terça-feira, 13 de setembro de 2011

Do descaso agraciado às universidades


Muitos dos meus amigos sabem que odeio o Brasil. Não tenho a mínima vergonha disso e logo faço questão de explanar minha opinião - mais uma radical, para variar. Podem chamar de infantil ou precipitada, ou mesmo de tosca, mas é minha opinião. Por vários motivos eu não gosto deste país, além de nada me atrair nele. E não vejo a hora de fugir daqui e ir para um lugar beeeem longe. De preferência, para a Finlândia, Suécia, Noruega, o diabo a quatro!

Uma das razões mais fortes é o total, completo e irrestrito descaso com a educação, seja ela a básica, média, técnica ou superior. Seria redundância dizer que o que não faltam são escolas obsoletas, com professores mal pagos e sem as mínimas condições de trabalhar. Parece não haver verba para a educação; parece que ela é o último quesito quando a questão é verbas. É impressionante - talvez não seja mais, de tão acostumados estamos - como a educação é deixada ao esmo; vista como uma coisa - sim, como uma coisa! - que está se melhorando aos poucos. Melhora é a puta que os pariu!

Não vou nem falar das escolas públicas, pois levaria um ano inteiro falando aqui. Vou falar da manifestação na Uerj que aconteceu esses dias. O pessoal queria entrar no próprio Bandejão, que fora construído para eles, no dia da inauguração. Bandejão este que foi conquistado, a muito custo, graças à ocupação dos estudantes da Reitoria da Uerj, em 2008. Mas, e um grande MAS aí, os alunos não puderam entrar. Quem foi convidado? O senhor governador e mais alguns funcionários escolhidos. Uma graça, não? Os estudantes foram reclamar, além dessa proibição, o sucateamento das universidades públicas, o alto preço cobrado - 2 reais para cotista; 3 para não cotista, enquanto em outras é 1 real - , além do corte de verbas para a universidade. Era pra ser uma manifestação pacífica, e coro comeu. O fascista do governador não apareceu, ninguém pôde entrar, os ânimos se exaltaram e os estudantes acabaram saindo na porrada com os seguranças.

Eu não fui; não sabia da manifestação. Até porque estou afastado da faculdade e só soube por meio da internet. Se soubesse, teria ido e não sei se cairia na porrada, mas como ando meio estressado, acabaria entrando no tumulto.

O que se tira disso? O que se tira é o tamanho da falta de consideração que se tem, sempre se teve e sempre se terá com a educação nas terras brasileiras. Ninguém dá a bola pra ela. E pode ter certeza que continuará assim. Os professores continuarão a ganhar mal, as universidades continuarão sucateadas e os políticos continuarão a se gabarem de que a educação está evoluindo. E os bons cidadãos, obviamente, apoiarão e rechaçarão este pessimista aqui. E este pessimista aqui, que não está nem um pouco aí para este país, irá sair. Afinal, não estamos ainda no "Brasil: Ame-o ou Deixe-o"? Que deixe-mo-lo, pois!, que ele não tem jeito.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Recortes Filmográficos - La Dolce Vita (1960)


Filme que concedeu a excomunhão à Federico Fellini - penso que ele não estava pouco se fodendo para isso - , "A Doce Vida" marcou uma "cisão" na filmografia do cineasta: definitivamente, ele havia largado a estética neo-realista que vinha usando até então. "La Dolce Vita" é a prova de um Fellini mais maduro, disposto a usar mais da mente e menos do "social". Mudança esta que receberia um acabamento melhor em "Oito e Meio", seu melhor filme, na minha opinião. De "A Doce Vida" em diante, Fellini produziria o melhor de seu cinema, notavelmente a já citada obra de 63, "Amarcord", "Julieta dos Espíritos", "Satyricon" e "E La Nave Va". Não posso deixar de apontar, é claro, que filmes como "A Estrada da Vida" e "Noites de Cabíria" - ambos estrelados por sua esposa, Giulietta Massina - são clássicos comparáveis a suas melhores obras.


“Veja, estes padres não temem o demônio! Até permitem que eu toque o órgão!”


“No amor, é melhor ser escolhido”.


“No 22, vindo a Roma com meu séquito, passei a noite num castelo assim.

No da minha cunhada, vimos uma criança de vela na mão.

Conte direito, não era uma criança.

Como? Nem era vela”.


“Sua tia é médium?

Não sabe? O marido separou-se porque encontrava sempre fantasmas na cama”.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Extra! Extra! "Para provar não ser gay, padre pede à diocese que meça o seu ânus"

Eu tinha que postar isso!

O padre espanhol Andreas Garcia Torres (na foto, à direita), 46, disse que, para convencer seus superiores da diocese de que não é gay, pediu a eles que medissem o seu ânus “para ver se está dilatado”.

Torres foi afastado de sua paróquia, na cidade de Fuenlabrada, perto de Madri, sob a suspeita de ser homossexual por causa de uma foto que saiu na internet na qual ele e Yannick Delgado (foto), um seminarista de 28 anos de Cuba, estão abraçados sem camisa. A foto foi tirada no ano passado no Santuário de Fátima, Portugal.

Torres afirmou ser vítima de calúnia. “Tenho uma amizade normal com este menino. Este foi o único dia que eu estive com ele. Tiramos uma foto de nós mesmos, sem camisas, e foi isso que deu origem à confusão.”

A diocese de Getafe exigiu que o padre fizesse exames para verificar se tem o vírus HIV e o encaminhou a um tratamento psiquiátrico. "O psiquiatra me perguntou de forma humilhante se os meus pais me tinham estuprado quando era criança ou se eu os tinha visto ter relações sexuais", disse.

O padre afirmou confiar no diagnóstico da medição do ânus porque, segundo ele, trata-se de uma técnica cuja eficácia já foi provada em terapia de pessoas que deixaram de ser gay.

Até que estourasse o escândalo, a comunidade gay
acusava Torres de ser homofóbico porque ele tem textos na internet segundo os quais os homossexuais são "intrinsecamente maus e perversos".

Delgado disse não saber quem colocou a foto na internet. "Ela estava no meu computador, e eu nem sequer a postei no Facebook", disse. Ele considera o padre como "um pai adotivo".

Os fiéis fizeram um abaixo assinado para que Torres volte à paróquia. O padre, que resistiu em entregar a chave da igreja, disse que se queixou diretamente com o Vaticano.

A diocese comunicou que Torres foi afastado por "problemas pastorais".


Torres resistiu em entregar a chave da igreja
Como vi num comentário do post, ele queria mesmo era levar uma boa duma cutucada....... Nada contra se o padre gostava de dar uns amassos - amassos foi o melhor eufemismo que encontrei - com o seminarista? O padre faz a coisa com quem quiser. Só por que é padre não pode? Ah, o celibato............... Interessante como, quando o padre foi denunciado por suspeita de ter um caso com um seminarista, a Igreja logo expulsou o padre. Mas quando são padres que estupram e aliciam crianças, o que a Igreja faz? Esconde? Uma pergunta retórica? Amém.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Meus Sósias Famosos

Além de ter uma quantidade infindável de apelidos - conto-os em quase dez - cada um me compara a um famoso - tirando uma mulher que disse com toda a certeza me conhecer, sendo que não a conhecia; e mais outra, que falou que eu era parecidíssimo com seu filho.

Enfim, essas comparações me vieram à mente hoje, quando uma colega minha me disse, repentinamente, que pareço com Mosca (?) da antiga e já finada novela para crianças "Chiquititas". Bem, essa não foi a primeira vez que fui comparado com algum famoso. Vão aqui os nomes dos que chamo meus "sósias famosos".


Este aqui, para quem não conhece, é Julio Baptista, jogador de vários clubes importantes da Europa, chegando a ser convocado muitas vezes para a seleção brasileira. Talvez pelo fato da minha cor ser parecida com a dele e o corte de cabelo é idêntico, haja algum motivo para quererem me achar parecido. Talvez o formato do rosto, mas nada muito semelhante. Essa semelhança foi abordada por um colega meu e acabou pegando esse apelido por algum tempo.


Este é o Alexandre Pires. Pelos mesmos fatos citados acima, alguns amigos me disseram ser parecido com ele. Também deve ser devido ao corte de cabelo bem baixo, à cor e formato do rosto. Reconheço que talvez seja ele o sósia mais parecido comigo de todos. O mal é que ele é pagodeiro, né? Ser parecido com um pagodeiro; ninguém merece, rs.


Essa foi a segunda semelhança mais absurda que já me apontaram: eu não tenho absolutamente nada a ver com este garoto! Talvez os olhos e a sobrancelha. Fora isso, mais nada! E o garoto tem por apelido "Mosca". Putz, ninguém merece um apelido de "Mosca"! Só minha colega mesmo. Ah, disse que esta foi a segunda, pois a primeira vem a seguir.

A comparação feita a esta pessoa foi a mais canalha, suja e desagradável que me fizeram. Tudo bem que já fui goleiro - e dos bons! -, mas daí me comparar a um assassino, e ainda por cima flamenguista?! Peraí, é muita sacanagem! Tudo bem que ele pegou - e depois matou, tudo indica - aquela modelo, mas mesmo assim, não dá! Fora o fato de que não tenho nada a ver com ele! Mas acontece que um amigo meu reconheceu alguma semelhança, e pronto, acabou caindo no gosto. Felizmente, por pouco tempo. Entretanto, tem gente que lembra até hoje.


Esta foi a comparação que mais me agradou. Primeiro porque ele é um puta piloto; além disso, o piloto pelo qual eu torço na F1. Segundo, dos aqui apresentado, é o mais simpático. Terceiro, pega aquela tal de Nicole Scherzinger, do Pussycat Dolls, que é uma morena muito bonita! Uma pena que apenas um senhor viu essa semelhança. Outros até vêem alguma, mas nada comparado aos outros que coloquei aqui.

Bem, modestamente à parte mais bonito que os outros, este é o Original André:

Com luzes, cone, carro e cara de assustado, este sou eu. Dá pra ver alguma semelhança com as figuras acima?

Psycho, 1960


E este é o prelúdio:



E por favor; NÃO VEJAM O TRAILER DE SEIS MINUTOS!!!! Ele "entrega" boa parte do filme!

A obra prima do terror



Dizer que algum filme é a obra prima de um gênero parece um pouco radical, não é? Sim, eu sou radical, e a maioria das coisas que faço é oito ou oitenta. Além disso, há filmes que possuem seus representantes “máximos”. Por exemplo, “2001: Uma Odisseia no Espaço” é quase unanimidade como melhor filme de ficção cientifica; “O Poderoso Chefão” é indiscutivelmente o melhor filme quando o assunto é máfia; “Cantando na Chuva” é uma sumidade quando se trata de musicais. Assim acontece com “Psicose”, o clássico dos clássicos dos filmes de terror. Um dos mais imitados, parodiados e homenageados da história do cinema.


Psicose” é um dos filmes mais conhecidos e consagrados da sétima arte. Até aquele que não conhece o cinema de perto já ouviu falar do filme. Eu era um desses, e quando o assisti, confesso que fiquei impressionado. Eu já havia visto um filme de Alfred Hitchcock - “Janela Indiscreta” - mas este, apesar de fantástico, não havia me passado o mesmo encanto de “Psicose”. Na verdade, talvez só “Laranja Mecânica” me cause tanto encanto quanto “Psicose”.

Mas deixando para lá os encantos pessoais, “Psycho”, do diretor americano Alfred Hitchcock, foi dirigido em 1960, quando o gênero terror focalizava suas atenções em criaturas não-humanas ou a seres de outro mundo. Uma das características principais e mais marcantes foi o fato de o “monstro” ser uma pessoa, um ser feito de carne e osso, e não um ET ou mesmo monstros como vampiros. E essa é apenas uma das infinitas qualidades do filme. Afinal, se eu fizesse um post apontando todas as características positivas da película, ficaria aqui o dia todo e ainda assim não conseguiria.

“Psicose” conta a história de uma funcionária de uma imobiliária – interpretado por Janet Leigh – que decide fugir com 40 mil dólares pagos por um cliente – o costumeiro “McGuffin dos filmes de Hitch - , que havia comprado uma casa. No caminho da fuga, ela passa por vários obstáculos, até que decide pernoitar num hotel longe de tudo e de todos. Lá, conhece Norman Bates – interpretado por Anthony Perkins, que ficou eternamente marcado pelo personagem – um simpático rapaz que parece ser confiável. Ele é filho da dona do hotel. Esta, parece não gostar nada da estadia da mulher. E essa raiva – ou ciúme – culmina quando a mesma assassina a hóspede enquanto a mesma está tomando seu banho, inocentemente, na cena mais conhecida da história do cinema.

Alfred Hitchcock já era um diretor consagrado quando fez “Psicose”. Falar de sua maestria em colocar a câmera sempre no lugar certo, na riqueza dos detalhes, na escolha certa dos atores, nos diálogos curtos e secos e no andamento fascinante e sem pressa de mostrar o ato seguinte, é meio que redundância. Qualquer fã de cinema se encanta com este filme, que ainda de presente, traz – a meu ver – a melhor trilha sonora da história do cinema. Bernard Herrmann, o maestro dos maestros em quesito trilhas sonoras, simplesmente eternizou o filme com seus violinos torturantes na cena do assassinato. Sua trilha não é marcante apenas nesta cena, mas desde o começo, com seu prelúdio macabro. Já desde o começo, a sua marca é deixada, e se torna impressionante como sua trilha aparece nos momentos precisos – coisa que muitos filmes não conseguem.

Quanto às atuações, Janet Leigh está convincente no papel de Marion; Vera Miles – uma excelente atriz, mas pouco explorada – também não fica para trás, e se sai fantástica no papel da irmã de Marion. E, claro, Anthony Perkins, no papel que o eternizou no cinema, como o doce e simpático Norman Bates, esteve perfeito. Créditos também para Martin Balsam, o detetive Milton Arbogast; e John Gavin, como o amante de Marion.

Influência em 10 de 10 diretores de filmes de terror, “Psicose” é daqueles filmes que, além de ter causado filas quilométricas em todos os cinemas, revolucionou a história do cinema. O gênero do terror nunca foi o mesmo depois deste filme. “Psicose” não tem interesse em chocar o telespectador, mas angustiá-lo, prepará-lo, “amadurá-lo” para as situações principais do filme. Hitchcock disse certa vez que ficou muito feliz com o resultado de sua obra, pois ele não precisa fazer praticamente nada; o filme levaria a atenção do público por si só. Isso é o mais próximo da verdade impossível. “Psycho” prende, talvez mais do que qualquer outro filme, a atenção do espectador de forma angustiante e torturadora. Sabemos que algo de ruim irá acontecer, mas, enquanto o tempo passa, Hitch se diverte, sadicamente, em “enrolar” o espectador , fazê-lo esperar pelo desfecho do filme, o mais impressionante da história do cinema – na minha opinião, é claro.

Depois de tantas qualidades, resta assistir a este filme. Já o vi quatro ou cinco vezes, e o veria toda semana e não cansaria. “Psicose” é desses filmes que merecem estar no panteão das obras mais importantes da história. Seja por sua excelência, seja por seu aspecto revolucionário, é um filme que merece aparecer em qualquer lista de “Melhores Filmes” de qualquer crítico. Assim como “A Regra do Jogo”, “Cidadão Kane”, “O Encouraçado Potemkin”, o mundo do cinema nunca foi o mesmo depois de “Psicose”. Melhor parar por aqui, pois me estenderei ainda mais e não conseguirei acabar esse post. Tornando minhas as palavras de Janet Leigh, ela explicará melhor do que ninguém as razões pelas quais “Psicose” é um clássico do cinema:

O brilhantismo de “Psicose” está no fato de que faz com que a imaginação das pessoas aflore. Hoje, você não usa sua imaginação, eles te mostram tudo. Eu acho que os novos filmes de terror não são tão bons. Sua imaginação é muito mais forte do que qualquer coisas que se possa mostrar graficamente”.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

65 Anos de Freddie Mercury

Talvez um dos dez melhores vocalistas de rock de todos os tempos, se fosse vivo, o senhor Farrokh Bulsara - melhor conhecido como Freddie Mercury -, estaria completando 65 anos. Integrante mais notório da banda de rock Queen, foi muito conhecido nos Anos 80 não apenas pela sua excelente e magnética voz que levantava multidões, mas também por seu estrelismo - normal para um "divo".

Eis aqui algumas das lembranças que ficamos desta inesquecível figura não só do rock'n roll, mas da música mundial em geral:

Bohemian Rhapsody, na minha opinião a melhor música do Queen e uma das melhores da história da música.


We Will Rock You, merece a morte quem não conhece essa música!


We Are the Champions, uma homenagem de Freddie a seus fãs.


I Want it All, uma música mais heavy metal do Queen, numa volta às origens.


Death on Two Legs, pouco conhecida, com uma pegada mais pesada. Uma das minhas favoritas.


Love of My Life, pois sem essa música, a lista não seria completa.