderança, com sete pontos de vantagem e faltando quatro corridas para o final!

O que se espera de um piloto de Fórmula 1? Agressividade; sim. Paciência; TAMBÉM! Paciência e calma! A Fórmula 1 precisa de agressividade, com certeza absoluta! O inglês veio para mudar um pouco o panorama das corridas, que de monótonas tornaram-se mais emocionantes, com gente até comparando-o à Ayrton Senna! Mas Senna, nos tempos gloriosos da F1, sabia ser agressivo. Ia pra cima, mas sabia como. Hamilton precisa ser mais responsável, mais calmo, coisa ainda que ele parece ainda não ter aprendido! Quando ele vai aprender? Já não bastou perder um título que estava nas mãos?? No primeiro ano, havia a desculpa da inexperiência; e agora; qual será a desculpa?

Seja mais paciente, Lewis Hamilton! Agora, Webber está a vinte pontos de diferença e Alonso, que eu dava como morto, está nove! Fora que a McLaren sai prejudicada, pois só Button pontuou nas duas últimas corridas. A coisa ficou meio difícil, mas ainda há esperança! Deve-se lembrar que o australiano quase não errou, fora que Alonso há muito tempo não erra, enquanto Hamilton errou em duas corridas seguidas. Não está na hora dos dois errarem? É vencer e contar com a sorte. Coisa que Lewis Hamilton não tem muita...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fotos interessantes...


Em homenagem à música que postei horas atrás, algumas imagens com a mesma temática: Jesus Salva! É uma singela homenagem à esse personagem, pra não dizer que estou a implicar com ele...















O pessoal não presta mesmo. Depois eu que vou pro inferno!!!


Uma letra mais infiel ainda

Eh, tô muito ateu essa semana pro meu gosto! Outra música anti-cristo; será que eu não me canso?

Música: Jesus Saves (Jesus Salva)

Banda: Slayer

Álbum: Reign In Blood


Ano: 1986


Tradução:


Você vai para a igreja, você beija a cruz
Você será salvo à qualquer custo
Você tem sua própria realidade
Cristianismo
Você passa a vida inteira pagando pau
Uma característica que tem crescido conforme o tempo têm passado
Você pensa que o mundo vai terminar hoje
Você louva o Senhor, é tudo o que você diz

Jesus Salva, escute sua oração
Você acha que verá os portões perolados
Quando a morte te levar

Por todo o respeito você não pode cobiçar
Em um homem invisível você põe sua confiança
Dependência indireta
Tentativa eterna de anistia
Ele vai decidir quem vive e morre
Reduzirá a população da ascenção de Satanás
Você será um acessório
Irreverência e blasfêmia

Jesus Salva, não há necessidade para rezar
Os portões de pérola tornaram-se ouro
Parece que você perdeu seu caminho

Jesus Salva, sem palavras de louvor
Nenhuma terra prometida para te levar
Não há outro caminho

Os 10 Melhores Filmes de Todos os Tempos


Sim, eu gosto muito de fazer listas; é como se fosse um hobby! Gosto de dar notas a quase tudo que vejo e leio. A todo filme ou livro eu tenho que dar uma nota, classificá-lo, colocá-lo na ordem dos melhores e dos piores. Sim, aprecio uma frase na qual Oscar Wilde dizia que "definir é limitar", mas, infelizmente, não a sigo e gosto de listar e pronto!

Tempos atrás listei os meus 20 livros favoritos, e agora, listarei os 10 melhores filmes de todos os tempos, na minha opinião. Não foram necessariamente os 10 que mais gostei, mas os 10 que achei melhores, e nisso há muitas diferenças! E com certeza, essa lista ainda vai mudar muito...

Mas por enquanto são estes:

1º O Poderoso Chefão I ( "The Godfather I"1972, Francis Ford Coppola, EUA)
2º O Poderoso Chefão II ( "The Godfather II" 1974, Francis Ford Coppola, EUA)
3º Laranja Mecânica ( "A Clockwork Orange" 1971, Stanley Kubrick, Inglaterra)
4º Cidadão Kane ( "Citizen Kane" 1941, Orson Welles, EUA)
5º Oito e Meio ( "Federico Fellini's 8 1/2" 1963, Federico Fellini, França/Itália)
6 º 2001: Uma Odisseia no Espaço ( "2001: A Space Odyssey" 1968, Stanley Kubrick, EUA/Inglaterra)
7º Touro Indomável ( "Raging Bull" 1980, Martin Scorsese, EUA)
8º Taxi Driver ( "Taxi Driver" 1976, Martin Scorsese, EUA)
9 º Um Corpo Que Cai ( "Vertigo" 1958, Alfred Hitchcock, EUA)
10 º Psicose (1960, "Psycho" Alfred Hitchcock, EUA)

Para quem pensa que Moisés partira o mar ao meio...

Para quem pensava que, como está na "Sagrada Bíblia" - não sei como alguém racional consegue acreditar numa baboseira dessas! - , especialistas explicam como ele fez isso.

Estudo indica que Moisés teve ajuda do vento para abrir o Mar Vermelho



WASHINGTON (AFP) - Pesquisadores americanos acreditam ter descoberto o exato ponto onde Moisés teria dividido as águas do Mar Vermelho, 3.000 anos atrás, para que o povo judeu pudesse fugir em segurança do faraó egípcio, e também como ele teria conseguido: com uma ajudinha do vento.

"As pessoas sempre foram fascinadas por essa história do Êxodo, indagando se tinha base em fatos históricos", estimou Carl Drews, do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas, principal autor do estudo, publicado no site da Public Library of Science.

"O que este trabalho mostra é que a descrição das águas se abrindo de fato possui uma base nas leis da física", acrescentou.

A Bíblia descreve como os israelitas "passaram pelo meio do mar no chão seco", com uma parede de água de cada lado, enquanto um forte vento soprava do leste.

Os pesquisadores não podiam simplesmente usar a Bíblia como referência para deduzir a localização geográfica da travessia, porque "embora o autor do Êxodo tenha tentado de fato apontar o local onde Moisés atravessou, infelizmente os nomes usados não são mais reconhecidos", disse o cientista à AFP.

Drews e seu coautor, o oceanógrafo Weiqing Han, da Universidade do Colorado, focaram sua busca pelo local onde a travessia poderia ter ocorrido em um ponto onde há uma faixa de terra na água, descartando lugares considerados anteriormente por outros estudos, como o Golfo de Suez ou em um ponto perto de Aqaba, na atual Jordânia.

A dupla descobriu que, quando o vento sopra, a água pode se levantar e se "dividir" no local da faixa de terra, explicou Drews.

"Um monte de refugiados pode correr pelo meio, e quando o vento para, a água subitamente volta a ficar como antes, atingindo quem estiver no caminho", afirmou.

Drews e Han chegaram a um local no leste do Delta do Nilo, em um sítio arqueológico chamado de Tell Kedua, a norte do Canal de Suez na costa mediterrânea.

Neste ponto, acreditam que um antigo braço do Nilo e uma lagoa costeira um dia tenham formado um 'U' à beira do Mar Mediterrâneo.

Com a ajuda de um satélite, os cientistas fizeram um modelo da área, e modificaram o terreno para que se parecesse com a forma que tinha há 3.000 anos. Depois, preencheram o modelo com água e fizeram vento soprar.

De acordo com seus cálculos, um vento de 100 km/h soprando durante 12 horas teria sido capaz de empurrar a água em até dois metros de profundidade por cerca de quatro horas - tempo suficiente para que Moisés e seu povo atravessassem para a liberdade.

Bem, para quem acreditava que Deus havia dado uma "maozinha" a seu "filho" Moisés, a coisa está explicada.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Para os infieis, iguais a mim

Música: Igreja

Banda: Titãs

Álbum: Cabeça Dinossauro

Eu não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis....

Não!

Eu não gosto do terço
Eu não gosto do berço
De Jesus de Belém.
Eu não gosto do papa
Eu não creio na graça
Do milagre de Deus.
Eu não gosto da igreja
Eu não entro na igreja
Não tenho religião!

Não! Não gosto! Eu não gosto!

Uma das melhores composições da música brasileira!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

It's trash metal, baby!



Todo mundo sabe que Dave Mustaine odeia James Hetfield, Hetfield odeia Mustaine. Muito bem, todo mundo também sabe que ambos, há quase 30 anos atrás, faziam parte do Metallica e que Mustaine foi expulso por Hetfield. Mustaine criou o Megadeth, e esta banda, em 91, criou um dos melhores álbuns da história do rock pesado: “Rust In Peace”; álbum de que vou falar agora.

Rust in Peace”, álbum lançado em 1991, confirmou o que se pensa do Megadeth: de que tal banda não fica devendo em nada ao Metallica em relação à música – mesmo que eu ache o Metallica superior. Isso é mostrado logo no início do álbum, com o riff destruidor de “Holy Wars.... the Punishment Due”; a música é simplesmente fantástica!!! A pegada, o ritmo, os riffs, o solo, a letra - que fala

sobre a loucura das chamadas “guerras santas”. Sem exagerar, um clássico do rock.Logo em seguida, vem a não menos melhor “Hangar 18”, com um dos solos mais entusiasmantes que já ouvi em toda a minha pequena vida. A letra fala de uma base militar nos Estados Unidos destinada a pesquisas sobre extraterrestres. Pelo que se lê na composição de Mustaine, ele parecia acreditar que os americanos escondiam “coisas” nessas bases, ou seja, informações que comprovariam a existência de extraterrestres. A música a seguir, “Take No Prisioners” é um puxão de orelha. Alterna um ritmo mais cadenciado com uma porrada mais trash dos trashs. A letra toca no delicado tema guerra, e fala como elas são tolas. A quarta, “Five Magics”, é outra poderosa porrada trash. “Poison Was the Cure” vem em seguida. A música começa com um ritmo lento, mas depois de um tempo, vira uma verdadeira porrada de estourar os tímpanos.

Lucretia” é a próxima, com um ritmo mais cadenciado, mas nem menos melhor por isso. Ela antecipa um dos clássicos megadethianos, “Tornado Of Souls”, outra ótima porrada trashiana no ouvido dos metaleiros. Poderosa, rápida no gatilho, “Tornado” é uma música que anima, contagia, que dá vontade de balançar a cabeça e esquecer de tudo que existe. Após essa vem a pequena “Down Patrol”, liderada pelo ótimo baixista Ellefeson e o álbum termina de forma melhor impossível com outro clássico: a música homônima “Rust In Peace”. É interessante o fato como ela se parece um carro

que engata uma marcha e não para nunca. No meio da música, ela descansa e toma um ritmo arrasador, bem trash, cheio de gás e energia, encerrando o álbum de forma fantástica.

Rust In Peace”, título no qual Mustaine se inspirou ao ver, na traseira de um carro, tal frase: “Hopeffuly all the nuclear warheads rust in peace” (“Tomara que todas as ogivas nucleares descansem em paz”), se mostra um álbum pesado, coeso, com ótimas composições de um Mustaine inspirado. Obra-prima não só megadethiana, mas como do trash e do heavy metal em geral. Não deve em nada ao “Master Of Puppets”, “o melhor álbum de trash metal”, mesmo que eu concorde com tal terminologia. Está no mesmo patamar seja em questão de peso ou composição. Mustaine mostra que sua banda pode sim e muito bem concorrer com o Metallica, e que pode fazer álbuns à sua altura, e, diga-se de passagem, até melhores! “Rust In Peace” é um tapa na orelha de quem quer ouvir som pesado de verdade! Afinal, It's trash metal, baby!


Álbum: Rust In Peace

Ano: 1990

Produção: Dave Mustaine e Mike Clink

Gênero: Trash Metal/Heavy Metal

Gravadora: Capitol Records

Formação: Dave Mustaine(Vocal/Guitarra Base/Solo); Marty Friedman(Guitarra Solo/Base/Backing Vocal); David Ellefeson(Baixo/Backing Vocal) e Nick Menza(Bateria/Backing Vocal).

Músicas:

  1. "Holy Wars... The Punishment Due" — 6:36
  2. "Hangar 18" — 5:14
  3. "Take No Prisoners" — 3:28
  4. "Five Magics" — 5:40
  5. "Poison Was the Cure" — 2:58
  6. "Lucretia" — 3:58
  7. "Tornado of Souls" — 5:22
  8. "Dawn Patrol" — 1:50
  9. "Rust in Peace... Polaris" — 5:36

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Está surgindo um novo fã de Quentin Tarantino

Sou mesmo propenso a gostar do cinema de Tarantino. Seus filmes, violentos e sanguinários por natureza, fora o deboche costumeiro, me chamam muito a atenção pelo fato de se criar um jeito diferente de se fazer cinema. E fazer um "cinema diferente" é o que se precisa hoje, em meio a tanta porcaria!

"À Prova de Morte" não é dos melhores filmes dele. E o fato de não ser um dos melhores dele não retira a alcunha de ser um filme muito bom - e violento, por sinal. O filme conta a história de quatro garotas que saem para se divertir. Enquanto andam de carro e param em diferentes lugares, vão conversando sobre coisas banais como um amasso que uma delas teve outro dia e uma paixão que a outra tem por um homem que não gosta dela da mesma maneira. Até aí tudo calmo. Entretanto, há um homem que as persegue. Saber o que ele quer, isso só vai descobrir quem ver o filme.

Em algumas partes do filme, Tarantino exagera nos diálogos, o que pode cansar o espectador. Entrementes, tais diálogos são muito interessantes e engraçados, o que, visto dessa forma, serve de incremento ao filme. Só achei que em algumas partes ele se alongou demais.

Sua câmera, como sempre, continua inquieta e ousada, com ângulos e tomadas que não se esperam fazer - como logo no começo, onde ele filma os pés de uma das quatro em frente ao vidro.
Sobre as atuações, tenho a dizer que Tarantino sabe escolher um elenco de mulheres bonitas como ninguém! É uma mistura de loiras, morenas, mulatas de deixar o sujeito maluco!; todas perfeitas! Fora a participação de Kurt Russel, figurinha sempre presente em filmes do grande Carpenter, e que fez o papel do cara que segue as garotas. Demorei até um pouco para reconhecê-lo, visto que os filmes que vi dele eram dos anos 80.
"À Prova de Morte" é tenso, sensual, engraçado, violento, recheado de palavrões; e o que interessa, um ótimo filme, o que é clichê quando se trata de Quentin Tarantino. A cada filme dele que vejo, me torno mais seu fã. Como sua videografia é pequena, pretendo ver todos, o que não será difícil. E que venha o próxima, e que seja tão bom quanto esse!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O melhor álbum do rock brasileiro



Sempre ouvi falar que antigamente os Titãs soavam mais pesado. Não havia ouvido muita coisa de antigamente, apenas músicas como "Família", "Sonífera Ilha", "Televisão" e por aí vai. Sendo essas meio que puxadas para o lado do pop rock, desconfiava um pouco desse "peso" que tanto falavam. Acontece que músicas como "Polícia" me davam alguma desconfiança de que os Titãs soram pesados algum dia...

"Cabeça Dinossauro", o álbum que falarei em questão, não é de todo pesado. Claro, tem suas composições punk, como a já falada "Polícia". E punk, punk mesmo só essa música. Esse "peso" o qual falo foi a "nova sonoridade" que eles buscaram depois de "Televisão"; algo mais cru, mais direto, digamos "escatalógico". E é isso o que se vê em suas letras e composições. Músicas nada complicadas, pelo contrário, simples, com letras diretas, escrachadas, debochadas.

Vê-se esse "deboche" desde a primeira, "Cabeça Dinossauro", que se compõe apenas de três expressões: "Cabeça Dinossauro/Pança de Mamute/Espírito de Porco". A música só tem isso, mais a base musical!!! Logo após vem "AA UU", que fala sobre a mecanicidade diária a que somos bombardeados: comer/dormir/pensar/falar"; é de enlouquecer mesmo, a ponto de gritarmos coisas sem sentido como "AA U
U"!!! "Igreja" é a próxima, e pra mim, é uma das melhores composições dos Titãs. Seja essa talvez a letra mais forte, mais direta, que tenha se dirigida a uma instituição do Estado. "Eu não gosto de padre/Eu não gosto de madre/Eu não gosto de frei.... Eu não gosto do papa/Eu não creio na graça/Do milagre de Deus". Alguém já escreveu coisa mais ateísta do que essa? É engraçado que quando se canta a parte "Não gosto", percebe-se a revolta na voz, como se dissessem: "Eu não quero essa merda, eu não gosto disso"!!!

Depois desse "hino ateísta" vem "Polícia", uma das mais conhecidas músicas dos titânicos e que todos os roqueiros das antigas pedem desesperadamente em seus shows, para que se formem as rodas punks. Essa é mesmo uma composição bem
punk, remetendo aos Ramones ou mesmo ao Dead Kennedys - que já pertence ao hardcore. Com versos simples e revoltosos, ataca outra instituição, dessa vez a polícia, falando que dela só precisa dela quem quer. Tal música deve ter sido feita após a revolta de Belotto e Antunes, presos no ano anterior por porte de heroína.

"Estado Violência", outra ótima composição, mais ritmada e menos "punkeada" vem a seguir. É uma das letras que mais me agradou, e também uma das melhores composições dos Titãs. Pen
a não ser tão conhecida. "A Face do Destruidor", uma música de apenas 34 segundos, se mostra pesada, muito pesada para a os moldes dos Titãs. Remonta até um pouco o trash metal. Não consigo entender muita coisa da letra, pois se fala muito rápido, além do som ter sido colocado ao contrário. "Porrada" segue o álbum, com uma letra muito debochada, que diz mais ou menos que os que não pertencem às "associações da sociedade" - tais como uma faculdade de Direito, ou até mesmo uma torcida organizada - merecem porrada. Continua o deboche e o escracho que norteou tal álbum.

"Tô cansado" é outra composição meio que "largada", sem comp
romisso, onde simplesmente se fala que se está cansado das coisas. "Bichos Escrotos" é a próxima, e penso que dela não preciso falar muita coisa. É um dos "clássicos titânicos" e desde criança c
onheço essa música. Também é uma letra bem direta, rebelde, em direção aos políticos e com u
m som mais "funkeado". "Família", a próxima, é um reggae, po
r incrível que pareça, o que mostra a junção de ritmos em que os Titãs permearam o álbu
m, não apenas direcionando-o para um lado mais pesado, mas também para composições mais alternativas e calmas. O mesmo ocorre com "Homem Primata", que com uma letra muito forte, traz um Titãs mais leve e ritmado. "Dívidas" e "O Quê" fe
cham o álbum, histórico na história do rock brasileiro. Essa última, uma música praticamente eletrônica, mostra a tendência que eles seguiriam a partir do próximo álbum.

Polêmicas à parte, "Cabeça Dinossauro", pra mim, é o melhor álbum da história da música nacional. Muito bem produzido, muito bem mesclado de ritmos - do punk ao reggae, passando pelo eletrônico - com letras fortes, diretas e rebeldes, que atacam desde a Igreja às classes altas, passando pela polícia, os Titãs construíram algo que é para ser lem
brado durante toda a vida de qualquer roqueiro que se preze e goste de rock nacional. Agora, para quem ouve músicas como "Enquanto houver sol" e "Isso", precisa saber que os Titãs, um dia, não foram tão "gays" como o são hoje.