“Rust in Peace”, álbum lançado em 1991, confirmou o que se pensa do Megadeth: de que tal banda não fica devendo em nada ao Metallica em relação à música – mesmo que eu ache o Metallica superior. Isso é mostrado logo no início do álbum, com o riff destruidor de “Holy Wars.... the Punishment Due”; a música é simplesmente fantástica!!! A pegada, o ritmo, os riffs, o solo, a letra - que fala
sobre a loucura das chamadas “guerras santas”. Sem exagerar, um clássico do rock.Logo em seguida, vem a não menos melhor “Hangar 18”, com um dos solos mais entusiasmantes que já ouvi em toda a minha pequena vida. A letra fala de uma base militar nos Estados Unidos destinada a pesquisas sobre extraterrestres. Pelo que se lê na composição de Mustaine, ele parecia acreditar que os americanos escondiam “coisas” nessas bases, ou seja, informações que comprovariam a existência de extraterrestres. A música a seguir, “Take No Prisioners” é um puxão de orelha. Alterna um ritmo mais cadenciado com uma porrada mais trash dos trashs. A letra toca no delicado tema guerra, e fala como elas são tolas. A quarta, “Five Magics”, é outra poderosa porrada trash. “Poison Was the Cure” vem em seguida. A música começa com um ritmo lento, mas depois de um tempo, vira uma verdadeira porrada de estourar os tímpanos.“Lucretia” é a próxima, com um ritmo mais cadenciado, mas nem menos melhor por isso. Ela antecipa um dos clássicos megadethianos, “Tornado Of Souls”, outra ótima porrada trashiana no ouvido dos metaleiros. Poderosa, rápida no gatilho, “Tornado” é uma música que anima, contagia, que dá vontade de balançar a cabeça e esquecer de tudo que existe. Após essa vem a pequena “Down Patrol”, liderada pelo ótimo baixista Ellefeson e o álbum termina de forma melhor impossível com outro clássico: a música homônima “Rust In Peace”. É interessante o fato como ela se parece um carro
que engata uma marcha e não para nunca. No meio da música, ela descansa e toma um ritmo arrasador, bem trash, cheio de gás e energia, encerrando o álbum de forma fantástica.“Rust In Peace”, título no qual Mustaine se inspirou ao ver, na traseira de um carro, tal frase: “Hopeffuly all the nuclear warheads rust in peace” (“Tomara que todas as ogivas nucleares descansem em paz”), se mostra um álbum pesado, coeso, com ótimas composições de um Mustaine inspirado. Obra-prima não só megadethiana, mas como do trash e do heavy metal em geral. Não deve em nada ao “Master Of Puppets”, “o melhor álbum de trash metal”, mesmo que eu concorde com tal terminologia. Está no mesmo patamar seja em questão de peso ou composição. Mustaine mostra que sua banda pode sim e muito bem concorrer com o Metallica, e que pode fazer álbuns à sua altura, e, diga-se de passagem, até melhores! “Rust In Peace” é um tapa na orelha de quem quer ouvir som pesado de verdade! Afinal, It's trash metal, baby!
Álbum: Rust In Peace
Ano: 1990
Produção: Dave Mustaine e Mike Clink
Gênero: Trash Metal/Heavy Metal
Gravadora: Capitol Records
Formação: Dave Mustaine(Vocal/Guitarra Base/Solo); Marty Friedman(Guitarra Solo/Base/Backing Vocal); David Ellefeson(Baixo/Backing Vocal) e Nick Menza(Bateria/Backing Vocal).
Músicas:
- "Holy Wars... The Punishment Due" — 6:36
- "Hangar 18" — 5:14
- "Take No Prisoners" — 3:28
- "Five Magics" — 5:40
- "Poison Was the Cure" — 2:58
- "Lucretia" — 3:58
- "Tornado of Souls" — 5:22
- "Dawn Patrol" — 1:50
- "Rust in Peace... Polaris" — 5:36
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